Ligue-se a nós

REGIÕES

CONCURSO PARA NOVA PONTE DO METRO SOBRE O DOURO SUSPENSO POR DECISÃO JUDICIAL

O concurso para o projeto de construção da nova ponte sobre o Douro foi suspenso depois de o Tribunal do Porto ter aceitado a ação interposta por Adão da Fonseca e Siza Vieira, anunciou hoje o contestatário.

Online há

em

O concurso para o projeto de construção da nova ponte sobre o Douro foi suspenso depois de o Tribunal do Porto ter aceitado a ação interposta por Adão da Fonseca e Siza Vieira, anunciou hoje o contestatário.

Segundo conseguiu apurar a Lusa junto do engenheiro António Adão da Fonseca, um dos contestatários, o procedimento ficou suspenso depois de o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto ter aceitado uma ação administrativa de contencioso pré-contratual interposta pelo engenheiro e pelo arquiteto Siza Vieira.

A notícia da suspensão do concurso público para o projeto de construção da nova ponte sobre o Douro, que estende a linha amarela do metro, ligando Santo Ovídio, em Gaia, à Casa da Música, no Porto, foi avançada hoje pelo Porto Canal.

Em declarações à agência Lusa, Adão da Fonseca disse que não estar “a pedir nada de especial, a não ser que seja feita justiça a quem se considera injustiçado”.

O engenheiro advogou o direito à audiência prévia, que compara com “uma revisão de provas”.

A Metro do Porto “entendeu que não podia fazer essa audiência prévia porque, entretanto, tinha dado conhecimento de quem eram os concorrentes num processo de anonimato. Porque é que deu a conhecer? Um dos concorrentes foi eliminado sem apelo nem agravo, apenas porque num desenho, entre muitos desenhos, aparecia lá, por esquecimento, o nome dele. Foi eliminado, pura e simplesmente. Acho bem esse rigor. Porque é que a administração da Metro do Porto não cumpre com esse rigor?”, questionou.

Adão da Fonseca acusou ainda a empresa de ter “o descuido de tornar ilegal o procedimento”, e que qualquer um tem direito “à revisão de uma decisão que até pode ser mantida”.

“E o júri também tem direito a rever a sua própria decisão. Todos nós, se emitirmos um juízo, e se alguém considera que está errado, teremos uma vez pelo menos a possibilidade de rever esse julgamento. Há aqui uma negação de justiça”, vincou.

A Lusa tentou obter uma reação da Metro do Porto, mas não foi possível até ao momento.

De acordo com um documento a que a Lusa teve acesso, a 05 de novembro, a Metro do Porto tinha rejeitado as impugnações apresentadas, invocando um “evidente equívoco na compreensão da natureza do procedimento de contratação pública em causa”.

Em causa está um concurso de conceção, explica a empresa, “que não obtém paralelo em qualquer outro procedimento pré-contratual” e que “foi especificamente desenhado para proteger o anonimato dos autores das criações conceptuais”.

No âmbito deste concurso, já tinham sido anunciados, em 18 de outubro, os três projetos finalistas.

Ao todo, sete concorrentes impugnaram o processo, sendo que uma das impugnações foi rejeitada por ser “extemporânea”.

Nessa deliberação a que a Lusa acedeu, a ausência de audiência prévia apontada por um dos concorrentes como motivação para impugnação é rejeitada porque, assim que o anonimato é levantado, “o teor do relatório do júri torna-se blindado e imutável”.

O júri do concurso atribuiu o primeiro lugar ao consórcio liderado por Edgar Cardoso: Laboratório de Estruturas que propõe uma solução tipo pórtico com escoras inclinadas, com betão como principal material e uma altura superior à da Ponte da Arrábida.

Já o segundo lugar foi atribuído ao projeto do consórcio liderado pela COBA, que apresenta uma solução de arco com tabuleiro a nível intermédio, com pilares de betão armado nas encostas e pilares metálicos sobre o arco.

O terceiro lugar foi atribuído ao consórcio liderado pela Betar – Consultores, cujo projeto assenta numa solução de pórtico de pilares inclinados e assimétricos nas margens, com o tabuleiro a ser constituído por aço e betão e os pilares e encontros em betão armado.

As condições da segunda fase do concurso público internacional foram aprovadas e a consulta aos três vencedores que tem por base três critérios de avaliação: qualidade do trabalho de conceção (vale 50%), preço (20%), prazo de execução (30%).

A data de entrega de propostas está prevista para o dia 18 de novembro e a publicação do relatório do júri será a 30 de novembro, sendo que a intenção da Metro é proceder à adjudicação do trabalho de projeto de execução a 07 de dezembro.

O concurso público internacional de conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro foi lançado em 16 de março.

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS