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A PIZZA QUE “TRAMOU” SALAH ABDESLAM

Escondido nos meses que se seguiram aos atentados de Paris, o terrorista foi encontrado a jantar com amigos … e terá sido uma encomenda “suspeita” de pizza que terá levado à captura deste foragido. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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SALAH ABDESLAM

Escondido nos meses que se seguiram aos atentados de Paris, o terrorista foi encontrado a jantar com amigos … e terá sido uma encomenda “suspeita” de pizza que terá levado à captura deste foragido.

Salah Abdeslam, que se acreditava ser o último terrorista com participação directa nos atentados de Novembro em Paris, foi encontrado após uma caça ao homem que durou quatro meses. Ojihadista de 26 anos manteve-se escondido durante 120 dias, e a última peça para o capturar foi uma encomenda “suspeita” de pizza, segundo conta o jornal digital Politico.

Poucas horas depois dos ataques em Paris, que vitimaram 130 pessoas, a busca dos culpados já apontava para a Bélgica, onde tinham nascido e vivido vários dos jihadistas que planearam e levaram a cabo os atentados. Mas, após várias aproximações e afastamentos, a busca de Salah Abdeslam, um dos atiradores que atacou as esplanadas no décimo bairro de Paris, só voltou a aquecer na terça-feira da semana passada.

A polícia belga realizava buscas num apartamento que se esperava estar abandonado – as contas não eram pagas há vários meses – quando foram surpreendidos por rajadas de Kalashnikov. Após um cerco que durou toda a tarde, a polícia conseguiu entrar no apartamento, matando um homem suspeito de ter ligações a grupos terroristas. Não encontraram Salah Abdeslam, mas encontraram as suas impressões digitais num copo dentro da casa, o que lhes indicou que o principal suspeito estava perto.

De acordo com uma fonte policial que falou ao Politico, a investigação centrou-se então em encontrar Abdeslam, com a certeza de que este estava em Bruxelas. No dia seguinte ao cerco, já havia bastante certeza de que uma casa no bairro de Molenbeek, a apenas 450 metros da antiga casa de Abdeslam, poderia ser a melhor pista para o encontrar.

A solução veio sob uma forma pouco ortodoxa: uma encomenda “suspeitosamente grande”, escreve o Politico, feita a uma pizaria. Duas fontes da polícia afirmaram que foi esta a grande indicação de que a mulher que vivia naquela casa estava a receber visitas. Ao entrar na casa, por volta das quatro da tarde, a polícia encontrou a dona da casa, dois amigos, várias crianças, e Salah Abdeslam. Abdeslam foi alvejado na perna.

Espera-se que Abdeslam, que entretanto revelou que devia ter-se feito explodir no Stade de France no 13 de Novembro mas optou por não o fazer, possa vir a ser uma fonte de informação preciosa acerca da forma como os ataques foram planeados e levados a cabo, visto que é o único suspeito que foi capturado vivo.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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