NACIONAL
AGRICULTORES SUSPENDEM APANHA DA AZEITONA À NOITE
A apanha noturna mecanizada de azeitona deve ser suspensa de forma “voluntária e temporária”, sempre que surja o “risco de impacto negativo” para a avifauna, recomendam quatro associações ligadas ao setor.
A apanha noturna mecanizada de azeitona deve ser suspensa de forma “voluntária e temporária”, sempre que surja o “risco de impacto negativo” para a avifauna, recomendam quatro associações ligadas ao setor.
Esta posição surge numa proposta de acordo setorial, a que a agência Lusa hoje teve acesso, assinada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), Casa do Azeite, e a Associação de Olivicultores do Sul (Olivum).
Na proposta, as associações “reconhecem” a “necessidade” da elaboração de estudos científicos que permitam conhecer “em rigor” em que condições esta prática pode ter um impacto na avifauna dos olivais.
A associação ambientalista Quercus exigiu hoje que o novo Governo “suspenda de imediato” a apanha noturna de azeitona em olivais superintensivos, avançando que esta atividade provoca anualmente a morte, em Portugal, de “70 mil a 100 mil” aves protegidas.
Em comunicado enviado à Lusa, a Quercus explica que pediu em dezembro a intervenção do Governo e das autoridades para lhe serem fornecidas informações sobre a “realidade nacional” e, sobretudo, no desencadear de ações de fiscalização.
“Os dados concretos a que a Quercus teve agora acesso, relativos a duas dessas ações de fiscalização efetuadas pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA/GNR) dão conta da magnitude do problema, que deve atingir, e segundo uma estimativa conservadora da Quercus, entre 70.000 e 100.000 aves em território nacional”, lê-se no documento.
Na proposta de acordo setorial, as quatro associações escrevem que têm conhecimento de que estão a ser desenvolvidos estudos pelas autoridades sobre o impacto que a prática da colheita noturna mecanizada pode ter na avifauna, manifestando a sua “inteira disponibilidade” para colaborar no desenvolvimento dos trabalhos.
“O conhecimento assim obtido, permitirá adotar medidas eficientes e sustentáveis que garantam o objetivo por todos desejado, de evitar a perturbação destes ecossistemas”, lê-se no documento.
As quatro associações reconhecem a necessidade de recomendar “sempre que surja risco” de impacto negativo na avifauna a “suspensão temporária” e de forma preventiva da colheita noturna mecanizada, enquanto os referidos estudos científicos “não estiverem concluídos”, e “não houver um conhecimento seguro e fundamentado” acerca dos impactos e das eventuais medidas de salvaguarda.
Num comunicado também hoje enviado à Lusa, a Olivum refere que solicitou reuniões ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), ao Instituto de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAPAL), bem como a outras organizações da fileira, de forma a “recolher informação” sobre os meios aconselhados de prevenção e atenuação dos possíveis impactos dos trabalhos de colheita.
“A Olivum aguarda a tomada de posse da nova ministra da Agricultura tal como da comissão parlamentar de Agricultura para pedir o agendamento de uma audiência urgente que permita discutir de forma construtiva o futuro do setor. O objetivo é salvaguardar as melhores práticas que permitam a proteção do meio ambiente que serve de sustento a todos os olivicultores”, lê-se ainda no comunicado.
A Olivum acredita que “é muito importante” construir um conhecimento “seguro e fundamentado” acerca dos impactos que a colheita noturna mecanizada pode ter sobre a avifauna, considerando, no entanto, “precipitadas e sem valor científico” as “acusações avulsas” que estão a ser feitas por algumas associações ambientalistas, uma vez que decorrem estudos, realizados por “entidades independentes e credíveis”.
A Quercus refere ainda no comunicado que em fevereiro o SEPNA da GNR informou que, no seguimento da sua denúncia, efetuou diversas diligências e fiscalizações durante os meses de dezembro de 2018 e janeiro deste ano.
Na sequência dessa ação no terreno, “foram constatadas algumas situações” que resultaram na “morte de aves”, tendo sido elaborados “diversos” autos de notícia por danos contra a natureza, remetidos aos serviços do Tribunal Judicial da Comarca de Portalegre — Ministério Público de Fronteira, para instrução dos respetivos processos.
