REGIÕES
DOURO: CAMPANHA SOLIDÁRIA PARA ANGARIAR ÁLCOOL PARA OS HOSPITAIS
A campanha “Douro + Solidário!” visa fornecer álcool gel desinfetante aos centros hospitalares da região Norte e foi lançada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e os representantes da produção e do comércio.
A campanha “Douro + Solidário!” visa fornecer álcool gel desinfetante aos centros hospitalares da região Norte e foi lançada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e os representantes da produção e do comércio.
O IVDP, que tem sede em Peso da Régua, informou hoje que a iniciativa “Douro + Solidário!” destina-se ao “fornecimento de solução antissética de base alcoólica (álcool gel) aos centros hospitalares da região Norte” e visa contribuir para o combate à covid-19.
A campanha está a ser promovida pelo instituto público em conjunto com os representantes da produção e do comércio da Região Demarcada do Douro, contando com a articulação do Ministério da Agricultura e a parceria dos ministérios da Saúde e da Defesa Nacional.
Segundo o IVDP, podem contribuir na campanha “todas as instituições públicas ou privadas, cidadãos em geral, empresas, que estejam dispostas a colaborar para esta causa com matérias-primas, com instalações, com equipamentos ou com trabalho”.
O objetivo é angariar álcool gel (produto acabado), matérias-primas como álcool, glicerol (glicerina), peróxido de hidrogénio (água oxigenada a 10 volumes), bem como material de embalagem (frascos dispensadores, frascos de plástico de 100 milímetros com tampas estanques e etiquetas para rotulagem).
Ainda equipamentos como garrafas de vidro ou de plástico de 10 litros com rolhas de rosca, depósitos de plástico de 50 litros ou tanques de aço inoxidável com capacidade de 80 a 100 litros e enchedoras.
Podem ainda ser cedidas instalações, mão-de-obra, transporte (viaturas para distribuição) e material para logística (paletes, filme estirável, desenroladores de filme, porta-paletes, material de embalagem e caixas de cartão).
O IVDP informa que “não serão aceites dádivas de qualquer outra natureza na presente campanha, sejam em numerário, cheque ou transferência bancária”.
Os bens serão colocados à disposição de entidades que assegurem a preparação de álcool gel e o IVDP fará a coordenação de toda a operação, a divulgação pública de todos os bens e serviços conseguidos.
No caso de oferta de álcool vinícola, o instituto lembrou a recomendação do INFARMED e referiu que a “operação de transformação de álcool vinícola em álcool gel (desinfetante) deve cumprir as normas regulamentares”.
Assim, explicou que “partindo da matéria prima álcool vinícola, qualquer empresa deve disponibilizar essa matéria prima a uma empresa de destilaria acreditada, de modo a obter, por destilação desse álcool vinícola, a substância ativa biocida etanol (CAS n.º 64-17-5) a 70% v/v” a qual será utilizada no fabrico do produto final desinfetante”.
Apontou ainda que a empresa responsável pela disponibilização e uso do produto desinfetante no mercado nacional contendo esse etanol a 70%, tem que elaborar a ficha de dados de segurança-FDS do produto e antes da disponibilização e uso do produto no mercado português deve notificar a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Na quarta-feira, a Cooperativa de Viticultores e olivicultores (CVOFN) de Freixo de Numão anunciou o apoio a vários lares do concelho de Foz Côa fornecendo aguardente vínica com 77% de álcool, que considerou ser “um poderoso desinfetante”.
A aguardente vínica é utilizada para a produção de vinho do Porto na Região Demarcada do Douro.
Na semana passada, farmacêuticos, profissionais de saúde e vitivinicultores juntaram-se na Bairrada para produzir gel desinfetante utilizado no combate à pandemia de covid-19 a partir de aguardente vínica e outros produtos alcoólicos.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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