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INTERNACIONAL

DESCOBERTO UM NOVO PLANETA FORA DO SISTEMA SOLAR

Uma equipa internacional de astrónomos descobriu um planeta fora do Sistema Solar que é o segundo mais próximo da Terra e tem uma massa 3,2 vezes superior à terrestre, divulgou hoje o Observatório Europeu do Sul (OES).

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Uma equipa internacional de astrónomos descobriu um planeta fora do Sistema Solar que é o segundo mais próximo da Terra e tem uma massa 3,2 vezes superior à terrestre, divulgou hoje o Observatório Europeu do Sul (OES).

De acordo com um comunicado do OES, trata-se do exoplaneta ‘Estrela de Barnard b’, que dista da Terra seis anos-luz, e que, devido às suas dimensões, pertence à categoria de planetas classificados como ‘Super-Terra’.

O planeta extrassolar em causa, que orbita a Estrela de Barnard, a estrela que “mais depressa se desloca no céu noturno”, é gelado e tem pouca luz, sendo, por isso, hostil para a vida tal como é conhecida, apesar da proximidade com a sua estrela.

A Estrela de Barnard é uma anã vermelha, uma estrela fria de pequena massa que dá ao seu planeta o equivalente a apenas 2% da energia que a Terra recebe do Sol, refere o OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte.

Para esta descoberta, que é consequência de uma extensa campanha de observação cujos resultados são publicados na quinta-feira pela revista científica Nature, foram usados sete instrumentos de vários telescópios, incluindo o ‘caçador de planetas’ HARPS do OES. Os dados analisados pelos astrónomos são provenientes de centenas de medições feitas durante 20 anos.

“Após uma análise cuidada, estamos 99% confiantes de que o planeta é real”, afirma, citado no comunicado do Observatório Europeu do Sul, o líder da equipa de astrónomos, Ignasi Ribas, do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha, em Espanha.

Os cientistas vão continuar a observar a Estrela de Barnard para “excluir possíveis, mas improváveis, variações naturais do brilho” da estrela “que poderiam ser confundidas com um planeta”.

Um dos instrumentos que foram utilizados, o espetrógrafo HARPS, consegue detetar variações na velocidade de uma estrela, variações que os astrónomos atribuem à presença de planetas na sua órbita. “À medida que um planeta orbita a sua estrela, a sua atração gravitacional faz com que a estrela oscile ligeiramente”, explica o OES.

O planeta fora do Sistema Solar que está mais perto da Terra é o Proxima Centauri b, que orbita a estrela Proxima Centauri, igualmente uma anã vermelha, a 4,2 anos-luz do ‘planeta azul’, na constelação de Centauro.

Descoberto em 2016, o Proxima Centauri b encontra-se na chamada zona habitável, a uma distância da estrela-hospedeira que lhe permite ter condições eventuais para albergar água líquida à superfície, essencial para a existência da vida tal como se conhece.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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INTERNACIONAL

PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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