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BOTICAS: MANIFESTAÇÃO CONTRA AS MINAS DE LÍTIO EM COVAS DO BARROSO

Populares e ativistas contra a exploração de lítio manifestam-se hoje em Covas do Barroso, concelho de Boticas, para mostrar que a luta continua após a aprovação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Barroso.

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Populares e ativistas contra a exploração de lítio manifestam-se hoje em Covas do Barroso, concelho de Boticas, para mostrar que a luta continua após a aprovação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Barroso.

A manifestação conclui uma ação de protesto que teve início na quinta-feira com um acampamento na aldeia de Covas Barroso, onde se juntaram visitantes nacionais e estrangeiros que se opõem à exploração mineira.

“Este projeto a avançar terá que ser mesmo à força, terá que ser mesmo contra a vontade da população. Este é um projeto contra tudo e contra todos”, afirmou Nelson Gomes, da associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso, organizadora da iniciativa.

No final de maio, foi anunciada uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada à mina de lítio do Barroso, em Boticas, no distrito de Vila Real, uma decisão contestada pelo município, população local e organizações ambientalistas.

O projeto proposto pela Savannah Resources prevê a construção de quatro minas a céu aberto e a ocupação de uma área de quase 600 hectares a poucos metros das aldeias de Covas do Barroso, Romainho e Muro. A concretizar-se, será a maior mina de lítio a céu aberto na Europa.

Após a DIA favorável e até agora, segundo Nélson Gomes, “nada mudou”.

De acordo com o responsável, embora esta decisão represente um passo burocrático importante para a Savannah, “os proprietários continuam a ser donos dos terrenos e a empresa continua sem ter direito de acesso aos terrenos nem legitimidade social para avançar com o projeto”.

Este foi o primeiro projeto de lítio em Portugal com uma DIA favorável e, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a mina do Barroso obedecerá “a exigentes requisitos ambientais” e incluirá “um pacote de compensações socioeconómicas, tais como a alocação dos encargos de exploração (‘royalties’) devidos ao município de Boticas e, entre outros benefícios locais, a construção de um novo acesso que evite o transtorno das populações”.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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