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INTERNACIONAL

CORONAVÍRUS: PANDEMIA JÁ MATOU 41 MIL PESSOAS E 830 MIL INFETADOS

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 41.072 pessoas em todo o mundo desde seu início e infetou quase 830 mil, segundo um balanço da agência AFP às 19:00 de hoje, baseado em números oficiais de países.

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A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 41.072 pessoas em todo o mundo desde seu início e infetou quase 830 mil, segundo um balanço da agência AFP às 19:00 de hoje, baseado em números oficiais de países.

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, mais de 828.340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 186 países e territórios desde o início da epidemia.

Contudo, alerta a AFP, este número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que grande parte dos países está atualmente a testar casos que requerem atendimento hospitalar.

Entre esses casos, pelo menos 164.900 são hoje considerados curados pelas autoridades nacionais dos países.

Desde a contagem realizada às 19:00 de segunda-feira, 4.396 novas mortes e 70.404 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países com mais mortes nas últimas 24 horas são a Espanha, com 849, a Itália (837) e os Estados Unidos (612).

A Itália, que registou sua primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro passado, tem atualmente 12.428 mortes, em 105.792 casos, numa altura em que hoje foram diagnosticadas 837 mortes e 4.053, enquanto 15.729 pessoas foram dadas como curadas pelas autoridades italianas.

Depois da Itália, os países mais afetados são a Espanha, com 8.189 mortes, para 94.417 casos, a França, com 3.523 mortes (52.128 casos), os Estados Unidos, com 3.440 mortes (174.467 casos) e a China continental, com 3.305 mortes (81.518 casos).

A China (excluindo os territórios autónomos de Hong Kong e de Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro passado, contabilizou 81.518 casos (48 novos entre segunda e terça-feira), incluindo 3.305 mortes (1 nova) e 76.052 curas.

Ente os casos relatados, os Estados Unidos são hoje o país mais afetado, com 174.467 infeções registadas oficialmente, incluindo 3.440 mortes e 6.038 doentes curados.

Desde segunda-feira, às 19:00, Trinidad e Tobago, Birmânia, Tanzânia, Mauritânia, Costa do Marfim e Bielorrússia anunciaram as primeiras mortes ligadas ao novo coronavírus, enquanto o Burundi e Serra Leoa anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.

A Europa totalizou às 19:00 de hoje 29.912 mortes, para 452.978 casos, a Ásia 3.889 óbitos (108.726 casos), os Estados Unidos e Canadá 3.538 mortes (182.953 casos), o Médio Oriente 3.008 mortes (55.578 casos), a América Latina e Caribe 508 mortes (17.191 casos), África 195 mortes (5.698 casos) e a Oceânia 22 mortes (5.224 casos).

Esta avaliação foi realizada usando dados coletados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).

Dos infetados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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