INTERNACIONAL
CORONAVÍRUS: EM TODO O MUNDO 36 MIL MORTOS E 760 MIL INFETADOS
A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 36.674 pessoas em todo o mundo desde seu surgimento em dezembro na China, de acordo com um balanço da agência a AFP, às 19:00 de hoje, a partir de fontes oficiais dos países.
A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 36.674 pessoas em todo o mundo desde seu surgimento em dezembro na China, de acordo com um balanço da agência a AFP, às 19:00 de hoje, a partir de fontes oficiais dos países.
De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, mais de 757.940 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 184 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na China.
A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, com um grande número de países a testarem agora apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.
Entre esses casos, pelo menos 148.700 são hoje considerados curados.
Desde a contagem feita às 19:00 de domingo, ocorreram 3.430 novas mortes e 60.195 novos casos em todo o mundo.
Os países com mais mortes nas últimas 24 horas foram Itália e Espanha, com 812 novas mortes cada, e os Estados Unidos (477).
A Itália, que registou sua primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro passado, tem atualmente 11.591 mortes, para 101.739 casos, tendo 812 óbitos e 4.050 novos casos sido anunciados hoje, numa altura em que 14.620 pessoas são consideradas curadas pelas autoridades italianas.
Depois da Itália, os países mais afetados são a Espanha, com 7.340 mortes, para 85.195 casos, a China continental, com 3.304 mortes (81.470 casos), a França, com 3.024 mortes (44.550 casos) e os Estados Unidos, com 2.828 mortes (153.246 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou 81.470 casos (31 novos entre domingo e hoje), incluindo 3.304 mortes (quatro novas) e 75.448 curas.
Em número de casos, os Estados Unidos são o país mais afetado, com 153.246 contaminações listadas oficialmente, incluindo 2.828 mortes e 5.545 curas.
Desde domingo, às 19:00, Angola anunciou as primeiras mortes relacionadas com a doença covid-19, enquanto o Botsuana anunciou o diagnóstico dos primeiros casos.
A Europa totalizava às 19:00 de hoje 26.543 mortes, para 413.832 casos, a Ásia 3.837 mortes (106.891 casos), os Estados Unidos e Canadá 2.898 mortes (160.532 casos), no Médio Oriente 2.856 mortes (51.377 casos), a América Latina e Caribe 357 mortes (15.334 casos), África 163 mortes (5.113 casos) e a Oceânia 20 mortes (4.865 casos).
Este relatório foi realizado usando dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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