Ligue-se a nós

NACIONAL

COMUNISTAS GARANTEM CUMPRIMENTO DE REGRAS A 100 MIL PESSOAS NO ‘AVANTE’

A organização comunista da Festa do “Avante!” garantiu hoje o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades, devido à pandemia de Covid-19, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.

Online há

em

A organização comunista da Festa do “Avante!” garantiu hoje o escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e higiene sanitários impostos pelas autoridades, devido à pandemia de Covid-19, num recinto cuja lotação oficial é de 100 mil pessoas.

O principal responsável pelo evento, Alexandre Araújo, membro do Secretariado do Comité Central do PCP, evitou adiantar “números” de bilhetes já vendidos, qualquer previsão de visitantes ou mesmo esclarecer se vai haver um limite à entrada de pessoas, numa conferência de imprensa nos terrenos da 44.ª edição do certame político-cultural comunista.

“A Direção-Geral da Saúde (DGS) conhece a lotação habitual da festa. Nós temos tido uma lotação estabelecida, do ponto de vista das licenças emitidas, que se aproxima dos 100 mil. Digamos que… Bem, não digamos mais nada”, limitou-se a dizer, após ser insistentemente questionado.

O dirigente do PCP confirmou que a venda de bebidas alcoólicas, por exemplo, vai respeitar “legislação e regras em vigor”, pois “neste momento é proibida a sua venda depois das 20:00, à exceção de estabelecimentos de restauração” e será isso que se vai passar nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, Amora, Seixal, entre 04 e 06 de setembro.

“Pronto, isso não sei, há um certo fascínio por números… eu, relativamente, a números… temos tido uma participação normal nas jornadas de trabalho, de fim de semana para fim de semana: 150, 200 pessoas a trabalhar. Tem estado ao nível de anos anteriores”, afirmou Araújo, sobre os voluntários que estão a construir as infraestruturas do recinto desde 06 de junho.

A EP (Entrada Permanente, um bilhete para os três dias) da Festa do “Avante!” 20202, com o custo de 26 euros até 03 de setembro, está à venda desde o Natal, de forma descentralizada, junto das diversas organizações do partido, um pouco por todo o país. Em qualquer dos dias de espetáculos, o bilhete aumenta para 38 euros, embora as crianças até 14 anos não paguem, desde que acompanhadas por adulto.

“Quanto ao número de bilhetes vendidos, talvez para responder com clareza, como se isso constituísse um grande ‘furo’, mas não será hoje ainda que anunciaremos esse número. Portanto, não avançaríamos essa informação. A EP é vendida de forma descentralizada nas organizações do partido. Vamos procurando conhecer e temos uma ideia aproximada, não exata”, esquivou-se.

Segundo Alexandre Araújo não está ainda colocada “nenhuma limitação do ponto de vista global à presença [de pessoas] na festa”, já que se trata de “um espaço muito amplo, mais aberto, com menos construção do que em anos anteriores, exatamente para permitir maior distanciamento entre as pessoas”, tendo a organização optado por introduzir ”lugares marcados nos espetáculos” e para o comício de encerramento.

“A festa não é exceção em relação àquilo que está hoje colocado, do ponto de vista das recomendações quanto a aglomerações, da distância física que se deve conservar, do uso da máscara quando se está em determinados espaços ou com determinado número de pessoas. Isso hoje são aspetos que estão em aplicação e que o conjunto dos portugueses adotou esse tipo de procedimentos. Na festa isso não será diferente”, assegurou.

O dirigente comunista revelou ainda que, “desde a primeira hora”, foi entregue um “documento na DGS com todo um conjunto de elementos quanto à previsão de funcionamento da festa”, encontrando-se o partido e a organização “a trabalhar na arrumação e fecho final do plano de contingência”.

“Nós temos denunciado. Digamos que ocorre em relação à festa uma certa campanha de quase criminalização. Em muitos aspetos, mais do que a preocupação com aspetos da saúde pública, o que se vê aí é um certo objetivo de isolar a festa, criar dificuldades a que as pessoas a visitem. Procura-se criar uma hostilidade que não se verifica em relação a outros eventos. Pensamos que esses objetivos são políticos e que têm a resposta política que procuraremos dar”, lamentou.

Portugal registou hoje mais um morto e 112 novos casos de infeção por covid-19 em relação a segunda-feira, segundo o boletim diário DGS.

De acordo com o relatório da situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 51.681 casos de infeção confirmados e 1.739 mortes. A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.457 casos de covid-19 mais 68 do que na segunda-feira.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 694 mil mortos e infetou mais de 18,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

NACIONAL

MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS

A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Online há

em

A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.

“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.

No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).

Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.

Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.

Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).

Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.

Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.

O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.

O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).

A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.

Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.

Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.

A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.

Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.

No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.

A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.

LER MAIS

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Online há

em

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

LER MAIS

MAIS LIDAS