NACIONAL
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS FARMÁCIAS PEDE INTERVENÇÃO DO GOVERNO PARA REPOR ABASTECIMENTO DE PRODUTOS
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) pediu hoje a intervenção do Governo para repor o abastecimento de produtos de saúde de primeira necessidade, para combater a crise sanitária provocada pela covid-19.
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) pediu hoje a intervenção do Governo para repor o abastecimento de produtos de saúde de primeira necessidade, para combater a crise sanitária provocada pela covid-19.
“Máscaras, gel desinfetante, paracetamol, termómetros, matéria-prima para manipulados e equipamento de proteção individual desapareceram quase totalmente das farmácias”, alerta a direção da ANF em carta enviada ao primeiro-ministro.
Em comunicado, a ANF indica que na carta enviada ao primeiro-ministro, as farmácias revelam que se veem “forçadas a abandonar à sua sorte muitas pessoas, cujas necessidades não conseguem satisfazer”.
Para adquirirem esses produtos, adianta a ANF, “as farmácias têm de pagar preços especulativos e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente” para garantir a segurança das suas próprias equipas e de instituições como lares de idosos.
“Como contributo para o restabelecimento da normalidade do mercado, a ANF entregou à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) um dossiê de 100 páginas com faturas e propostas comerciais apresentadas às farmácias por dezenas de empresas nacionais e importadoras, na sua maioria estranhas ao mercado de produtos farmacêuticos”, pode ler-se no comunicado.
Frascos de 30 mililitros de álcool em gel a cinco euros, máscaras entre sete e 38 euros, garrafões de cinco litros de desinfetante a 79 euros e termómetros a 97 euros, são alguns dos preços de aquisição que estão a ser propostos às farmácias, refere o comunicado.
A ANF acrescenta que “felicita a ASAE pelas suas ações com vista a normalizar o funcionamento do mercado e disponibiliza-se para contribuir permanentemente para isso com informação”.
“O preço de venda ao público destes produtos de primeira necessidade para o combate à covid-19 é livre, assim como a sua comercialização por uma multiplicidade de pequenos estabelecimentos e cadeias comerciais”, adianta o documento.
Num “gesto inédito”, a ANF refere que recomendou às 2.750 farmácias suas associadas que pratiquem margens de comercialização até ao limite de 17,5%, que se aplica aos medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados.
“Sendo a margem legal das farmácias portuguesas a mais baixa da Europa, será inequívoco o contributo responsável e transparente da nossa rede no combate à pandemia”, refere uma circular da ANF enviada hoje às farmácias.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
De acordo com o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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