NACIONAL
BOMBEIROS EM “GUERRA” COM A PROTEÇÃO CIVIL NÃO COMUNICAM “OCORRÊNCIAS”
O presidente da Federação de Bombeiros do Porto disse que 70% das corporações de bombeiros do distrito do Porto (total de 47) aderiram hoje à não divulgação de dados ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
O presidente da Federação de Bombeiros do Porto disse que 70% das corporações de bombeiros do distrito do Porto (total de 47) aderiram hoje à não divulgação de dados ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
“Neste momento ronda os 70% as corporações de bombeiros do distrito do Porto que não estão a dar os dados ao CDOS [Comando Distrital de Operação de Socorro], declarou José Miranda, acrescentando que a tendência é “atingir o máximo cerca do meio dia”.
O Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Voluntários (LBP) aprovou no sábado “por unanimidade e aclamação de pé” suspender toda a informação operacional aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) a partir das 00:00 de domingo.
Os dados que não estão a ser transmitidos ao CDOS são, por exemplo, o número de viaturas que vão para os acidentes, quantos elementos de socorro vão na viatura, que tipo de viatura é, que tipo de acidente é, entre outros, explicou à Lusa o presidente da Federação de Bombeiros do distrito do Porto.
Segundo José Miranda, o distrito do Porto tem 47 corporações de bombeiros — 45 corpos de bombeiros voluntários e duas corporações de bombeiros profissionais – e “neste momento aderiram 33 corpos de bombeiros”, mas os utentes não sentem absolutamente nada de diferente, isto é uma garantia”.
“O socorro continua a fazer-se na maior normalidade, tudo da mesma forma, só que não transmitimos os dados (…) para o CDOS, de resto está tudo a processar-se”, explicou, referindo que os meios saem da mesma forma também para os pedidos realizados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou individualmente, sendo que a diferença é que os bombeiros não estão a dar as comunicações aos superiores.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Porto voltou hoje a desmentir a informação avançada no domingo pela Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto, que indicava que as corporações de bombeiros do distrito estavam a reportar para o CDOS, ignorando o apelo da Liga dos Bombeiros Voluntários (LBP).
O presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto e presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, disse à Lusa, na altura, que até às 16:00 horas de domingo 43 dos 45 corpos de bombeiros do distrito estavam a reportar as ocorrências.
O presidente atual da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, garantiu no domingo que a ausência de reporte à Proteção Civil não compromete o socorro à população e devolveu a acusação de irresponsabilidade ao ministro da tutela, Eduardo Cabrita.
A Liga dos Bombeiros Portugueses reivindica uma direção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.
A Liga dos Bombeiros Portugueses tem, no total, 470 associados, distribuídos por corporações de voluntários (435), municipais (19), privativos (9), batalhão de sapadores bombeiros (1), companhias de sapadores bombeiros (5) e regimento de sapadores bombeiros (1) distribuídos por todos os distritos do Continente e Ilhas.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
NACIONAL
LUÍS MONTENEGRO APRESENTA HOJE COMPOSIÇÃO DO NOVO GOVERNO
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
Este calendário foi anunciado pelo próprio presidente do PSD, após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na qual foi indigitado como primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 10 de março que deram a vitória à Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM).
Nessa altura, Luís Montenegro disse ter expectativa de formar Governo com base na maioria “constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP”, uma vez que não dispõe do apoio de uma maioria absoluta no parlamento.
Montenegro e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro cessante, António Costa, depois de um mandato de cerca de oito anos, recebeu Luís Montenegro na residência oficial de São Bento, uma espécie de passagem de testemunho na liderança do executivo.
Já no dia anterior, o PSD e a Iniciativa Liberal informaram que não vão avançar “nesta altura para a celebração de entendimentos alargados”, incluindo os que diziam respeito à formação do novo Governo.
Depois da tomada de posse na próxima semana, o passo seguinte será a apresentação do programa do Governo.
Segundo a Constituição, esse documento com as linhas orientadoras da governação para os próximos quatro anos é submetido à apreciação da Assembleia da República no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação, o que deverá acontecer nos primeiros 12 dias de abril.
A Constituição determina também que um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado.
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