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CENTENAS MARCHARAM PELAS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

Esta tarde em Lisboa marchou-se para pedir que “nem mais uma” mulher seja vítima de violência doméstica e para rejeitar qualquer discriminação contra as mulheres.

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Centenas de pessoas, entre as quais deputados e três ministros, marcharam hoje à tarde, em Lisboa, para pedir que “nem mais uma” mulher seja vítima de violência doméstica e para rejeitar qualquer discriminação contra as mulheres.

Assinalando o Dia internacional contra a Violência Doméstica, a marcha começou com uma concentração no Largo do Intendente, em Lisboa, onde foram recordados os nomes das 18 “caídas”, as mulheres que morreram este ano em Portugal vítimas de violência de companheiros ou ex-companheiros, e a forma como foram assassinadas.

Entre as mulheres que representaram as vítimas encontrava-se a deputada socialista Catarina Marcelino, que foi, até outubro, secretária de Estado da Cidadania e Igualdade.

Os manifestantes marcharam depois até ao Rossio, ao som de tambores e de palavras de ordem como “A nossa luta é todo o dia, somos mulheres e não mercadoria”, “Não é Não” ou “Deixa passar, sou feminista e o mundo eu vou mudar”.

Na marcha, com o lema “Contra a violência machista, age!”, podia ler-se, nos cartazes, mensagens como “Não me calo”, “Contra a ditadura da heterocultura” ou “Amor não mata, machismo sim”.

Este é o terceiro ano consecutivo com menos casos de mulheres vítimas de violência doméstica, mas Elisabete Brasil, da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), uma das organizações que promoveram a manifestação, considerou que é “sempre preocupante” quando uma mulher morre “no lugar onde se deveria sentir mais segura, na sua casa”.

Elisabete Brasil salientou que “muitas vezes, os casos são conhecidos dos familiares, da polícia ou da justiça” e defendeu a necessidade de apostar na prevenção, alertando os jovens para as questões da igualdade.

Alexandra Silva, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, realçou que as mulheres são vítimas de “mais do que a violência doméstica”, pedindo a eliminação da “violência de todas as formas, em diferentes esferas da vida das mulheres, em diferentes locais e por diferentes tipos de agressores, como no local de trabalho, na rua, na intimidade”.

Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, apontou que a desigualdade entre homens e mulheres continua a prevalecer.

“Uma em cada quatro mulheres em Portugal declara-se como tendo sido vítima de assédio e violência física e sexual. As mulheres continuam a ganhar menos dos que os homens, mesmo quando têm mais qualificações. A desigualdade é real e abate-se contra metade da população”, exemplificou.

“É importante que se assuma que a violência contra as mulheres é o maior problema de segurança em Portugal e, portanto, é muito importante que estejamos todos envolvidos”, declarou a dirigente bloquista.

Luís Brandão era um dos muitos homens que aderiram à marcha, apesar de não pertencer a nenhuma das organizações que a promoveu.

Empunhando um pequeno cartaz em que se lia “Namorar não é abusar”, disse que quis associar-se “como homem, como cidadão”.

“É uma luta das mulheres, mas seria errado achar que é uma luta só das mulheres”, considerou.

Do Governo, estiveram presentes as ministras da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, e da Justiça, Francisca Van Dunem, e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O governante recordou que cerca de dois terços das esquadras e postos da GNR e da PSP têm espaços dedicados ao atendimento de vítimas de violência doméstica e sublinhou que o Orçamento do Estado para 2018, que deverá ser aprovado na próxima semana, prevê que qualquer nova instalação ou requalificação contará com um destes espaços.

O objetivo, salientou Cabrita, é atingir a plenitude das esquadras e postos em todo o país.

A secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, disse que o executivo pretende “reforçar todas as estruturas que prestam apoio ao nível de atendimento e de suporte” a mulheres vítimas de violência, estando previsto o “reforço com duas casas, destinadas a mulheres vítimas com problemas na área da deficiência e da saúde mental”.

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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023

O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.

Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.

“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.

Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.

Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.

Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.

Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.

Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).

Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).

O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.

Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).

Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.

Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.

“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.

Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.

As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).

Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).

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PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.

“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.

A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.

O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.

Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.

Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.

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