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NACIONAL

AMBIENTALISTAS CONTESTAM O ABATE DE SOBREIROS NO ALTO-TÂMEGA

A organização ambientalista Associação Natureza Portugal (ANP), parceira da internacional WWF, contestou hoje o abate de sobreiros para a construção das barragens do Alto Tâmega e pediu medidas compensatórias que garantam as perdas de biodiversidade.

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A organização ambientalista Associação Natureza Portugal (ANP), parceira da internacional WWF, contestou hoje o abate de sobreiros para a construção das barragens do Alto Tâmega e pediu medidas compensatórias que garantam as perdas de biodiversidade.

AANP/WWF (World Wide Fund for Nature) disse, em comunicado, opor-se à decisão do Governo de permitir à espanhola Iberdrola avançar com o abate de mais de 1.145 sobreiros localizados em área inundável das barragens de Daivões e Alto Tâmega, duas das três barragens que compõem o Sistema Eletroprodutor do Tâmega.

Para a organização, os sobreiros que serão “sacrificados fazem parte de uma mancha de floresta de uma das espécies mais importantes em Portugal”.

O sobreiro é, explicou, “considerado património nacional em Portugal e é uma espécie que se encontra legalmente protegida desde a Idade Média”, sendo o “seu abate proibido”.

O Governo declarou a “imprescindível utilidade pública” da construção das barragens de Daivões e Alto Tâmega” e autorizou a Iberdrola a proceder ao abate dos sobreiros.

A elétrica espanhola solicitou o abate de 444 sobreiros adultos e 701 jovens em cerca de 15,07 hectares de povoamento daquela espécie, localizados nas áreas inundáveis destes empreendimentos.

“É lamentável que a construção das barragens continue a destruir ecossistemas fundamentais para a biodiversidade e para o armazenamento de carbono, o que coloca em causa os objetivos nacionais dispostos no Roteiro para a Neutralidade Carbónica de crescimento da área florestal com espécies autóctones”, referiu a ANP/WWF, em comunicado.

A associação solicitou a concretização de “medidas compensatórias que garantam as perdas de biodiversidade e de sequestro de carbono”.

De acordo com o despacho do Governo, publicado terça-feira em Diário da República, a Iberdrola tem em curso um projeto de compensação, aprovado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que contempla a plantação de sobreiro em “42,35 hectares” nos perímetros florestais do Barroso e de Cabreira.

A ANP pediu ainda ao governo e à empresa para “não se ficarem por aqui porque a taxa de mortalidade de projetos de reflorestação com sobro é elevada, pelo que se deve monitorizar este projeto e, ao mesmo tempo, garantir que este é gerido segundo as melhores práticas de gestão florestal, incentivando mesmo a que este seja certificado pelo Forest Stewardship Council como forma de o garantir”.

Segundo a associação ambientalista, o sobreiro “é a única espécie vegetal capaz de produzir cortiça de forma sustentável e que garante uma indústria única no mundo, e que é vital na manutenção do montado e na preservação da fauna e flora”.

No despacho assinado pelos secretários de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, e das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, o Governo salientou que a “autorização para o abate dos exemplares de sobreiro” fica “condicionada ao cumprimento de todas as exigências legais aplicáveis”.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega), 1.500 milhões de euros de investimento e a criação de 13.500 empregos diretos e indireto durante o período de maior volume dos trabalhos (2018-2020).

NACIONAL

CCPJ: NOVOS ELEITOS APÓS MANDATO “IMPOPULAR” DE LICÍNIA GIRÃO

A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.

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A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.

Em comunicado, a CCPJ divulgou terem sido eleitos para o exercício efetivo do mandato para o próximo triénio os jornalistas Alexandra Correia (Visão), Paulo Agostinho (Lusa), Mariana Oliveira (Público) e Alexandra Inácio (JN).

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, avançou com várias linhas programáticas sob o mote: “Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas”.

“A lista A quer ser representativa da classe e é composta por jornalistas ligados a diversos órgãos de comunicação social, com percursos profissionais que refletem a diversidade dos meios e de diferentes grupos empresariais de comunicação social”, lê-se na apresentação da lista, que integrou jornalistas que se estreiam na CCPJ.

A eleição dos representantes dos jornalistas decorreu através de voto eletrónico, entre o dia 20 e esta quarta-feira, e presencialmente, ao longo desta quarta-feira.

As entidades empregadoras nomeiam mais quatro jornalistas para um plenário, que vai eleger o presidente do organismo.

Em outubro, três membros da CCPJ renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade a que a Lusa teve acesso.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou no final do mês de outubro do ano passado a renúncia após reunião do plenário da CCPJ.

Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

“Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considerou que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido um enorme equívoco”, explicando as razões da sua renúncia.

“Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos”, rematou.

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NACIONAL

POLÍCIA JUDICIÁRIA INVESTIGA CARTAS COM PÓ SUSPEITO ENVIADAS A VÁRIAS INSTITUIÇÕES

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.

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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.

A PJ referiu em comunicado que “face aos factos, encontra-se a investigar, em estreita articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), a origem dos vários subscritos enviados, com idêntica missiva e conteúdo”.

Fonte policial adiantou à Agência Lusa que as cartas foram enviadas à Assembleia da República, presidência do Conselho de Ministros, Campus XXI (a designação da nova sede do Governo), Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

“A investigação destina-se a identificar a origem e autoria das cartas, bem como a natureza da substância incluída nas mesmas”, adiantou a PJ no comunicado.

A direção nacional da PSP informou também em comunicado que “hoje, pelas 14:40, respondeu a diversas chamadas de remessa de envelopes suspeitos, designadamente para alguns órgãos de soberania e entidades públicas”.

A PSP adiantou que, através do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa, “reagiu de imediato com equipas especializadas, treinadas e capacitadas para este tipo de ameaça, tendo tido a colaboração da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Judiciária e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.

Não houve danos materiais nem lesões pessoais a registar, sublinhou a PSP.

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