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NACIONAL

CRISE: BLOCO PROPÕE 15ME ATÉ JULHO PARA AJUDAR COMUNICAÇÃO SOCIAL

O Bloco de Esquerda propôs hoje um apoio à comunicação social de 15 milhões de euros para os meses de maio, junho e junho, disponível para as empresas que não despeçam trabalhadores nem recorram a ‘lay-off’”.

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O Bloco de Esquerda propôs hoje um apoio à comunicação social de 15 milhões de euros para os meses de maio, junho e junho, disponível para as empresas que não despeçam trabalhadores nem recorram a ‘lay-off’”.

Na ótica do BE, “o setor tem à vista uma crise generalizada e de duração imprevisível” devido à pandemia de covid-19, e o partido avisa que “a crise económica e a queda da publicidade pode silenciar boa parte da comunicação social”.

“Em tempos de crise, o jornalismo é sempre uma das primeiras vítimas, mas é nestes tempos que a democracia mais precisa do seu exercício por profissionais cujos direitos são respeitados”, frisam os bloquistas, numa nota enviada à Lusa, considerando “indispensável colocar a proteção do jornalismo no centro das medidas de apoio à comunicação social”.

Por isso, o BE pede “um pacote de apoio de emergência à comunicação social para os meses de maio, junho e julho”.

Este montante “equivale à estimativa de receita trimestral do imposto ‘Google’, a criar mais adiante”, explica o partido, considerando que, “mais do que nunca, as plataformas digitais, que vivem da publicidade cobrada na divulgação de conteúdos alheios, devem ser chamadas a contribuir para que o jornalismo não viva sob ameaça económica”.

O acesso a este apoio “obriga as empresas apoiadas a manter intactos os postos de trabalho e os salários existentes à data da declaração do estado de emergência (18 de março) e não é compatível com o recurso a ‘lay-off’ [suspensão temporária dos contratos de trabalho ou redução dos períodos normais de trabalho] ou medidas que diminuam a efetiva capacidade de produção jornalística”, concretiza o BE.

Este apoio tem como objetivo a “manutenção da capacidade jornalística dos meios de comunicação social e da pluralidade na produção de informação enquanto bem comum”.

A repartição das verbas, de acordo com a proposta do BE, seria de 43% (6,45 milhões de euros) para a televisão, o mesmo valor para a imprensa nacional, e 14% (2,1 milhões) para rádios de dimensão nacional e local com corpo redatorial.

No caso das televisões e das rádios, as verbas serão distribuídas de acordo com o número de jornalistas com contrato efetivo, enquanto à imprensa escrita generalista poderá ser aplicado o mesmo critério, mas será também proposto um protocolo, concretiza o BE.

Esse protocolo prevê a criação de “uma plataforma digital através da qual cada cidadão maior de 16 anos escolhe uma publicação”, podendo aceder gratuitamente aos conteúdos ‘online’ durante maio, junho e julho.

“Aos meios de comunicação social será entregue, em cada um dos três meses, a parte da verba de apoio à imprensa nacional proporcional às escolhas feitas pela população”, acrescenta o partido.

Para a imprensa desportiva e regional, “deverão ser estudados com o setor modelos de apoio específicos”.

Na ótica dos bloquistas, estas medidas permitem aos meios de comunicação social “uma relação estreita com um enorme universo de pessoas, que passam a estar familiarizadas com o regime de assinatura”, apontando que esse é “o vínculo mais eficaz para garantir a sustentabilidade e a autonomia da imprensa”.

O partido pede também “porte pago gratuito para a imprensa local, regional e nacional”, a “eliminação do IVA nas assinaturas comerciais”, a “isenção de pagamento das taxas referentes à ERC e ANACOM durante o ano de 2020 (com compensação pelo Orçamento do Estado a estas entidades)” e o “cumprimento efetivo das regras da publicidade institucional com reforço de verbas das campanhas em curso”.

O BE refere ainda que “o critério da receita publicitária tem de ser ponderado com a intensidade de produção jornalística de cada meio, indicada pela dimensão dos seus quadros profissionais próprios”.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortos, mais 29 do que na véspera (+6,4%), e 15.472 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quarta-feira (+10,9%).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 96 mil mortos e infetou quase 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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