REGIÕES
BRAGA: FALTAM INSPETORES NA POLÍCIA JUDICIÁRIA
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga tem pendentes cerca de mil inquéritos por crimes informáticos, sendo a investigação dificultada por ‘manifesta’ falta de efetivos, disse hoje um inspetor.
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga tem pendentes cerca de mil inquéritos por crimes informáticos, sendo a investigação dificultada por ‘manifesta’ falta de efetivos, disse hoje um inspetor.
Em declarações à Lusa, à margem de uma palestra na Escola Profissional de Braga sobre Internet Segura, Carlos Alves adiantou que no Departamento de Investigação Criminal da PJ de Braga há “apenas” sete inspetores especializados naquele tipo de criminalidade.
“Sete inspetores para mil crimes é manifestamente pouco”, referiu.
Segundo Carlos Alves, o crime mais recorrente tem sido burla informática, traduzido, nomeadamente, no acesso a contas bancárias.
Burlas em vendas através da Internet, sabotagem informática e extorsão sexual são outros dos crimes em investigação na PJ/Braga, que cobre este distrito e ainda o de Viana do Castelo.
“Mas o rol estende-se a praticamente todos os crimes informáticos, como usurpação de identidade, difamação, ameaças ou pornografia de menores”, acrescentou.
Carlos Alves, Joana Azevedo e Rui Abreu, todos inspetores do PJ de Braga, foram hoje à Escola Profissional de Braga falar aos alunos sobre criminalidade informática e sobre a necessidade de uma utilização “cautelosa” da Internet, nomeadamente das redes sociais.
Lembraram que as pessoas “muito dependentes das redes sociais e dos videojogos” são algumas das principais vítimas de crimes informáticos.
Sublinharam que “marcar encontros pela Internet é muito arriscado e muitas vezes acaba em violação, sequestro ou roubo” e vincaram que “na Internet não há qualquer tipo de privacidade”.
Sensibilizaram ainda para as “consequências muito graves” que se podem resultar da utilização de perfis falsos em nome de outrem e aconselharam “a pensar duas vezes” antes de escrever um qualquer comentário nas redes sociais.
Alertaram ainda que as contas de correio eletrónico “não são, de todo, um local seguro” para guardar fotos e outros documentos pessoais.
Inês Oliveira, de 19 anos, aluna da Escola Profissional de Braga que assistiu à palestra, disse que já foi vítima de uma situação “complicada”, quando alguém entrou no seu perfil e lá colocou “conteúdos impróprios”.
“Tive de desistir do perfil”, confessou.
Sublinhou a importância de uma crescente informação e sensibilização acerca dos perigos da Internet, porque “mais vale prevenir que remediar”.
De 18 anos, Rui Pereira disse ter bem “consciência” dos perigos da Internet e acrescenta que ele próprio já liderou em ações de sensibilização de outros colegas sobre o assunto.
“Conheço vários casos de colegas meus vítimas de burlas com compras e com usurpação de informações pessoais”, referiu.
LUSA
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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