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DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS EM VILA P. DE AGUIAR

Arqueólogos encontraram pinturas antigas num dos dólmenes da Chã das Arcas, Vila Pouca de Aguiar, uma descoberta que vai levar à remoção de peças do monumento desta área que ficará submersa pela barragem de Gouvães.

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Arqueólogos encontraram pinturas antigas num dos dólmenes da Chã das Arcas, Vila Pouca de Aguiar, uma descoberta que vai levar à remoção de peças do monumento desta área que ficará submersa pela barragem de Gouvães.

É um território conhecido como a “Pátria dos Dólmenes”. Pela serra do Alvão chegaram a espalhar-se cerca de uma centena de dólmenes. Muitos foram destruídos e, entre os que sobreviveram ao tempo, destaca-se, em Chã das Arcas, um conjunto de seis necrópoles classificado como monumento nacional em 1910.

A subida das águas da barragem de Gouvães, uma das três que integra o Sistema Eletroprodutor do Tâmega, vai submergir precisamente este complexo de sepulturas megalíticas.

Por estes dias, uma equipa de arqueólogos do consórcio Arqueohoje/Palimpsesto, está a escavar e investigar o monumento número três da Chã das Arcas, uma sepultura colectiva neolítica que foi construída aproximadamente há cinco mil anos.

“É uma fase da evolução humana em que o homem começa, de certa forma, a sedentarizar-se, começa a ocupar o território e, paulatinamente, a praticar a agricultura”, explicou à agência Lusa o arqueólogo João Perpétuo.

Neste local, a caminho da aldeia de Gouvães, é possível ver, a alguns metros, a pedreira afecta ao empreendimento hidrelétrico. O paredão da barragem será construído no sentido oposto.

Os trabalhos de escavação decorrem apenas no monumento número três. Todos os outros dólmenes e áreas envolventes já foram anteriormente estudados, depois selados e protegidos para sobreviverem ao tempo, mesmo submersos pela albufeira.

João Perpétuo acredita que estes monumentos funcionavam como “autênticos templos”, onde eram sepultadas as entidades mais importantes da comunidade, mas onde decorriam também rituais mágico religiosos.

“Para além de terem sido identificadas, na periferia do monumento, uma série de objectos idoliformes gravados associados a essas práticas, o interior revelou também a presença de pinturas”, referiu.

A investigação irá ajudar a aprofundar e compreender melhor estas pinturas, em tons avermelhados, que se encontram nos esteios do monumento.

“Há a possibilidade de estar lá uma figuração antropomorfa, eventualmente com chifres na cabeça, que se poderá atribuir a um feiticeiro, o que não é de todo singular já que esta representação aparece em outras pinturas e gravuras”, explicou o responsável.

Os investigadores identificaram ainda motivos retangulares e serpentiformes, aos quais é, no entanto, “difícil atribuir um significado exato”.

Mas é precisamente por causa destas pinturas e para evitar a sua destruição pela água, que algumas peças do dólmen vão ser transladadas e guardadas. No futuro, este monumento poderá ser remontado.

Nesta fase final da escavação, o responsável adiantou que foram também identificados, “abaixo do nível de construção da anta, níveis de ocupação anteriores”.

Em curso está, neste momento, o processo de desclassificação deste monumento nacional.

Estes trabalhos estão a decorrer no âmbito do plano de salvaguarda do património cultural do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, concessionado à espanhola Iberdrola e que inclui a construção de três barragens: Gouvães, Daivões e Alto Tâmega.

Rui Pedro Barbosa, também do consórcio Arqueohoje/ Palimpsesto, referiu que, no terreno, fazem-se trabalhos preventivos e de prospeção em áreas que vão ser direta e indiretamente afetadas pelo empreendimento. Há também arqueólogos a acompanhar o trabalho junto das máquinas.

Para além do património arqueológico, os técnicos fazem um levantamento e registo do património etnográfico, como espigueiros, moinhos, lagares ou alambiques, bem como uma recolha oral junto da populações.

As barragens deverão estar concluídas em 2023 e o maior volume de trabalhos concentra-se entre os anos 2018 e 2020.

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MATOSINHOS: ESCOLA GONÇALVES ZARCO EVACUADA DEVIDO A QUEDA DE ÁRVORE

A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

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A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.

Em declarações à Lusa, fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP do Porto disse que uma árvore caiu sobre a vedação daquela escola e provocou danos em viaturas estacionadas.

Segundo a fonte, não há vítimas, mas, uma vez que a escola é rodeada por árvores, foi decidido evacuar o estabelecimento de ensino como medida de precaução.

Ainda em Matosinhos, cerca das 08:20, uma árvore caiu sobre a linha do metro, junto à estação de Pedro Hispano, obrigando à interrupção da circulação até cerca das 08:40.

Neste concelho, há ainda a registar inundações, nomeadamente da via pública, e a queda de telhas sobre viaturas estacionadas.

No concelho do Porto, além de inundações, registou-se a queda de um telhado, na rua Silva Porto, na freguesia da Paranhos, que obrigou ao corte da via durante os trabalhos de remoção.

Neste caso, registaram-se também danos numa viatura estacionada.

A circulação na Linha ferroviária de Guimarães, entre as estações de Santo Tirso e Guimarães, encontra-se suspensa devido à queda de uma árvore, divulgou a empresa de transporte.

Numa nota na sua página oficial do Facebook, publicada pelas 09:30, a CP — Comboios de Portugal alerta para a situação ocorrida, sem dar mais pormenores.

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MATOSINHOS: HOMEM DETIDO DE VIOLAR MULHER EM “ENCONTRO SEXUAL”

Um homem de 36 anos foi detido por suspeita de violação de uma mulher, em Matosinhos, no domingo, depois de um “conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado” para práticas sexuais entre ambos, foi anunciado esta quarta-feira.

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Um homem de 36 anos foi detido por suspeita de violação de uma mulher, em Matosinhos, no domingo, depois de um “conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado” para práticas sexuais entre ambos, foi anunciado esta quarta-feira.

Em comunicado, a Polícia Judiciária explica que a vítima tem cerca de 30 anos e “dedica-se à prostituição, anunciando os seus serviços em plataforma online”.

Segundo o texto, “no dia dos factos, no decurso de práticas sexuais entre ambos, gerou-se um conflito motivado por ter sido ultrapassado o tempo contratado e o suspeito não querer pagar esse excesso”.

No decorrer do conflito, lê-se, o detido “acabou por mostrar-se extremamente violento, agredindo física e verbalmente a vítima, partindo o recheio da habitação e forçando-a a práticas sexuais através de agressões e do uso da força física”.

O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

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