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NACIONAL

CONFEDERAÇÃO DE AGRICULTORES: ‘É DEMAGÓGICO PROIBIR A CARNE DE VACA’

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) considerou hoje a “interdição do consumo de carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra” uma decisão “demagógica e errada”.

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A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) considerou hoje a “interdição do consumo de carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra” uma decisão “demagógica e errada”.

Numa nota enviada à agência Lusa, a CNA classifica “a anunciada interdição” como “uma precipitação do reitor da Universidade [Amílcar Falcão] e, até, como um ‘extremismo’, que converge com outras posições radicais”.

A decisão — que pretende ser “muito atual, muito ‘na moda'”, mas “cai já fora de tempo, pelo menos no âmbito da produção pecuária” — é também “um ataque autocrático ao direito individual de escolha” (por parte dos frequentadores das cantinas da Universidade de Coimbra (UC), sustenta ainda a organização de agricultores sediada em Coimbra.

A erradicação da carne de vaca das ementas das cantinas universitárias de Coimbra, a partir de janeiro de 2020, ignora, na perspetiva da CNA, “os impactos positivos da produção de carne de vaca para a economia local, regional e nacional, e também para o ambiente e recursos naturais”.

Para além das “indispensáveis proteínas que fornece”, a produção de carne bovina pelas “raças autóctones e outras” contribuem para fixar nos meios rurais populações, para “produzir bons alimentos” e para a prática de “culturas como prados e silagens, as quais também retiram da atmosfera o anidrido carbónico (CO2)”, sustenta a CNA.

“Perante tudo o que efetivamente estará em causa, estranho será também que toda a academia da UC se reveja nesta posição ‘extremista’ do ‘seu’ reitor”, afirma ainda Confederação.

A ‘balança carbónica’ em Portugal “constituída pela agricultura e pela floresta já hoje dá mais do que ‘neutralidade carbónica’, pois as emissões de CO2 pela agricultura — pecuária incluída — são inferiores às retenções de CO2 pela floresta”, sublinha.

A CNA espera, pois, que “a posição radical do reitor da UC não arraste outras universidades para idênticas posições nesta matéria” e que “o ‘índex’ de proibições alimentares” nas cantinas universitárias “não se alargue ao leite de vaca e aos laticínios dele provenientes”.

Desafiando o reitor a publicar “a listagem — com quantidades, ingredientes, origens e locais de compra — dos alimentos e bebidas servidos nas cantinas da UC”, a CNA defende que, “neste âmbito das produções agroalimentares, uma das formas mais eficazes de se dar combate aos excessos que contribuem para as alterações climáticas é dar prioridade e dar preferência à produção agrícola familiar, aos produtos regionais/tradicionais, ao abastecimento público em mercados locais e de proximidade”.

A UC vai eliminar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de janeiro de 2020, anunciou na terça-feira o reitor, Amílcar Falcão.

A carne de vaca será substituída “por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal”.

“Vivemos um tempo de emergência climática e temos de colocar travão nesta catástrofe ambiental anunciada”, sublinhou, na sua intervenção, perante centenas de alunos.

Hoje, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, considerou ser “relevante” que uma Universidade como a de Coimbra “tudo faça” com o objetivo de ser neutra em carbono.

“Parece-me relevante que uma universidade, neste caso a de Coimbra, tudo faça com o objetivo de ser neutra em carbono em 2030. Esta é uma medida, obviamente outras terão que lhe seguir”, disse o governante, sublinhando no entanto a autonomia das universidades sobre esta matéria.

Por ano, cerca de 20 toneladas de carne de vaca são consumidas nas 14 cantinas universitárias de Coimbra.

A Associação Académica de Coimbra disse hoje estar de acordo com a medida.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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