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DESISTIR DA CARREIRA PELA FAMÍLIA ? INVESTIGADORES ESCLARECEM

Um grupo de investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) defenderam hoje que, apesar dos vários ‘desafios’, as mulheres não devem deixar ‘a carreira científica por causa da família’.

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Um grupo de investigadoras da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) defenderam hoje que, apesar dos vários “desafios”, as mulheres não devem deixar “a carreira científica por causa da família”.

Em entrevista à Lusa, Sofia Sousa, investigadora no laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia da FEUP, recordou as desigualdades sentidas durante a maternidade, quando o “trabalho extra” familiar afetou a “produtividade” no trabalho.
“Tenho duas filhas, uma com seis anos e outra com dois, e, apesar de ter conseguido conciliar as duas coisas, a maternidade afetou a minha produtividade durante o período em que elas eram mais pequeninas”, contou, durante o “Global Women’s Breakfast: empowering women through chemistry”, uma iniciativa que decorreu esta manhã na FEUP e reuniu à volta de seis mesas cerca de meia centena de mulheres.

Investigadora há mais de 15 anos, Sofia Sousa acredita que esta iniciativa, que teve como objetivo demonstrar a “força e dedicação das mulheres”, é fundamental para demonstrar que não é necessário, as mulheres deixarem de seguir “a carreira científica por causa da família”.

“O mais importante é que as mulheres não deixem de seguir uma carreira científica, como é a química, por causa da família. E que também não deixem de ter uma família por causa da carreira. Isso é fundamental”, alertou Sofia Sousa.

Também Arminda Alves, professora catedrática e membro do Departamento de Engenharia Química da FEUP, realçou o “papel” das mulheres na ciência, sendo que atualmente representam 60% dos recursos humanos na área de Engenharia Química.

“Estas mulheres têm sido importantes a colocar a Universidade do Porto no mapa da ciência e da tecnologia. Acreditamos que com muita paixão, criatividade e muita competência conseguimos constituir uma rede que estamos a tentar que seja nacional, para trazer às crianças o gosto pela química”, salientou.

À Lusa, Arminda Alves adiantou que nem sempre “falta apoio” por parte das universidades, acrescentando que são algumas leis que “impedem as instituições” de apoiarem os seus profissionais, especialmente no que diz respeito aos horários, que não “adaptados ou compatíveis” com as responsabilidades.

“Para as investigadoras mais novas é fundamental existirem horários adaptados e algum cuidado na análise da progressão da carreira. Nós, hoje em dia, analisamos os currículos de forma igual. No entanto, também queremos que durante o percurso se tenha em atenção que há períodos da nossa vida que são mais dedicados à família”, frisou.

Durante a manhã, investigadoras, docentes e técnicas do departamento de Engenharia Química da FEUP, da Faculdade de Ciências da U. Porto (FCUP) e do Instituto de Engenharia do Porto (ISEP) sentaram-se à mesa para “um pequeno-almoço especial”, uma iniciativa que decorreu também em várias universidades a nível mundial.

Além do pequeno-almoço, a sessão, inserida no âmbito das comemorações dos 150 anos da Tabela Periódica, contou com um debate, no qual questões relacionadas com a maternidade, a flexibilidade de horários e as progressões das carreiras foram levantadas.

“Apesar de todos os desafios que enfrentamos, isso não significa que tenhamos de desistir das nossas carreiras, temos vários exemplos de professoras e investigadoras em lugares de chefia, que permitem transmitir às mais jovens que é possível”, acrescentou Arminda Alves.

LUSA

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MENOPAUSA: 50% DAS MULHERES EM PORTUGAL ASSUMEM “SENTIR-SE MAL”

Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

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Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

Esta é “a maior de todas as fases da saúde da mulher, ocupando, em média, 40% das suas vidas” e “é, também, a fase em que mais sofrem: cerca de metade das mulheres assumem mal-estar nesta fase o que, comparando com o mal-estar exibido na puberdade (20% das mulheres) é um número 140% superior, e comparando com o mal-estar exibido na maternidade (12% das mulheres) é um número 300% superior”.

A investigação deu continuidade ao estudo, realizado através do projeto Saúdes da Médis e divulgado em 2022, “Saúde e bem-estar das Mulheres, um Potencial a alcançar”, aprofundando o tema da menopausa.

Realizado durante “27 meses”, o trabalho teve por base “245 entrevistas quantitativas, cinco grupos de referência e quatro conversas aprofundadas com profissionais de saúde”, tendo sido entrevistadas 33 mulheres entre os 45 e os 65 anos.

“Vivemos numa sociedade que não está preparada para falar abertamente sobre a menopausa e até a esconde. Isto colide com a necessidade, que ouvimos da boca da maioria das mulheres com quem falámos, que vai precisamente em sentido contrário, ou seja, querem e precisam expor, sem tabus, sintomas, medos e anseios em relação ao tema“, alertou Maria Silveira, responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, ao qual pertence a Médis.

A investigação complementa a classificação médica e científica da menopausa, que a divide em três fases – perimenopausa, menopausa e pós-menopausa -, e “tendo em conta a visão e os sentimentos das mulheres (a subjetividade)” associa quatro “estados de alma” ao processo: desconhecimento, sofrimento, gestão e libertação.

