ECONOMIA & FINANÇAS
CINEMAS SOMAM ATÉ MAIO AUMENTO SUPERIOR A 600% DE ASSISTÊNCIA E RECEITAS FACE A 2021
As salas portuguesas de cinema registaram este ano, até maio, um aumento de mais de 600% em assistência e receitas face a 2021, totalizando 3,1 milhões de espectadores e 17,8 milhões de euros de bilheteira, foi nesta quinta-feira anunciado.
As salas portuguesas de cinema registaram este ano, até maio, um aumento de mais de 600% em assistência e receitas face a 2021, totalizando 3,1 milhões de espectadores e 17,8 milhões de euros de bilheteira, foi nesta quinta-feira anunciado.
De acordo com as estatísticas mensais divulgadas pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), entre janeiro e maio, as salas de cinema acolheram 3,1 milhões de espectadores, quando em igual período de 2021 tinham sido 412.848 espectadores.
Em termos de bilheteira, a exibição de cinema contabilizou 17,8 milhões de euros nos primeiros cinco meses deste ano, ou seja, quase oito vezes mais do que no período homólogo de 2021, ainda afetado pelas restrições decorrentes da pandemia da Covid-19.
Em termos de distribuição, este ano foram estreados 164 filmes e, embora a NOS Lusomundo Audiovisuais continue a ser líder do mercado, as maiores subidas em termos de receita de bilheteira foram da Cinemundo, que passou de 50 mil euros, em 2021, para 5,6 milhões de euros, e da Lanterna de Pedra Filmes, que passou de uns residuais 45 euros, para cerca de 50.000 euros em 2022. Dos 17,8 milhões de euros de receita de bilheteira, 6,9 milhões de euros dizem respeito a filmes distribuídos pela NOS Lusomundo Audiovisuais.
Do total de 3,1 milhões de espectadores contabilizados entre janeiro e maio, o cinema português somou 42.366 espectadores e 208 mil euros de receitas de bilheteira. O filme português mais visto em sala foi “Salgueiro Maia — O Implicado”, de Sérgio Graciano, com 15.498 espectadores.
“Uncharted”, de Ruben Fleischer, foi o filme mais visto pelos portugueses até maio, com 33.1845 espectadores
De janeiro a maio de 2019, o último período homólogo, não afetado pela pandemia de Covid-19, as salas portuguesas de cinema somaram 5,6 milhões de espectadores, com um total de 29,8 milhões de euros de receita de bilheteira, segundo os números divulgados em junho desse ano, pelo ICA.
ECONOMIA & FINANÇAS
SNS GASTOU MAIS DE 100 MILHÕES EM EXAMES DE RADIOLOGIA NOS “PRIVADOS”
O Estado gastou mais de 100 milhões de euros com exames de radiologia em 2022, um montante que faz com que seja a terceira maior despesa convencionada do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou hoje o regulador.
O Estado gastou mais de 100 milhões de euros com exames de radiologia em 2022, um montante que faz com que seja a terceira maior despesa convencionada do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou hoje o regulador.
“Os exames de radiologia constituem a terceira maior despesa convencionada com o SNS”, adianta a informação sobre a monitorização a esta área feita pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Segundo o documento, os encargos com o setor convencionado de radiologia diminuíram 14,8%, tendo sido gastos cerca de 106 milhões de euros em 2022, menos 18 milhões do que no ano anterior.
Já no primeiro semestre de 2023, os encargos com este setor convencionado foram de cerca de 68 milhões de euros, indica ainda a ERS.
De acordo com os dados agora divulgados, o SNS gastou cerca de 103 milhões em 2019, valor que baixou para os 77 milhões em 2020 (primeiro ano da pandemia da covid-19), voltando a subir para os 124 milhões em 2021.
Em novembro de 2023, estavam registados na ERS 870 estabelecimentos prestadores de cuidados na área da radiologia, 108 (12,4%) públicos e 762 (87,6%) de natureza privada, cooperativa ou social (não públicos). Mais de metade dos estabelecimentos não públicos têm convenção com o SNS (420).
