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BRAGA: AUTARQUIA CRITICA A ‘ENORMÍSSIMA’ FALTA DE TESTES

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, criticou hoje a “enormíssima insuficiência” de testes disponíveis para rastrear a covid-19, sublinhando que já há no concelho quem tenha agendamentos para depois de 20 de abril.

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O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, criticou hoje a “enormíssima insuficiência” de testes disponíveis para rastrear a covid-19, sublinhando que já há no concelho quem tenha agendamentos para depois de 20 de abril.

“Isso é quase uma barbaridade”, referiu, falando na reunião do executivo, Ricardo Rio, para quem os testes são “fundamentais para separar infetados de não infetados” e, assim, evitar contágios.

Segundo Ricardo Rio, a insuficiência de testes leva a que os números diariamente avançados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) estejam “deturpados” em relação à realidade.

Segundo a DGS, o concelho de Braga conta com cerca de 400 pessoas infetadas com o novo coronavírus.

De acordo com Ricardo Rio, à volta de 100 infetados são utentes ou funcionários de lares de idosos.

Ainda segundo o autarca, já se registaram 20 mortos com covid-19 no concelho, 10 dos quais igualmente ligados a estruturas residenciais para idosos.

A câmara disponibilizou-se para financiar os testes aos mais de 2.000 utentes e funcionários de todos os lares do concelho, mas até ao momento só foram realizados cerca de 400.

“Não há testes disponíveis no mercado”, acrescentou o autarca.

Em Braga, os testes estão a ser feitos no hospital público e numa unidade móvel, sendo que em breve também a Escola de Medicina da Universidade do Minho deverá estar acreditada para o efeito.

Na reunião de hoje do executivo, foram discutidas e aprovadas medidas propostas pelo PS e pela CDU para minimizar os efeitos da pandemia da covid-19, relacionadas, nomeadamente, com suspensão de despejos, cortes de água e rendas em fogos de habitação social geridos pelo município.

O PS preconizava também a criação de um hospital de campanha, mas essa proposta foi transformada em recomendação, com Ricardo Rio a garantir que a medida avançará se e quando se revelar necessário.

Em relação aos Bombeiros Sapadores, que registam 16 operacionais infetados, a CDU propôs a realização de testes a todos os elementos da corporação, mas a proposta foi chumbada pela maioria PSD/CDS/PPM.

Rio disse que os testes só serão feitos a quem apresentar sintomatologia ou tiver estado em contacto direto com um eventual foco de contágio.

Lembrou que os testes dão uma “falsa sensação de segurança”, uma vez que, por força da sua atividade, um bombeiro está permanentemente exposto a situações de risco, pelo que pode dar negativo num minuto e no minuto seguinte já estar a ser infetado numa qualquer ocorrência a que acudir.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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