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AQUECIMENTO GLOBAL PREOCUPA CIENTISTAS

A subida das temperaturas no planeta está a acelerar e “é necessário duplicar, ou triplicar mesmo, os esforços” para limitar as emissões de gases com efeito de estufa, alertaram hoje sete eminentes climatologistas. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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AQUECIMENTO GLOBAL PREOCUPA CIENTISTAS

A subida das temperaturas no planeta está a acelerar e “é necessário duplicar, ou triplicar mesmo, os esforços” para limitar as emissões de gases com efeito de estufa, alertaram hoje sete eminentes climatologistas. Estes emitiram um alerta, através de um comunicado de sete páginas, que resume uma nova análise detalhada, intitulado ‘A Verdade sobre as Alterações Climáticas’.

“O aquecimento global está a ocorrer agora e a uma velocidade muito mais forte do que prevista”, sintetizou Robert Watson, antigo presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), porta-voz dos sete cientistas que assinaram o documento.

A Terra está em vias de bater este ano o seu terceiro recorde anual consecutivo de calor desde o início dos registos da temperatura, em 1880.

“Sem esforços suplementares de todos os principais emissores de gases com efeito de estufa, o objectivo de limitar a subida da temperatura a dois graus Celsius (2ºC) poderia ser alcançado mais depressa do que previsto”, preveniu.

Os dirigentes dos vários países determinaram inicialmente os 2ºC como o limite máximo de subida da temperatura média global em relação ao período pré-industrial. Consideraram então que este limite permitiria evitar as consequências mais nefastas do aquecimento global, como as secas, os incêndios, as vagas de calor, as inundações e outras intempéries.

Na conferência de Paris, realizada em dezembro último, porém foi fixado um objetivo mais ambicioso, situando-o nos 1,5ºC.

Mas em 2015, a temperatura média na Terra já tinha superado a do período pré-industrial, do século XIX, em 1ºC, segundo a Organização Meteorológica Internacional.

Isto representou uma subida importante no espaço de apenas três anos, uma vez que o aumento, em 2012, era de apenas 0,85ºC.

E o número de fenómenos climáticos extremos, ligados ao aquecimento global, duplicou desde 1990, sublinharam os cientistas.

Mesmo que todos os países signatários do Acordo de Paris respeitem os seus compromissos para limitar a subida das temperaturas, as emissões globais de gases com efeito de estufa não diminuiriam o suficiente durante os próximos 15 anos, insistiram, citando um relatório das Nações Unidas de 2015.

Desta forma, o objectivo mais ambicioso do Acordo de Paris, de manter a subida das temperaturas abaixo dos 1,5ºC, é “quase certamente impossível e (este valor) poderia mesmo ser superado no início dos anos 2030”, segundo estes cientistas.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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