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BRAGANÇA: NÚMERO DE UTENTES SEM MÉDICO DE FAMÍLIA DUPLICOU

O número de utentes sem médico de família, no distrito de Bragança, duplicou nos primeiros três meses deste ano, com 9.713 pessoas sem um clínico atribuído nos centros de saúde, segundo dados do Governo.

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O número de utentes sem médico de família, no distrito de Bragança, duplicou nos primeiros três meses deste ano, com 9.713 pessoas sem um clínico atribuído nos centros de saúde, segundo dados do Governo.

Nos últimos seis anos, esta é a taxa de cobertura da população mais baixa, numa região que já teve apenas 35 utentes sem médico de família atribuído pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), de acordo com informação disponibilizada no Portal da Transparência.

O portal, criado em 2016, tem dados apenas a partir dessa data e revela que a taxa de cobertura de médico de família no distrito de Bragança é, em março de 2022, de menos de 92% dos 132.299 utentes, quando já esteve perto dos 100%.

Segundo os dados do portal, em janeiro de 2022 havia 4.684 utentes sem médico de família no distrito de Bragança e, apesar de uma descida para 3.398 em fevereiro, o número chegou aos 9.713 em março.

A aposentação dos clínicos de Medicina Geral e Familiar é a principal causa desta situação, segundo testemunhos de utentes recolhidos e divulgados na quarta-feira pela Lusa, com, pelo menos, seis médicos que se reformaram em pouco mais de um ano nesta região.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, responsável pelos 14 centros de saúde do distrito de Bragança, publica no relatório de contas de 2020 que, já nesse ano, houve um aumento do número de inscritos sem médico de família, concretamente mais 3.726.

Este aumento, como se lê no documento consultado pela Lusa, esteve “associado ao grande volume de aposentações dos profissionais médicos ao longo do ano de 2020”.

“Foram registadas 12 aposentações e apenas oito novas contratações. Apesar do esforço de redistribuição de utentes, cerca de 4.600 utentes inscritos ainda ficaram sem médicos de família”, concretiza.

A Lusa pediu, há várias semanas, à ULS do Nordeste dados atualizados sobre o número de aposentações, substituições e utentes sem médico de família, que não respondeu até à data.

Os dados relativos aos utentes estão publicados no Portal da Transparência do Governo, com mais de 10 mil sem médico de família atribuído, em março de 2022.

Destes, 9.713 não têm médico porque não há, enquanto 959 estão nesta situação “por opção”, ou seja, não recorrem ao SNS.

Os mais de 9.700 que não têm médico de família atribuído representam metade dos que recorreram, num ano, a consultas nos centros de saúde, segundo os dados do portal.

No período de seis anos dos dados disponíveis no portal do Governo, o número de utentes no distrito de Bragança disparou, em 2016, de 116.304 inscritos para mais de 130 mil, um número que se tem mantido, com pequenas variações, até à atualidade, e que é superior à população da região, que o Censos de 2021 revelou ser de 122.833 pessoas.

O ano de 2017 é o que apresenta a maior taxa de cobertura, chegando a haver apenas 35 utentes sem médico de família.

Desde maio de 2021 que as estatísticas mostram uma tendência de descida numa região que sempre foi apontada como das que tinha uma maior cobertura de médico de família a nível nacional.

Relativamente ao número de médicos de família, os únicos dados disponíveis são de 2020, data em que a ULS do Nordeste divulgou que tinha ao serviço “143 médicos de Medicina Geral e Familiar, 92 dos quais no quadro, 25 prestadores de serviços e 26 internos”.

Nessa mesma data, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, voltou a alertar que a região podia enfrentar um número de saídas para a reforma de médicos de família que poderia “chegar aos 40% em três anos”.

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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023

O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.

Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.

“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.

Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.

Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.

Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.

Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.

Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).

Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).

O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.

Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).

Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.

Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.

“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.

Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.

As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).

Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).

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PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.

“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.

A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.

O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.

Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.

Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.

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