CIÊNCIA & TECNOLOGIA
CIÊNCIA PROCURA MELHORAR AS CAPACIDADES COGNITIVAS DE DOENTES DE CANCRO
Os Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde pretendem ajudar os sobreviventes de cancro a melhorarem as capacidades cognitivas, que afetam ‘a sua qualidade de vida’.

Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) estão a recrutar sobreviventes de cancro para identificar as necessidades e as barreiras relacionadas com a reabilitação cognitiva e, consequentemente, ajudarem-nos a melhorar essas capacidades.
Em comunicado, o centro esclarece, esta quarta-feira, que os investigadores estão a recrutar os sobreviventes de cancro “com o objetivo de identificar as necessidades, os elementos facilitadores e as barreiras relativas à participação em programas de reabilitação cognitiva”.
Citada no documento, a investigadora Ana Filipa Oliveira, do CINTESIS/Universidade de Aveiro, esclarece que um estudo recente realizado em Portugal “verificou que mais de 8% de sobreviventes de cancro (da mama) parece apresentar queixas cognitivas decorrentes do diagnóstico de cancro e dos seus tratamentos”.
Entre as queixas mais comuns incluem-se o esquecimento de nomes ou datas, dificuldades de concentração e dificuldades em fazer mais do que uma tarefa ao mesmo tempo.
“Estas alterações perturbam, muitas vezes, o funcionamento social, familiar e laboral dos sobreviventes, afetando negativamente a sua qualidade de vida”, destaca o CINTESIS.
Ana Filipa Oliveira salienta que o estudo se reveste de “grande importância” para dar informação crucial sobre as necessidades específicas de intervenção a nível cognitivo que a população oncológica apresenta.
Na investigação desenvolvida pelo CINTESIS/Universidade de Aveiro podem participar homens e mulheres, residentes em Portugal, com idades entre os 18 e 65 anos, que tenham sido diagnosticados com qualquer tipo de cancro (exceto tumor cerebral) e que apresentam dificuldades cognitivas relacionadas com a doença ou tratamentos.
A informação recolhida junto dos participantes, através de um conjunto de questionários online, permitirá criar uma plataforma online onde ficará disponível “um programa de reabilitação cognitiva específico para melhorar as capacidades dos sobreviventes de doença oncológica”.
Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o estudo integra investigadores do [email protected]/Universidade de Aveiro e do William James Center for Research, resultado de uma colaboração internacional com a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América.
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Academia Portuguesa de Psico-Oncologia são também parceiros desta investigação.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA
CIENTISTAS AVISAM: ‘NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA OS DESASTRES NATURAIS’
Um relatório do Conselho Científico Internacional (ISC), composto por organizações científicas, conclui como ‘muito improvável’ o cumprimento dos objetivos traçados em 2015 para reduzir vítimas e danos de desastres climáticos, como terramotos, cheias ou tempestades, reforçados pelo aquecimento global.

