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INTERNACIONAL

BOLSAS NO VERMELHO

As bolsas europeias prosseguem em forte queda, entre os 5% e quase 11%, após o referendo no Reino Unido, que deu vitória, com 51,9% dos votos, à saída do país da União Europeia “Brexit”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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BOLSAS EUROPEIAS VERMELHAS

Depois de conhecidos os resultados, os mercados arrancaram esta manhã a afundar, tendo-se mantido em queda nas duas primeiras horas de negociação. Cerca das 10:00 em Lisboa, o Eurostoxx 50, o índice que representa as principais empresas da zona euro, seguia a afundar 8,70%, negociando nos 2.773,66 pontos.

Os principais índices europeus seguiam a negociar entre as perdas de 10,60% em Madrid, 8,39% em Paris e 6,09% de Frankfurt. Lisboa seguia em linha com as congéneres europeias, com o seu principal índice, o PSI20, a perder também 6,95% para os 4.364,32 pontos. Londres, que abriu esta manhã a perder 8,0%, atenuava as perdas e seguia a deslizar 5,20% para 6.006,53 pontos.

Na sequência do resultado do referendo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou hoje a intenção de se demitir em outubro.

Falando à imprensa à porta da sede do Governo, David Cameron afirmou que, depois da vitória do “Sair” com 52%, o país precisa de uma nova liderança.

O preço do barril de petróleo Brent abriu hoje também em queda de 6,5% e situou-se abaixo dos 47,50 dólares por barril a meio do dia em Singapura.

A decisão dos britânicos de abandonar a UE provocou também uma forte queda da libra, até aos 1,366 dólares, arrastando o euro que cotava nos 1,10 dólares.

A oriente, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou com uma queda de 1.286,33 pontos, equivalente a 7,92%, situando-se nos 14.952,02 pontos.

O segundo indicador da bolsa japonesa, o Topix, que agrupa os valores da primeira sessão, perdeu 94,23 pontos, cerca de 7,26%, encerrando nas 1.204,48 unidades.

A bolsa de Tóquio chegou a perder mais de 8,0%, com as ações das principais empresas, como a Toyota e a SoftBank, a caírem a pique, quando os resultados sobre o referendo no Reino Unido começaram a dar como certa a vitória do `Brexit`.

Também a Bolsa de Hong Kong caiu hoje mais de 5,0% lançando o pânico nos mercados asiáticos após o anúncio da escolha dos britânicos, com o índice composto de Hang Seng a perder 1,067.34 pontos, para os 19,801.00 pontos.

O governador do Banco de Inglaterra (BoE), Mark Carney, declarou que a instituição está pronta para injetar 250 mil milhões de libras esterlinas (326 mil milhões de euros) de fundos adicionais, depois da vitória do `Brexit`.

Além desta injeção para assegurar a liquidez suficiente para o funcionamento dos mercados depois da vitória do `Brexit`, o banco central britânico “também está disposto a fornecer liquidez considerável em divisas estrangeiras em caso de necessidade”, adiantou Carney, numa intervenção transmitida pela televisão.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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INTERNACIONAL

PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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