ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: PREÇO DO GÁS DOMÉSTICO RECUA EM PORTUGAL EM CONTRACICLO COM A UE
Os preços do gás doméstico recuaram, em Portugal, 1,0% no segundo semestre de 2019, em termos homólogos, em contraciclo com a zona euro e a União Europeia (UE), onde subiram 1,7% e 2,0%, respetivamente, divulga o Eurostat.
Os preços do gás doméstico recuaram, em Portugal, 1,0% no segundo semestre de 2019, em termos homólogos, em contraciclo com a zona euro e a União Europeia (UE), onde subiram 1,7% e 2,0%, respetivamente, divulga o Eurostat.
Expresso em paridade de poder de compra, o preço do gás para uso doméstico em Portugal é de 9,3 por 100 kWh, o quarto mais alto da UE, depois da Espanha (11,2), da Suécia (9,9) e Itália (9,5), enquanto os menores preços se observaram no Luxemburgo (3,4), Letónia (5,9) e Bélgica (5,2).
Na comparação homóloga, no segundo semestre de 2019, o preço do gás expresso em moeda nacional aumentou em 11 Estados-membros, com as maiores subidas a serem registadas em Espanha (16,7%), Croácia (12,9%), Holanda (12,1%) e França (10,0%).
Os maiores recuos observaram-se na Letónia (-22,0%), Dinamarca (-15,5%), Grécia (-10,2%) e Bélgica (-8,3%).
Em Portugal, o gás para uso doméstico custava, entre junho e dezembro de 2019, 7,8 euros por 100 KWh, um recuo de 1,0% face ao segundo semestre de 2018, sendo que a 24% do preço respeitam a taxas e impostos.
Os preços do gás variaram, segundo o gabinete estatístico europeu, entre os quatro euros por 100 kWh na Roménia, Hungria e Letónia, os 9 a 10 euros em Itália, Holanda e Espanha e os quase 12 euros na Suécia.
Na média da zona euro, os preços do gás subiram 2,0% para os 7,7 euros por 100 kWh, sendo que 32% representam taxas e impostos.
Na UE, a subida de 1,7% estabeleceu os preços do gás doméstico em 7,2 euros por 100 kWh, com um peso de 31% em taxas e impostos.
ECONOMIA & FINANÇAS
BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).
Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.
O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.
No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.
Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.
ECONOMIA & FINANÇAS
PROIBIÇÃO DE CARROS NOVOS A GASÓLEO E GASOLINA AMEAÇA SOBERANIA DA UE
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
Num relatório divulgado esta segunda-feira, o Tribunal de Contas Europeu (TCE) destaca um possível choque entre o Pacto Ecológico Europeu e “a soberania industrial” da União Europeia (UE) com a aposta em veículos elétricos.
O TCE constatou que, apesar do grande apoio público, as baterias fabricadas na UE “continuam a custar muito mais do que o previsto”, o que afeta a competitividade dos automóveis elétricos europeus em relação a outros produtores mundiais, podendo também “levar a que os carros elétricos europeus não estejam ao alcance de uma grande parte da população”.
Menos de 10% do fabrico mundial de baterias está sediado na Europa, destaca o texto, sendo a grande maioria produzida na China.
O setor das baterias da UE depende das importações de recursos de países de fora, com os quais o bloco não tem os devidos acordos comerciais: 87% do lítio em bruto provém da Austrália, 80% do manganês da África do Sul e do Gabão, 68% do cobalto da República Democrática do Congo e e 40% da grafite da China, refere a instituição.
O TCE alerta ainda que as infraestruturas de carregamento de veículos ainda levantam muitos obstáculos, quer pela escassez de oferta, quer pela falta de um meio harmonizado de pagamento.
Perante a dificuldade encontrada em reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no setor rodoviário e o fraco desenvolvimento dos biocombustíveis, a UE aposta nos veículos elétricos como a melhor alternativa possível.
Reduzir ou eliminar as emissões de CO2 dos carros de passageiros é um elemento essencial da estratégia europeia para o clima, cujo objetivo é chegar às zero emissões líquidas de GEE até 2050, ano em que a UE deverá atingir a neutralidade carbónica.
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