REGIÕES
MONFORTE: CERCA DE 40 PESSOAS INVADIRAM QUARTEL DOS BOMBEIROS
Cerca de 40 pessoas invadiram o quartel dos Bombeiros Voluntários de Monforte, no distrito de Portalegre, exigindo que uma criança fosse socorrida, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Gonçalo Lagem.
Cerca de 40 pessoas invadiram o quartel dos Bombeiros Voluntários de Monforte, no distrito de Portalegre, exigindo que uma criança fosse socorrida, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Gonçalo Lagem.
De acordo com o autarca, esta situação ocorreu no sábado à noite quando um grupo de pessoas tentou entrar “a todo o custo” nas instalações dos bombeiros daquela vila alentejana.
“Com as medidas de contenção (covid-19), os bombeiros antes de prestarem qualquer tipo de socorro têm de se preparar, com equipamento de proteção individual e demoram mais um bocado. Deveria ter sido acionado o 112, não pode ser assim, não podem ir ter ao quartel dos bombeiros”, disse.
O autarca garantiu que “nunca esteve em causa” o socorro à criança, que apresenta “problemas congénitos”, sendo “normal” a mesma ser socorrida pelos bombeiros.
O presidente da Câmara de Monforte recordou ainda que em dezembro “ocorreu um episódio de idêntica natureza” no quartel dos bombeiros, bem como “há cerca de três semanas” no Centro de Saúde de Monforte.
Gonçalo Lagem acrescentou que já alertou o Presidente da República e o ministro da Administração Interna para os problemas de insegurança que estão a ocorrer em Monforte.
“Quer a câmara, quer todas as câmaras municipais onde há episódios destes, quer a GNR, são impotentes para resolver o problema, que não se resolve desta forma. O problema só se resolve se houver diretrizes corajosas de cima para baixo”, defendeu.
Para evitar no futuro mais episódios desta natureza, o autarca anunciou que o município vai avançar para a construção de uma vedação, com recurso a videovigilância, nas imediações do quartel dos bombeiros.
Apesar de classificar como “notável” a atuação da GNR naquele território, Gonçalo Lagem exige uma “visibilidade mais musculada” das forças de segurança, bem como “mais recursos” para o posto de Monforte.
“Tem de existir, de uma vez por todas e de cima para baixo, diretrizes e penalizações efetivas para quem prevarica e para quem não cumpre as regras do comum do cidadão, que paga os impostos, que vive do seu trabalho e quer paz e tranquilidade”, defendeu.
A Lusa contactou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Portalegre da GNR, major David Pires, que referiu que têm sido registadas “situações pontuais” de insegurança em Monforte, considerando ainda não existirem casos para “alarmismos”.
“Os meios são balanceados, quer os das patrulhas territoriais, quer do destacamento de intervenção, que tem sempre equipas no distrito, muitas vezes direcionadas para o concelho de Monforte”, disse.
A GNR foi chamada ao quartel dos Bombeiros de Monforte, estando a proceder à identificação das pessoas envolvidas naquele episódio.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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