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NACIONAL

ANTRAM DIZ QUE REUNIÃO COM MOTORISTAS ‘NÃO EXISTE’ E ‘É UMA FARSA’

O porta-voz da ANTRAM disse hoje que a reunião de segunda-feira no Ministério das Infraestruturas ‘não existe’ e que ‘é uma farsa’ do sindicato com o objetivo de ‘ludibriar’ os portugueses sobre uma alegada disponibilidade para negociar.

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O porta-voz da ANTRAM disse hoje que a reunião de segunda-feira no Ministério das Infraestruturas “não existe” e que “é uma farsa” do sindicato com o objetivo de “ludibriar” os portugueses sobre uma alegada disponibilidade para negociar.

“A ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] não estará nessa reunião porque essa reunião simplesmente não existe”, disse à Lusa o advogado e porta-voz da associação, André Matias de Almeida.

“Essa reunião é uma farsa que se destina, mais uma vez, a ludibriar a comunicação social e o povo português sobre uma alegada disponibilidade deste sindicato [de Mercadorias de Matérias Perigosas] para negociar”, acrescentou o advogado.

As declarações do representante da ANTRAM contrariam as do vice-presidente do Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, que afirmou hoje à Lusa que na segunda-feira iria apresentar “várias propostas” numa reunião a ter lugar no Ministério das Infraestruturas.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério liderado por Pedro Nuno Santos recusou-se a falar sobre o assunto.

André Matias de Almeida assegurou, no entanto, que “a ANTRAM não foi convocada, não recebeu nenhum aviso de nenhuma convocatória de nenhuma reunião”, nem pelo SNMMP nem pelo ministério.

Questionado sobre a abertura para negociar novas propostas apresentadas pelos sindicatos, o porta-voz da ANTRAM disse que a associação “está sempre disponível para negociar, desde que não seja sob chantagem e sob pressão e isso implica o levantamento do pré-aviso de greve”.

“Não só esta nova proposta do sindicato de matérias perigosas é uma farsa na justa medida em que não implica nenhuma redução, pelo contrário, implica um aumento de 150 euros face à proposta inicial, como por outro lado não levanta o pré-aviso de greve sabendo que isso é uma chantagem total à negociação”, defendeu André Matias de Almeida.

“Isto não é nenhuma forma de chegar a um entendimento, isto é tão somente e exclusivamente uma tentativa de lavar a cara perante a comunicação social e perante a opinião pública portuguesa”, acrescentou o porta-voz da ANTRAM.

O vice-presidente do SNMMP disse ter “várias propostas” para apresentar numa reunião na segunda-feira no Ministério das Infraestruturas e sublinhou que a estrutura sindical sempre quis evitar a greve.

“Existem várias propostas que nós queremos apresentar ao senhor ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] e à ANTRAM”, disse à Lusa Pedro Pardal Henriques.

A proposta, adiantou Pardal Henriques, passa por aumentar o salário base dos motoristas para mil euros até 2025, com indexação ao crescimento do salário mínimo nacional, o que permite “um prazo mais dilatado, quer para que as empresas possam cumprir com aquilo que ficar estabelecido no contrato coletivo de trabalho, quer para que haja a paz social que o país necessita”.

“A questão é que a ANTRAM não se quer sentar com os sindicatos, não quer ouvir propostas e quer colocar o país neste estado de alerta”, acusou o dirigente sindical, garantindo que o sindicato pretende encontrar uma solução que evite a greve.

A greve convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

DF // EA

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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