Segundo o estudo, a fase da menopausa é “muito pouco valorizada e falada” também pelos “médicos e profissionais de saúde”, apesar de lhe serem associados “mais de 30 sintomas” e de 72% das mulheres entre os 45 e os 60 anos viverem num estado permanente de tensão e 50% afirmarem já ter tido um esgotamento ou depressão.

Por outro lado, o facto de não ser “pensada ou preparada (ao contrário da maternidade e da menstruação), aumenta a dificuldade” na sua gestão.

De acordo com os dados da investigação, 52% das mulheres afirmam estar mal ou medianamente preparadas para lidar com esta fase de vida.

Os “desconfortos mais manifestados” são os afrontamentos (69%), dores nas articulações (49%), suores noturnos e/ou perturbações do sono (48%), ansiedade (45%), secura vaginal (42%) e diminuição da libido (37%).

“A nível profissional, 65% das mulheres que se encontram nesta condição sentem discriminação no local de trabalho e 22% já pensou mudar ou abandonar o seu trabalho“.

Quanto à “libertação”, considera-se que, embora seja uma fase pouco falada, deve ser destacada, já que apesar de “alguns dos sintomas poderem durar mais de uma década, a maioria deles acaba por se desvanecer” e “apenas 20% das mulheres dizem ter sintomas há mais de cinco anos”.

“A menopausa não é uma doença, mas uma condição. Sendo diferente de mulher para mulher, existem tantas menopausas quantas as mulheres, o que também dificulta”, disse Maria Silveira, citada num comunicado sobre a iniciativa de hoje “Dar ouvidos e voz à Menopausa”, para divulgar o estudo e que incluiu uma mesa-redonda.

A responsável diz por isso que “ouvir estas mulheres, orientá-las e dar-lhes voz é, em si mesmo, um ótimo ‘medicamento’, além, claro, de um acompanhamento holístico (ginecologia, psicologia, nutrição, exercício físico)”.

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CÃES E GATOS PODERÃO TRANSMITIR “SUPERBACTÉRIAS” A HUMANOS – ESTUDO

Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

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Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

Em comunicado divulgado este sábado, a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID na sigla em inglês) adianta que a investigação vai ser apresentada no seu Congresso Global a decorrer em Barcelona (Espanha) entre 27 e 30 de abril.

Tendo encontrado “indícios da transmissão de bactérias multirresistentes entre cães e gatos doentes e os seus donos saudáveis em Portugal e no Reino Unido”, o trabalho levanta preocupações “de que os animais de estimação possam atuar como reservatórios de resistência e, assim, ajudar na propagação da resistência a medicamentos essenciais”.

Neste sentido, chama a atenção para a importância de incluir famílias com animais de estimação em programas de vigilância da resistência aos antibióticos, indica o comunicado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a resistência aos antibióticos como uma das maiores ameaças à saúde pública que a humanidade enfrenta.

As infeções resistentes aos medicamentos matam anualmente em todo o mundo mais de 1,2 milhões de pessoas e prevê-se que em 2050 sejam 10 milhões, se não forem tomadas medidas.

“Estudos recentes indicam que a transmissão de bactérias de resistência antimicrobiana (RAM) entre humanos e animais, incluindo animais de estimação, é crucial na manutenção dos níveis de resistência, desafiando a crença tradicional de que os humanos são os principais portadores de bactérias RAM na comunidade”, afirma a investigadora principal Juliana Menezes, citada no comunicado.

“Analisar e compreender a transmissão de bactérias RAM de animais de estimação para humanos é essencial para combater eficazmente a resistência antimicrobiana” em pessoas e animais, acrescenta a estudante de doutoramento, do Laboratório de Resistência aos Antibióticos do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.

O estudo envolveu cinco gatos, 38 cães e 78 pessoas em 43 casas em Portugal e 22 cães e 56 indivíduos em 22 habitações no Reino Unido. Todos os humanos eram saudáveis e todos os animais de estimação tinham infeções da pele e tecidos moles ou infeções do sistema urinário.

Os cientistas testaram amostras de fezes e urina e esfregaços de pele dos animais e dos seus donos para detetar Enterobacterales (família de bactérias que inclui a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae) resistentes a antibióticos comuns.

O foco foram as bactérias resistentes “às cefalosporinas de terceira geração” (dos mais importantes antibióticos, segundo a OMS) e “às carbapenemas (parte da última linha de defesa quando outros antibióticos falham)”.

Segundo o comunicado, “não foi possível comprovar a direção da transmissão”, mas “em três dos lares de Portugal, o timing dos testes positivos para a bactéria produtora de ESBL/AmpC sugere fortemente que, pelo menos nestes casos, a bactéria tinha passado do animal de estimação para o humano”.

Juliana Menezes considera que “aprender mais sobre a resistência nos animais de estimação ajudaria no desenvolvimento de intervenções fundamentadas e direcionadas, para defender a saúde animal e humana”.

Carícias, toques ou beijos e tocar nas fezes do animal permitem a passagem das bactérias entre os cães e os gatos e os seus donos, pelo que os investigadores pedem atenção à lavagem das mãos após fazer festas aos animais ou tratar dos seus dejetos.

“Quando o seu animal de estimação não estiver bem, analise a possibilidade de o isolar num quarto para evitar a propagação de bactérias pela casa e limpe bem o resto da habitação”, aconselha a investigadora.

Todos os cães e gatos ficaram sem infeções depois de terem sido tratados.

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