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INTERNACIONAL

CORONAVÍRUS: BRASIL COM MAIS DE 200 MORTOS E QUASE 6 MIL INFETADOS

O Brasil ultrapassou hoje a barreira dos 200 mortos pelo novo coronavírus, tendo registado até ao momento 201 óbitos e 5.717 infetados, anunciou o Governo brasileiro, acrescentando que foram confirmados 1.138 casos positivos nas últimas 24 horas.

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O Brasil ultrapassou hoje a barreira dos 200 mortos pelo novo coronavírus, tendo registado até ao momento 201 óbitos e 5.717 infetados, anunciou o Governo brasileiro, acrescentando que foram confirmados 1.138 casos positivos nas últimas 24 horas.

Foi batido um novo recorde no número de casos diagnosticados em apenas um dia (1.138), desde o início da pandemia no Brasil, que até agora tinha sido de 502 infetados em 24 horas.

Segundo o executivo brasileiro, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, a taxa de mortalidade da covid-19 no Brasil é agora de cerca de 3,5%.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo Ministério da Saúde, aumentou para 18 o número de unidades federativas do Brasil a registarem óbitos devido ao novo coronavírus: Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Assim, todas as regiões do Brasil têm mortes confirmadas pela covid-19.

São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afetado, totalizando 136 mortos e tendo ultrapassado hoje os dois mil infetados, registando 2.339 casos confirmados.

Segue-se o Rio de Janeiro com 23 óbitos e 708 infetados e o Ceará que, até ao momento, contabilizou sete vítimas mortais e 390 casos positivos da covid-19.

Numa conferência de imprensa interministerial, feita na tarde de hoje, o ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, informou que as medidas tomadas pelo executivo para reduzir o impacto da crise do novo coronavírus já equivalem a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Nós já chegámos a 2,6% do PIB neste ‘orçamento de guerra’, que eu chamo de medidas de emergência. Já tínhamos um défice estrutural de 2,6% e estamos em 5,2% global. Vamos continuar a subir, porque a instrução do Presidente foi clara: não vai ficar nenhum brasileiro para trás”, afirmou o ministro.

O Congresso brasileiro aprovou um subsídio mensal oferecido a trabalhadores independentes e informais – sem contrato de trabalho – atingidos pela crise do novo coronavírus, no valor de 600 reais (104 euros). Contudo, até ao momento, Jair Bolsonaro ainda não sancionou o projeto de lei, que precisa da sua aprovação para entrar em vigor.

Segundo Paulo Guedes, que assegurou que a aprovação ocorrerá a qualquer momento, o auxílio de 600 reais cedidos pelo Brasil é equivalente aos 1.200 dólares (1.087 euros) concedidos pelo Governo norte-americano.

“Estamos a gastar bem mais do que qualquer país da América Latina. Do ponto de vista do apoio que estamos a dar, com essa renda básica de 600 reais, comparada aos nossos rendimentos ‘per capita’ é igual à ajuda que os americanos estão a dar, de 1.200 dólares”, disse o governante.

Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu o isolamento de presos como medida de prevenção da pandemia do novo coronavírus.

“Há um ambiente de relativa segurança para o sistema prisional em relação ao coronavírus pela própria condição dos presos de estarem isolados da sociedade”, afirmou Moro.

Em relação à possível libertação de presos que fazem parte de grupos de risco e em regime semiaberto – que lhes permite trabalhar durante o dia e os obriga a dormir na prisão -, Sergio Moro afirmou que essa opção deve ser “ponderada”, acrescentando ser necessário “ter cuidado é com a libertação de prisioneiros que possam oferecer risco à população, como o crime organizado”.

O sistema penitenciário brasileiro, considerado um dos piores do mundo, tem um défice de cerca de 350.000 vagas, o que há anos agrava a superlotação nas prisões.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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