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PORTUGAL: REDUÇÃO DA POLUIÇÃO TERÁ EVITADO 609 MORTES DEVIDO À POLUIÇÃO

A redução significativa da poluição devido às medidas para combater a covid-19 podem ter salvo 11.000 vidas na Europa nos últimos 30 dias, 609 em Portugal, segundo um estudo divulgado hoje.

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A redução significativa da poluição devido às medidas para combater a covid-19 podem ter salvo 11.000 vidas na Europa nos últimos 30 dias, 609 em Portugal, segundo um estudo divulgado hoje.

As medidas para combater a pandemia de covid-19, doença causada por um novo coronavírus, levaram a uma grande desaceleração da economia, reduzindo substancialmente os transportes, com a produção de eletricidade a partir do carvão a cair 40% e o consumo de petróleo a diminuir em quase um terço, indica o estudo do Centro de Investigação em Energia e Ar Puro (Centre for Research on Energy and Clean Air — CREA, uma organização independente com sede em Helsínquia).

Como resultado, estima o CREA, as concentrações de dióxido de azoto (NO2) e de partículas finas (partículas em suspensão no ar, tóxicas) diminuíram 37% e 10%, respetivamente.

A melhoria da qualidade do ar evitou nos últimos 30 dias em Portugal 609 mortes (cerca de dois terços do número de mortes em Portugal atribuídas à covid-19, hoje contabilizadas em 973, segundo a Direção-Geral da Saúde). Numa estimativa mais otimista o número de mortes podia ser apenas de 440 e numa perspetiva mais pessimista poderia chegar a 887, segundo o estudo.

A Alemanha evitou 2.083 mortes prematuras, o Reino Unido 1.752, a Itália 1.490, França 1.230 e Espanha 1.081.

Quanto ao impacto na redução dos principais poluentes do ar, em resultado das medidas de emergência, Portugal surge como o país onde a redução é maior, com mais de 50%, tanto no dióxido de azoto como nas partículas finas.

Espanha foi o segundo país que mais reduziu os níveis de poluição, especialmente de NO2, seguida da Noruega, e de França.

Em termos de redução de NO2, Portugal liderou com menos 58%, seguido de Espanha com 51%, da Noruega com 48%, e da Croácia com 47%.

Na redução de partículas finas Portugal atingiu menos 55%, seguido da Grécia, com 32%, da Noruega (30%) e da Suécia (28%).

No resumo do documento os autores colocam ainda Portugal no grupo dos países que mais mortes evitaram devido à queda da poluição.

“Os impactos projetados evitados na saúde são maiores na Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Espanha, Polónia e Portugal”, pode ler-se no documento.

Os autores salientam também que Portugal não produz energia através do carvão há mais de um mês.

O CREA nota, no estudo, que o carvão e a queima de petróleo são as principais fontes de poluição por NO2 e por partículas finas na Europa. E diz que o mês excecional devido à covid-19 teve ainda outros impactos além de evitar a perda de vidas, como menos 6.000 novos casos de asma em crianças, menos 1.900 idas às urgências dos hospitais devido a ataques de asma, e menos 600 nascimentos prematuros.

A poluição do ar, diz-se no documento, é a maior ameaça ambiental à saúde na Europa, com a esperança média de vida a ser reduzida na União Europeia em cerca de oito meses devido à exposição à poluição.

Em 2016, 400.000 mortes na Europa foram atribuídas a partículas finas e 71.000 mortes a NO2.

Estima-se, diz-se no documento citando a Organização Mundial de Saúde (OMS), que 60% da população dos países mais desenvolvidos da Europa esteja exposta a níveis de poluição que excedem as diretrizes da OMS, com 80% da população dos países mais pobres do continente na mesma situação.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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IDENTIFICADAS CÉLULAS-CHAVE PARA PREVENIR A ATEROSCLEROSE NO SÍNDROME DA PROGÉRIA

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

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Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados esta segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e participaram no estudo cientistas do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) do Instituto de Saúde Carlos III, do Centro de Investigação em Rede de Doenças Cardiovasculares, do Centro de Investigação Biológica Margarita Salas do Conselho Superior de Investigação Científica, da Universidade de Oviedo (todos em Espanha) e da Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

Embora os pacientes com este síndrome normalmente não apresentem os fatores de risco cardiovasculares típicos (hipercolesterolemia, obesidade ou tabagismo), a sua principal causa de morte são as complicações da aterosclerose, como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca.

Atualmente não há cura para a progéria, observou o CNIC, e enfatizou a urgência do desenvolvimento de novas terapias que previnam a aterosclerose e outras alterações vasculares associadas à doença para aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o CNIC, em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

Para responder a esta questão, o laboratório do investigador Vicente Andrés (CNIC) gerou ratos com esta síndrome e os investigadores apontaram as células musculares lisas vasculares como um possível alvo terapêutico para combater a aterosclerose prematura na progéria.

No novo trabalho publicado pela PNAS e utilizando os mesmos tipos de ratos, os investigadores estudaram se a aterosclerose associada a esta síndrome pode ser evitada suprimindo a progerina e restaurando a “lâmina A” nas células “endoteliais” ou em células musculares lisas vasculares.

Os cientistas descobriram assim que a eliminação da progerina nas células endoteliais não trazia nenhum benefício, mas trazia quando era eliminada nas células musculares lisas vasculares.

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