NACIONAL
BRUNO JACINTO TERÁ INFORMADO ANDRÉ GERALDES DAS ‘INTENÇÕES’ DA JUVENTUDE LEONINA
O antigo oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto disse hoje em tribunal que informou o então diretor-geral do Sporting André Geraldes de que elementos da claque Juventude Leonina se iam deslocar à Academia, em Alcochete.

O antigo oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto disse hoje em tribunal que informou o então diretor-geral do Sporting André Geraldes de que elementos da claque Juventude Leonina se iam deslocar à Academia, em Alcochete.
Bruno Jacinto foi o único dos 43 arguidos presentes (Fernando Mendes, ex-líder da claque, justificou a ausência devido a questões de saúde) a querer prestar declarações na primeira sessão do julgamento da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete, distrito de Setúbal, em 15 de maio de 2018, que começou na manhã de hoje no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.
O arguido contou ao coletivo de juízes, presidido por Sílvia Pires, que não esteve no Aeroporto da Madeira após a derrota frente ao Marítimo, no qual alguns elementos da claque confrontaram os jogadores, acrescentado que só teve conhecimento dos desacatos através das televisões.
Bruno Jacinto explicou que chegou a Lisboa, vindo da Madeira, no dia do ataque, e que, pelas 14:00 teve conhecimento através de uma mensagem de texto (SMS) enviada por Tiago Silva, um dos membros da direção da Juve Leo, de que alguns elementos da claque iriam à Academia, devido à insatisfação pelo não apuramento para a Liga dos Campeões e ao que se tinha passado no Aeroporto da Madeira.
O arguido explicou que “reportou esta situação por mensagem” ao então diretor-geral do clube André Geraldes, de que alguns elementos da claque Juve Leo se iam deslocar à Academia, para falarem com jogadores e com o treinador Jorge Jesus, devido aos maus resultados, e que, desde a sua criação, em 2004, as claques já tinham ido à Academia quatro a cinco vezes.
Pelas 15:00 de 15 de maio, encontrou-se com o arguido Tiago Silva junto ao multidesportivo, o qual lhe confirmou que iam à Academia, mas sem lhe dizer “o que iam lá fazer”, sublinhando que não teve noção “de quantas pessoas” é que se iriam deslocar até Alcochete.
Bruno Jacinto afirmou que tentou falar “novamente” com André Geraldes, o qual disse que reportava ao então presidente do clube Bruno de Carvalho, um dos 44 arguidos, durante várias vezes, por telefone, mas não “obteve resposta” do diretor-geral do Sporting à data dos factos.
Pelas 16:45, como não conseguia falar com André Geraldes, o antigo oficial de ligação aos adeptos “achou por bem” contactar com o então responsável pela segurança da Academia Ricardo Gonçalves, o qual lhe perguntou o que é que os elementos da Juve Leo iam lá fazer.
Bruno Jacinto respondeu que estes elementos da claque iam à Academia para “confrontar” a equipa “pelo somatório de vários acontecimentos”, nomeadamente pelos maus resultados, pelo não apuramento para a Liga das Campeões e os jogadores William Carvalho, Battaglia e Acuna pelos atritos que ocorreram no aeroporto com alguns destes elementos.
O arguido considerou ser “relevante” passar a informação a Ricardo Gonçalves, pois era essa a sua função, depois de não ter conseguido falar com André Geraldes, acrescentando que assim que contactou o diretor de segurança da Academia, se deslocou para Alcochete, no intuito de “articular” a ligação entre os adeptos e a equipa do Sporting.
Bruno Jacinto contou que quando chegou à Academia viu cinco elementos da claque, arguidos no processo, entre os quais Fernando Mendes, a falarem com o jogador William Carvalho e outros elementos do ‘staff’ do clube, no momento em que o ataque já tinha acontecido.
Questionou o que se tinha passado e disse a Fernando Mendes que o que se passou “não devia ter passado”.
O julgamento, que decorre sob fortes medidas de segurança, parou para almoço e prossegue às 14:00 com a continuação do interrogatório a Bruno Jacinto.
Bruno de Carvalho, que disse ser atualmente comentador, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à academia, o MP imputa-lhes a coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

