INTERNACIONAL
COSTA: “DIJSSELBLOEM JÁ ESTAVA DEMITIDO”
O Primeiro-ministro disse esta quarta-feira, 22 de março, que “numa Europa a sério, o senhor Dijsselbloem já estava demitido neste momento”. Costa comentava as declarações do presidente do Eurogrupo que acusou os países do sul de gastarem o dinheiro “em copos e mulheres”.
![](https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2017/03/costa-dijsselbloem-ja-estava-demitido.jpg)
O Primeiro-ministro disse esta quarta-feira, 22 de março, que “numa Europa a sério, o senhor Dijsselbloem já estava demitido neste momento”. Costa comentava as declarações do presidente do Eurogrupo que acusou os países do sul de gastarem o dinheiro “em copos e mulheres”.
António Costa reagiu esta quarta-feira às declarações muito polémicas do presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem. Para o Primeiro-ministro, Dijsselbloem já deveria ter sido demitido porque “não é possível que quem tem uma visão xenófoba, racista e sexista possa exercer funções de presidência de um organismo como o Eurogrupo”.
“A Europa só será credível com um projeto comum no dia em que o senhor Djisselblom deixe de ser presidente do Eurogrupo e haja um pedido de desculpas claro, relativamente a todos os países e povos que foram profundamente ofendidos por estas declarações”, acentuou Costa, em declarações feitas à margem da segunda edição do Football Talks, que decorre no centro de congresso do Estoril até 24 março.
Sem poupar palavras, Costa disse que “absolutamente inaceitável” que Dijsselbloem continue em funções. “Estas declarações do senhor Jeroen Dijsselbloem são absolutamente inaceitáveis. São também muito perigosas, porque demonstram bem qual é o perigo do populismo e que o populismo não está só naqueles que tem coragem de assumir que o são. Está também naqueles que aparecem com pele de cordeiro, porque fazem discursos que são racistas, xenófobos e sexistas, como o discurso do senhor Dijsselbloem”, sustentou. “Consideramos que a Europa não se faz com ‘Dijssebloems’. Faz-se com os que acreditam na igualdade, se respeitam uns aos outros”, acrescentou.
Dijsselbloem manifestou-se surpreendido por as suas palavras – proferidas numa entrevista concedida ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung publicada na segunda-feira – terem tido tanta repercussão nos meios de comunicação social.
“Não, não, eu sei o que disse porque saiu da minha própria boca”, afirmou o político holandês, em resposta a um pedido do eurodeputado espanhol dos Verdes, Ernest Urtasun, para que se desculpasse pelo comentário durante uma audição de uma comissão parlamentar.
“Deixei muito claro que a solidariedade caminha de mãos dadas com a responsabilidade e os compromissos”, afirmou. O também ministro das Finanças da Holanda insistiu que os Estados-membros devem assumir o quadro fiscal que acordaram e realizar reformas e ajustes de forma a garantir uma “posição sólida”.
“Durante a crise do euro, os países do norte mostraram solidariedade com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo uma importância extraordinária à solidariedade. Mas também deve haver obrigações: não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”, afirmou na entrevista Jeroen Dijsselbloem, que tem sido alvo de críticas em diferentes frentes.
As declarações foram consideradas “vergonhosas” e “chocantes” pelo grupo dos Socialistas Europeus – ao qual Dijsselbloem pertence – que entende que o presidente do Eurogrupo “foi longe demais, ao utilizar argumentos discriminatórios contra os países do sul da Europa”.
Em Portugal também houve reações, com o PS a pedir ao Partido Socialista Europeu (PSE) a condenação “imediata” das declarações “ultrajantes” proferidas por Jeroen Dijsselbloem e a retirada de apoio político a uma sua recandidatura ao cargo de presidente do Eurogrupo. Também o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, pediu em Washington o afastamento do presidente do Eurogrupo.
Esta nova polémica a envolver Dijsselbloem ocorre numa altura em que a sua posição como presidente do Eurogrupo está particularmente fragilizada, na sequência dos resultados eleitorais da passada semana na Holanda, que ditaram uma derrota histórica do seu partido, o PvdA, que era parceiro de coligação do VVD (centro-direita) do primeiro-ministro Mark Rutte, mas que agora passou de 38 para nove deputados.
![](https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2024/06/radioregional-logo-275-70-site.png)
INTERNACIONAL
INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS
O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.
![](https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2025/02/investigacao-sueca-a-rutura-de-cabo-submarino-descarta-ato-de-sabotagem.webp)
O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.
“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.
A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.
O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.
“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.
O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.
Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.
O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.
Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.
Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.
Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.
Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).
INTERNACIONAL
WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA
A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.
![](https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2025/02/whatsapp-denuncia-ciberespionagem-a-jornalistas-com-software-israelita-2.jpeg)
A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.
O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.
Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.
O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.
O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.
O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.
“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.
A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.
Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.
- DESPORTO DIRETO3 dias atrás
DIRETO: RIO AVE FC X FC PORTO (20:45)
- REGIÕES4 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
- DESPORTO4 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: BENFICA VENCE SPORTING NA FINAL PELA MARCAÇÃO DE PENÁLTIS (VÍDEO)
- DESPORTO DIRETO3 semanas atrás
DIRETO: GIL VICENTE FC X FC PORTO (20:30)
- DESPORTO4 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: JOÃO PINHEIRO NOMEADO PARA A FINAL “SPORTING X BENFICA”
- DESPORTO DIRETO2 semanas atrás
DIRETO: FC PORTO X CD SANTA CLARA (18:00)
- NACIONAL3 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
- DESPORTO DIRETO2 semanas atrás
DIRETO: FC PORTO X OLYMPIACOS FC (17:45)