REGIÕES
AZAMBUJA: MORADORES EXIGEM RETIRADA DO AMIANTO DO ATERRO
Um grupo de moradores de Azambuja, no distrito de Lisboa, lançou uma petição para reivindicar a retirada do amianto do aterro existente na vila, acusando a empresa gestora da infraestrutura de violar a lei.
Um grupo de moradores de Azambuja, no distrito de Lisboa, lançou uma petição para reivindicar a retirada do amianto do aterro existente na vila, acusando a empresa gestora da infraestrutura de violar a lei.
Em causa está o aterro situado no Centro de Tratamento de Resíduos Não Perigosos de Azambuja, uma infraestrutura gerida pela empresa Triaza, pertencente à SUMA, consórcio liderado pela Mota Engil, e inaugurada em 2017.
A petição pública foi lançada pelo Movimento de Oposição ao Aterro (MOA), que reivindica há mais de um ano o encerramento daquele equipamento.
Em declarações à agência Lusa, Margarida Dotti, do MOA, explicou que o objetivo desta petição é exigir “a retirada de todo o amianto depositado na célula n.º 1 do aterro”.
“Existe uma clara violação da lei, uma vez que se está a misturar amianto com resíduos biodegradáveis na mesma célula”, alertou, apontando também para a proximidade em relação a um furo de captação de água (a cerca de 427 metros), que serve a vila de Azambuja.
Relativamente aos dados da deposição de amianto no aterro de Azambuja, Margarida Dotti adiantou que em 2017 foram depositadas 505 toneladas e no ano seguinte 808 toneladas.
“De 2019 e de 2020 desconhecemos ainda os dados”, disse.
A moradora queixou-se igualmente da persistência de maus cheiros e da deposição de “lamas escuras”.
“Julgo que com a covid-19 isto piorou. O aterro esteve toda a hora a funcionar”, afirmou.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, manifestou-se solidário com a pretensão dos moradores.
“Eu fui o primeiro a assinar a petição e tenho em minha posse duas folhas para que todos os funcionários possam aderir. É uma reivindicação justa e que acompanhamos”, sublinhou.
A Lusa contactou fonte da empresa Triaza, mas ainda não obteve resposta.
O aterro de Azambuja foi inaugurado em 2017 e representou um investimento de 1,8 milhões de euros, tendo desde o início da sua construção sido contestado pelos moradores e por partidos da oposição.
A este aterro, que fica a céu aberto, chegam toneladas de resíduos vindos de Itália, Reino Unido e Holanda, sendo frequentes as queixas por causa do mau cheiro e da existência de gaivotas que remexem no lixo.
Em fevereiro deste ano a Câmara Municipal de Azambuja decidiu não autorizar o alargamento do aterro enquanto não estiverem resolvidos em tribunal processos interpostos, quer pela Triaza, quer pela população.
Já em março, o presidente do município disse à Lusa que a autarquia “está empenhada” em encerrar o aterro e acusou a empresa gestora de negar o acesso dos responsáveis municipais àquela infraestrutura.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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