Um relatório do Conselho Científico Internacional (ISC), composto por organizações científicas, conclui como “muito improvável” o cumprimento dos objetivos traçados em 2015 para reduzir vítimas e danos de desastres climáticos, como terramotos, cheias ou tempestades, reforçados pelo aquecimento global.
No documento, os cientistas alertam para a insuficiente preparação, em todo o mundo, para enfrentar tais desastres, aos quais os governos reagem muitas vezes apenas só quando acontecem, pedindo os cientistas um repensar da gestão de riscos, e considerando que “é muito improvável” que os objetivos sejam alcançados.
Em 2015, a comunidade internacional adotou objetivos do Quadro de Sendai para prevenir novos e reduzir os riscos de desastres existentes, até 2030, através da implementação de medidas económicas, estruturais, legais, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e institucionais.
Desde 1990, mais de 10.700 desastres, entre terramotos, erupções vulcânicas, secas, inundações, temperaturas extremas, tempestades, afetaram mais de 6 mil milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados das Nações Unidas.
No topo da lista estão as cheias e tempestades, multiplicadas pelas alterações climáticas, que representam 42% do total.
Estes desastres “minam o progresso do desenvolvimento que tem sido difícil de alcançar em muitas regiões do mundo”, sublinha o relatório.
Em comunicado, o presidente do ISC, o cientista biomédico Peter Gluckman, destaca que, “como a comunidade internacional se mobiliza rapidamente após desastres, como os terramotos na Turquia e na Síria, muito pouca atenção e investimento são direcionados ao planeamento e prevenção de longo prazo”, seja no fortalecimento dos códigos de construção ou no estabelecimento de sistemas de alerta.
“Os múltiplos desafios dos últimos três anos destacaram a necessidade fundamental de uma melhor preparação para futuros desastres”, acrescentou Mami Mizutori, representante especial das Nações Unidas para a Redução de Riscos.
“Precisamos fortalecer a infraestrutura, as comunidades e os ecossistemas agora, em vez de reconstruí-los mais tarde”, acrescentou.
O relatório chama a atenção para um problema de alocação de recursos, mostrando que apenas 5,2% da ajuda aos países em desenvolvimento para desastres, entre 2011 e 2022, foi dedicada à redução de riscos, com o restante alocado para socorro e reconstrução pós-desastre.
O ISC apela ainda a sistemas de alerta precoce, salientando que o aviso de uma tempestade com 24 horas de antecedência pode reduzir os danos em 30%.
Um outro relatório, publicado no final de janeiro pela Assembleia Geral das Nações Unidas, destacava também que os países “não estavam no caminho certo” para atingir os objetivos de Sendai.
O número de pessoas afetadas todos os anos por desastres climáticos está aumentando, assim como os danos diretos, que atingem uma média de 330 mil milhões de dólares (310 mil milhões de euros) por ano entre 2015 e 2021.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
NOVA FONTE DE ÁGUA ENCONTRADA EM AMOSTRAS LUNARES
Cientistas descobriram uma nova e renovável fonte de água na Lua, em amostras lunares recolhidas por uma missão chinesa, que pode ser utilizada por futuros exploradores.

Cientistas descobriram uma nova e renovável fonte de água na Lua, em amostras lunares recolhidas por uma missão chinesa, que pode ser utilizada por futuros exploradores.
A água estava incorporada em pequenas esferas de vidro no solo lunar onde ocorrem impactos de meteoritos.
Estas esferas de vidro multicoloridas e brilhantes estavam em amostras que foram recolhidas na Lua pela China em 2020.
As esferas variam em tamanho, desde a largura de um cabelo até vários cabelos.
O teor da água é apenas uma fração minúscula destas, explicou Hejiu Hui, da Universidade de Nanjing, que participou na investigação.
Como existem biliões ou triliões destas esferas de impacto, isso pode representar quantidades substanciais de água, mas minerá-las seria difícil, de acordo com os investigadores.
“Sim, vai exigir muitas e muitas esferas de vidro. Por outro lado, há muitas”, salientou Hui, numa resposta por correio eletrónico à agência Associated Press (AP).
Estas esferas poderiam produzir água continuamente graças ao constante bombardeamento de hidrogénio pelo vento solar.
As descobertas, publicadas esta segunda-feira na revista Nature Geoscience, são baseadas em 32 esferas de vidro selecionadas aleatoriamente do solo lunar recuperado pela missão lunar Chang’e 5.
Serão analisadas mais amostras, realçou Hui.
Estas esferas de impacto estão por toda a parte, resultando do arrefecimento do material derretido expelido pelas rochas espaciais que atingem a Lua.
A água pode ser extraída pelo aquecimento das esferas, possivelmente por futuras missões robóticas.
No entanto, são necessários mais estudos para determinar se isso seria viável e, em caso afirmativo, se a água seria segura para beber.
Isto mostra que “a água pode ser renovável na superfície da lua… um novo reservatório de água na lua”, vincou ainda Hui.
Estudos anteriores encontraram água em esferas de vidro formadas pela atividade vulcânica lunar, com base em amostras recolhidas pelos astronautas da Apollo há mais de meio século.
Estas esferas também poderiam fornecer água não apenas para a utilização por futuras tripulações, mas também como combustível para foguetões.
A agência espacial norte-americana (NASA) pretende voltar a colocar os astronautas na superfície lunar até ao final de 2025.
A missão irá focar-se no polo sul, onde se acredita que as crateras permanentemente à sombra estão cheias de água congelada.
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