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ARTE & CULTURA

ADELE VENCE E CONVENCE GRAMMY’S AWARD’S

A cantora britânica Adele venceu este domingo cinco prémios na 59.º edição dos Grammy, incluindo os três principais: melhor álbum (“25”), melhor gravação e melhor canção do ano, ambos por “Hello”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A entrega dos prémios decorreu esta noite no Teatro Microsoft de Los Angeles, Califórnia. Os seus rivais na categoria de melhor álbum do ano eram Beyoncé (“Lemonade”), Justin Bieber (“Purpose”), Drake (“Views”) e Sturgill Simpson (“A Sailor’s Guide to Earth”), enquanto os seis concorrentes para o prémio de melhor gravação eram Beyoncé (“Formation”), Lukas Graham (“7 Years”), Rihanna e Drake (“Work”) e Twenty One Pilots (“Stressed Out”).

“Beyoncé, adoro-te, emocionas a minha alma todos os dias desde os meus 17 anos. Quero que sejas a minha mãe”, disse a cantora que se tornou a primeira artista da história a alcançar a vitória nas três categorias principais pela segunda vez.

O artista britânico David Bowie, que morreu em janeiro de 2016, foi distinguido a título póstumo com quatro prémios de música Grammy, anunciou a Academia Nacional de Artes de Gravação e Ciência dos Estados Unidos.

Davie Bowie impôs-se nas categorias de melhor atuação rock, melhor álbum de música alternativa, melhor design de capa de disco (partilhado com o diretor artístico Jonathan Barnbrook) e melhor álbum de música clássica (em conjunto com Tom Elmhirst, Kevin Killen, Tony Visconti e Joe LaPorta), todos pelo seu último disco, “Blackstar”.

Adele foi uma das artistas em palco na atribuição dos prémios. A cantora, que já na edição do ano passado tinha tido problemas na sua atuação ao vivo, pediu para reiniciar o seu tributo ao cantor George Michael.

Adele parou de cantar “Fastlove” de George Michael, que morreu no Natal do ano passado, e atirou ao público: “Não posso estragar isto para ele”. Depois retomou a música e obteve um forte aplauso da multidão.

Prince foi outro dos músicos homenageados, com Bruno Mars a interpretar à guitarra “Let’s Go Crazy”.

A banda The Time — que colaborou com Prince — interpretou os temas “Jungle Love” e “The Bird”.

Bruno Mars também foi um dos vencedores de domingo pelo seu trabalho na produção do álbum de Adele.

No início da cerimónia o produtor André Allen Anjos venceu um Grammy de Melhor Gravação Remisturada, tornando-se assim no primeiro português a ser distinguindo com um destes prémios de música.

André Allen Anjos, que em 2005 trocou o Porto pelos Estados Unidos, venceu na categoria de Melhor Gravação Remisturada com um ‘remix’ (remistura) do tema “Tearing me up”, de Bob Moses.

O produtor português é um dos fundadores do coletivo RAC (Remix Artist Collective) e esta foi a sua segunda nomeação nos Grammy.

Lista dos premiados:

Álbum do ano: “25”, Adele.

Gravação do ano: “Hello”, Adele.

Revelação do ano: Chance the Rapper.

Melhor canção do ano (prémio compositor): “Hello”, Adele e Greg Kurstin.

Melhor performance pop a solo: “Hello,” Adele.

Melhor álbum pop: “25”, Adele.

Melhor álbum pop tradicional: “Summertime: Willie Nelson Sings Gershwin”, Willie Nelson.

Melhor performance duo ou grupo pop: “Stressed Out”, Twenty One Pilots.

Melhor álbum de dança/eletrónico: “Skin”, Flume.

Melhor canção rock: “Blackstar”, David Bowie.

Melhor álbum rock: “Tell Me I’m Pretty”, Cage the Elephant.

Melhor álbum de música alternativa: “Blackstar”, David Bowie.

Melhor álbum R&B: “Lalah Hathaway Live”, Lalah Hathaway.

Melhor álbum urbano contemporâneo: “Lemonade,” Beyoncé.

Melhor álbum rap: “Coloring Book”, Chance the Rapper.

Melhor álbum country: “A Sailor’s Guide to Earth”, Sturgill Simpson.

Melhor performance country a solo: “My Church”, Maren Morris.

Melhor álbum jazz vocal: “Take Me to the Alley”, Gregory Porter.

Melhor álbum jazz instrumental: “Country for Old Men”, John Scofield.

Melhor compilação de banda sonora para visual media: “Miles Ahead”, Miles Davis & vários artistas

Produtor do ano, não clássico: Greg Kurstin.

Melhor vídeo de música: “Formation”, Beyoncé.

 

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PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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