Segundo a Quercus, em apenas duas destas ações de fiscalização realizadas à noite no Alentejo, foram detetadas “375 aves mortas”, fruto da apanha noturna de azeitona, nomeadamente “140 aves” numa das ações de fiscalização (em dezembro) e “235 aves” (em fevereiro).
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QUERCUS: MILHARES DE AVES MORREM DEVIDO APANHA NOTURNA DA AZEITONA
NACIONAL
GOVERNO VAI PUBLICITAR FUNDOS EUROPEUS NA IMPRENSA NACIONAL E REGIONAL
O Governo aprovou hoje um decreto-lei que introduz “um mecanismo de reforço da transparência na utilização dos fundos europeus 2021-2027”, através da publicitação dos apoios nos jornais locais ou regionais e de âmbito nacional.
O Governo aprovou hoje um decreto-lei que introduz “um mecanismo de reforço da transparência na utilização dos fundos europeus 2021-2027”, através da publicitação dos apoios nos jornais locais ou regionais e de âmbito nacional.
O diploma foi aprovado em Conselho de Ministros e não foi detalhado na conferência de imprensa, hoje centrada na redução do IRS.
Na semana passada, durante a apresentação do programa do Governo, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já tinha anunciado esta medida.
“Vamos reforçar a transparência na aplicação dos fundos. Publicitar os fundos nos sites dos serviços públicos, é positivo, mas não suficiente. Decidimos, por isso, tornar obrigatória a publicação na imprensa, nacional e local”, anunciou, na quinta-feira passada, dizendo que esta alteração seria já hoje aprovada.
Na mesma ocasião, Montenegro manifestou a intenção de reforçar os meios de combate à fraude e à corrupção na aplicação dos fundos europeus.
“Na primeira semana deste Governo, já está assinado o despacho conjunto que determina a abertura de concurso para reforçar em 60% o número de inspetores especializados neste combate. É preciso executar depressa, mas bem”, afirmou, então.
NACIONAL
GOVERNO APELA À LIMPEZA DE TERRENOS PARA PREVENIR INCÊNDIOS
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apelou esta quinta-feira a todos os portugueses proprietários de terrenos rurais para que procedam à sua limpeza, destacando que este ato é fundamental para a prevenção dos incêndios florestais.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apelou esta quinta-feira a todos os portugueses proprietários de terrenos rurais para que procedam à sua limpeza, destacando que este ato é fundamental para a prevenção dos incêndios florestais.
“Gostaria de pedir a todos os portugueses que procedessem à limpeza das matas e dos seus terrenos com ajuda das autarquias quando for necessário. É extraordinariamente importante a participação de todos os cidadãos neste ato, a limpeza das matas pode salvar vidas, podem salvar bens e é essencial que os portugueses participem”, disse aos jornalistas a ministra, no final da cerimónia comemorativa do 17.º aniversário da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Margarida Blasco aproveitou a cerimónia na ANEPC para fazer o apelo numa altura em que se aproxima a época considerada mais crítica em incêndios rurais.
A ministra frisou que a limpeza das matas e dos terrenos é fundamental na prevenção dos fogos rurais.
Os proprietários de terrenos rurais, sejam florestais ou agrícolas, têm até 30 de abril para proceder à sua limpeza, passando a GNR, a partir de 1 de maio, à fase de fiscalização e a multar os proprietários que não cumprirem, e as coimas podem atingir o valor de cinco mil euros para pessoas singulares ou 25 mil euros para pessoas coletivas.
Segundo o regime excecional das redes de faixas de gestão de combustível, os trabalhos para a implementação de faixas de gestão de combustível contra incêndios devem decorrer até 30 de abril numa faixa de 50 metros à volta de habitações e outras edificações e numa faixa de 100 metros à volta dos aglomerados populacionais, parques de campismo e zonas industriais, por exemplo.
Se os proprietários não cumprirem no prazo a limpeza dos terrenos, as câmaras municipais assegurarão, a partir de 1 de maio, a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível, mas os donos terão de permitir o acesso aos seus terrenos e de pagar as despesas às autarquias.
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