NACIONAL
FENPROF ACUSA MINISTRO DE “ESCONDER” A REALIDADE SOBRE A COLOCAÇÃO DE PROFESSORES
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) acusou hoje o ministro da Educação de, no parlamento, voltar a “esconder a realidade” ao dizer que apenas 02% dos alunos ainda não têm docentes.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) acusou hoje o ministro da Educação de, no parlamento, voltar a “esconder a realidade” ao dizer que apenas 02% dos alunos ainda não têm docentes.
“A ser assim, apontaria para cerca de 30.000 alunos. Se fossem apenas 30.000 os alunos sem os professores todos (número que, ainda assim, não seria desprezível), então a situação seria gravíssima para esses alunos, pois significaria que, em média, lhes faltariam três professores e não apenas um”, afirma a Fenprof em comunicado.
Para a estrutura sindical, alunos sem professores “serão cerca de 90.000”.
A Fenprof reagia assim à afirmação do ministro João Costa hoje na Assembleia da República segundo a qual 98% dos alunos têm todos os professores e aulas a todas as disciplinas.
No documento, a Fenprof adianta que na próxima segunda-feira “atualizará o contador que tem no seu ‘site’” sobre a colocação de professores, mas salienta que “compete ao Ministério da Educação (ME) confirmar o que foi afirmado hoje no parlamento, divulgando publicamente, escola/agrupamento o número de professores que estão em falta”.
“Lamentavelmente, os responsáveis do Ministério da Educação parecem sempre mais preocupados em iludir a realidade do que, perante ela e a sua gravidade, tomarem as medidas que se impõem: valorizar a profissão docente, melhorar as condições de trabalho nas escolas e atrair os jovens (desde logo os que a abandonaram) para a docência”, defende.
A Fenprof defende que é exigível do ministro “uma atitude responsável neste processo e menos desvalorizadora do problema”.
“Dos vários exemplos de medidas que estão a ser tomadas para, alegadamente, valorizar os professores, representando um investimento na ordem dos 300 milhões de euros, segundo o ministro, está a vinculação de cerca de 8.000 professores. Como pode o ministro incluir esta vinculação naquele valor se os docentes que ingressaram nos quadros se mantiveram no índice salarial (167) em que se encontravam?”, questionam.
Segundo a Fenprof, “estes docentes passarão, inclusivamente, a ganhar menos do que os colegas que continuam contratados a termo”, situação que considera “ilegal e em relação à qual vai agir também juridicamente”.
A estrutura sindical critica também os planos de recuperação de aprendizagens, também referidos por João Costa, que “deveria ter explicado como poderão as escolas concretizá-los com o corte de horas que impôs ao crédito que tinham para este efeito (80 e mais horas)”.
“Em relação ao aumento de financiamento em 27% dos colégios de educação especial, o ministro deveria ter reconhecido que é um aumento insuficiente, pois estes colégios estiveram década e meia sem atualização de financiamento (metade desse tempo, com governos a que João Costa pertencia), situação que quase provocou a sua asfixia, tendo alguns estado muito perto de encerrar”, critica.
DESTAQUE
ESTUDO: 68% DOS JOVENS FORAM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.

Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.
Os comportamentos de vitimação mais reportados foram em 92% dos casos de natureza psicológica (piadas agressivas, ignorar, culpar, mentir ou enganar), seguindo-se os de natureza física (pontapés, beliscar ou arranhar, ferir “a brincar”) com 82% e os de controlo (controlar ou proibir e ‘stalking’ [perseguir]) com 62%, referiu a UTAD, em comunicado enviado à Lusa.
Também se verificaram comportamentos associados ao ‘cyberbullying’ (assédio virtual) e de partilha de imagens íntimas sem consentimento (‘sexting’) com uma prevalência de 58%, sublinhou.
Embora a frequência seja inferior, o estudo demonstrou ainda que 35% dos adolescentes sofreram comportamentos tendencialmente mais graves (ameaças com objetos ou armas e lesões corporais graves) e 6% suportaram comportamentos de natureza sexual (relação forçada).
A investigação apurou ainda que 64% dos jovens assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Os atos de agressão, quer sejam perpetrados ou recebidos, acontecem de uma forma transversal em todos os anos de escolaridade e em ambos os sexos. Estes dados foram recolhidos em 61 estabelecimentos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário”, afirmou o investigador da UTAD, Ricardo Barroso, citado na nota de informação.
Estes dados foram recolhidos entre 2018 e 2022, no âmbito do PREVINT, um programa de prevenção da violência interpessoal implementado em mais de uma centena de escolas, abrangendo cerca de 20.000 estudantes.
Dos 7.139 jovens inquiridos, de ambos os sexos e com idades entre os 12 e 18 anos, 68% (4.837) revelaram ter sido vítima de algum comportamento de agressão e 64% (4.634) assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Verificámos que são dados que se mantêm constantes ao longo dos anos e, embora em termos sociais se valorize mais o facto de existir violência física, uma prevalência tão elevada de violência psicológica é algo que nos preocupa, uma vez que esta tende a estar na base do sofrimento psicológico elevado dos adolescentes. A existência de trabalhos de prevenção e de intervenção junto dos adolescentes é tão crucial como junto dos pais/tutores e dos profissionais que trabalham em contexto escolar”, adiantou o investigador da UTAD.
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