Em termos de acesso, a ERS apurou que 149 concelhos de Portugal continental não têm oferta convencionada na valência de radiologia (eram 152 em 2022) e, desse total, 117 não têm qualquer oferta não pública, com ou sem convenção.
A região de saúde com menor oferta é o Alentejo, com 34 concelhos sem estabelecimentos na área de radiologia (72,3% dos concelhos da região), enquanto que os concelhos com maior número de estabelecimentos não públicos são Lisboa (87), Porto (53), Coimbra (27), Cascais (18), Braga (17), Loures (16), Sintra (16) e Setúbal (15).
ECONOMIA & FINANÇAS
IMPOSTOS: 64 AUTARQUIAS VÃO AGRAVAR O IMI DE IMÓVEIS DEVOLUTOS OU EM RUÍNAS
O número de autarquias que indicou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que quer aplicar a taxa agravada de IMI para prédios devolutos e em ruínas ascende a 64, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. Em causa está a aplicação de um agravamento das taxas do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), previsto na lei, com reflexo no imposto relativo a 2023 e cujo primeiro pagamento tem lugar durante o próximo mês de maio.
O número de autarquias que indicou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que quer aplicar a taxa agravada de IMI para prédios devolutos e em ruínas ascende a 64, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. Em causa está a aplicação de um agravamento das taxas do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), previsto na lei, com reflexo no imposto relativo a 2023 e cujo primeiro pagamento tem lugar durante o próximo mês de maio.
Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério liderado por Miranda Sarmento refere que no seu conjunto aquelas 64 autarquias identificaram 5.729 imóveis devolutos e outros 7.047 devolutos localizados em zona de pressão urbanística.
As taxas do IMI são anualmente fixadas pelas autarquias num intervalo que, no caso dos prédios urbanos (edificado e terrenos para construção), está balizado entre 0,3% e 0,45%, mas a lei prevê agravamentos, que são diferentes, para aquelas duas situações.
Assim, para os devolutos em geral as taxas do imposto “são elevadas, anualmente, ao triplo nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano (…)”. Na prática, isto significa que os proprietários dos imóveis devolutos localizados numa daquelas 64 autarquias pagarão uma taxa de, por exemplo, 0,9% sobre o valor patrimonial em vez dos 0,3% aplicados na generalidade das situações.
Já nos imóveis devolutos e localizados em zonas de pressão urbanística, o agravamento da taxa é maior, com a lei a determinar que esta “é elevada ao décuplo, agravada, em cada ano subsequente, em mais 20%”. O Código do IMI também prevê taxas agravadas para as casas em ruínas — contemplando valores semelhantes aos dos devolutos das zonas de pressão urbanística e dos outros -, tendo sido identificados nesta situação 4.305 imóveis, segundo os dados da mesma fonte oficial.
Os 64 municípios que comunicaram à AT a intenção de fazer uso destes mecanismos especiais previsto no Código do IMI comparam com os 24 que tomaram esta iniciativa relativamente aos imóveis devolutos para o IMI de 2021 e pago em 2022 e com as 40 que assim optaram para os degradados e em ruínas. De referir que 2021 é o último ano para o qual foram facultados dados oficiais.
No apuramento das casas devolutas são tidos em conta indícios de desocupação como “a inexistência de contratos em vigor com empresas de telecomunicações e de fornecimento de água, gás e eletricidade” ou “a inexistência de faturação relativa a consumos de água, gás, eletricidade e telecomunicações”, mas há exceções. Entre as exceções estão as casas de férias ou de arrendamento temporário, as casas que se encontrem em obras de reabilitação, desde que certificadas pelos municípios, as casas para revenda e as de emigrantes ou de portugueses residentes no estrangeiro no exercício de funções públicas.
As decisões das autarquias sobre as taxas de IMI devem ser comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira até 31 de dezembro, por transmissão eletrónica de dados, para vigorarem no ano seguinte. Na ausência desta informação, dentro daquela data, a AT procede ao cálculo do IMI com base na taxa mínima de 0,3%.
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