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NACIONAL

ABUSADOR DE MENORES CONDENADO A PENA SUSPENSA

O tribunal de Viana do Castelo condenou hoje um explicador a cinco anos de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, por 82 crimes de abuso sexual de criança e por seis de atos sexuais com adolescentes.

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O tribunal de Viana do Castelo condenou hoje um explicador a cinco anos de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, por 82 crimes de abuso sexual de criança e por seis de atos sexuais com adolescentes.

O acórdão hoje proferido, que colheu um voto vencido de um dos três juízes que integrou o colectivo que julgou o caso, determina que o homem, que é também professor de karaté, fique obrigado a receber acompanhamento psicológico e psiquiátrico, “que será monitorizado de perto”.

Tem apenas permissão para “dar explicações, ter contacto ou participar em actividades que envolvem maiores de 16 anos, de ambos os sexos”, determinou.

A magistrada, que resumiu o acórdão de 41 páginas, aplicou ainda ao arguido o pagamento de indemnizações que oscilam entre os 400 e os 3.600 euros.

A favor do arguido pesou a situação de até altura dos factos “ter um percurso pessoal sem manchas” e ter “a invulgar, ímpar sorte na mulher e na filha quem tem”.

“Pense nisso. Nunca poderá agradecer o suficiente”, disse a magistrada, dirigindo ao arguido, destacando o “arrependimento e a vontade em ser ajudado”, que manifestou durante o julgamento.

“O que se passou não se pode voltar a passar, nem aqui, nem noutro lugar qualquer. O senhor tem uma distorção cognitiva que está dentro da sua cabeça e que não pode sair de lá”, disse a juíza dirigindo-se ao arguido.

O homem começou a ser julgado, em fevereiro, acusado, pelo Ministério Público (MP) de 159 crimes de abuso sexual de criança e oito de atos sexuais com adolescentes.

A magistrada afirmou que o homem “tem fantasias de natureza homossexual que não eram por ele aceites”, que “tinha uma distorção cognitiva em relação ao entendimento dos atos que praticava e do impacto deles nos menores”, adiantando que atualmente, “tem essa noção e que tudo tem de fazer para controlar esses impulsos”.

Referiu que a conduta do arguido foi “grave, criminosa e punível, mas que foi “o menos grave que se pode fazer a um menor, sobretudo a um rapaz”.

“É um crime, mas é o mínimo dentro de um crime”, frisou, referindo que a “forma extraordinariamente credível como os jovens relataram os factos”.

“Os menores foram o grande esteio da convicção do tribunal”, realçou, destacando ainda o depoimento da psicóloga que ouviu os menores.

“Foi muito relevante para o tribunal pela visão equidistante, sem vitimizar uns e outros”, reforçou.

O advogado do arguido, Morais da Fonte disse que o acórdão hoje proferido foi “próprio de um Estado de Direito que julga em função de factos, provas e do direito”.

“Emoções e opiniões com valores públicos não são para os tribunais”, referiu.

Já a mandatária de um dos menores e defensora de outras três vítimas, Isabel Guimarães, manifestou um “sentimento de alguma indignação social e frustração” pela pena “singela e insignificante”, defendendo que “pela quantidade de crimes cometidos deveria ter sido aplicada outra a pena e efetiva”.

Questionada pelos jornalistas, explicou que “neste caso, cabe ao MP recorrer da sentença, porque os advogados das vítimas foram assistentes no processo”.

“Não espero que o MP recorra porque nas alegações finais pediu isto mesmo”, disse, afirmando que “não há nenhuma garantia de que o homem não voltará a reincidir” e apelando “a que a comunidade e os pais estejam atentos”.

“Ao longo deste inquérito, que demorou sensivelmente dois anos, este arguido reincidiu. Voltou a praticar atos da mesma natureza com um pré-adolescente, entre os 14 e os 16 anos”, reforçou.

O arguido terá praticado os crimes entre 2013 e 2015.O caso foi conhecido a 06 novembro de 2015, na sequência de uma denúncia apresentada pelos pais de uma das crianças que frequentaria as explicações dadas pelo arguido, detido pela Polícia Judiciária (PJ) a 21 de novembro de 2015.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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