INTERNACIONAL
COVID-19: 60% DOS ADULTOS NA UNIÃO EUROPEIA JÁ RECEBERAM A PRIMEIRA DOSE
Cerca de 60% da população adulta da União Europeia (UE) — 220 milhões — recebeu já pelo menos uma dose da vacina anti-Ccovid-19, anunciou esta quinta-feira a Comissão Europeia, pedindo ainda assim que se “acelere mais“, dada a propagação das variantes.
Cerca de 60% da população adulta da União Europeia (UE) — 220 milhões — recebeu já pelo menos uma dose da vacina anti-Ccovid-19, anunciou esta quinta-feira a Comissão Europeia, pedindo ainda assim que se “acelere mais“, dada a propagação das variantes.
Os dados foram apresentados pela líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, aos líderes europeus esta quinta-feira reunidos em cimeira em Bruxelas e partilhados na rede social Twitter, numa altura em que chefes de Estado e de Governo da UE voltam a discutir a coordenação na gestão da pandemia designadamente em termos de livre circulação à luz das novas variantes.
Apresentei aos líderes governamentais o ponto da situação sobre a entrega e vacinação de vacinas e as estimativas de entregas até ao final do ano. Fizemos progressos constantes. Excedemos os nossos objetivos de entrega para o segundo trimestre, mas precisamos de acelerar ainda mais a vacinação”, vinca a responsável na publicação.
Em concreto, de acordo com estes dados, um total de 220 milhões adultos da UE (o equivalente a perto de 60%) receberam pelo menos uma dose da vacina, de um total de 346 milhões de doses já administradas pelos Estados-membros. Datados do próximo domingo (em que acaba a semana), os dados revelam ainda que as farmacêuticas entregaram à UE perto de 424 milhões de doses de vacinas neste segundo trimestre, quando se esperavam menos de 400 milhões.
Para o terceiro trimestre deste ano estima-se a entrega à UE de 497 milhões de doses de vacinas, da Pfizer/BioNTech (201 milhões), Moderna (110 milhões), AstraZeneca (100 milhões) e Johnson & Johnson (86 milhões). Só em julho, esperam-se 65 milhões de doses do fármaco da Pfizer/BioNTech, 18 milhões do da Moderna e sete milhões do da Johnson & Johnson. É desconhecido o total referente à AstraZeneca, devido aos problemas de fornecimento.
Por seu lado, no quarto trimestre, projeta-se a chegada ao espaço comunitário de 399 milhões de doses de vacinas anticovid-19: Pfizer/BioNTech (132 milhões), Moderna (155 milhões), AstraZeneca (100 milhões) e Johnson & Johnson (12 milhões). Atualmente, estão então aprovadas quatro vacinas anticovid-19 na UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como também aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.
No caso da AstraZeneca, a farmacêutica foi obrigada judicialmente (por um tribunal belga) a cumprir os prazos de entrega de vacinas à UE. Num relatório divulgado na quarta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) estimou que a variante Delta do SARS-CoV-2 seja responsável por 90% das novas infeções na Europa até final de agosto e por um aumento nos internamentos e mortes, pedindo avanços rápidos na vacinação na UE.
Isto porque, segundo o ECDC, “aqueles que receberam apenas a primeira dose — de um processo de vacinação de duas – estão menos protegidos” contra a mais transmissível e perigosa variante Delta. “No entanto, a vacinação completa proporciona uma proteção quase equivalente contra a variante Delta“, adiantou a agência europeia.
A ferramenta online do ECDC para rastrear a vacinação da UE, que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que até ao momento uma média de 34,3% da população adulta da UE já foi inoculada com duas doses de vacina contra a Covid-19, enquanto cerca de 57,5% recebeu a primeira dose.
Ainda de acordo com o ECDC, 210 milhões de adultos da UE receberam pelo menos uma dose da vacina enquanto 125 milhões têm já o esquema de vacinação concluído.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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