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EM LISBOA JÁ NÃO “CHEIRA BEM” … E A CULPA É DO LIXO

Os moradores de Lisboa queixam-se do aumento de lixo na cidade, que atribuem ao crescimento do turismo, à falta de meios das autarquias e à falta de civismo, e pedem que sejam aplicadas coimas aos infratores.

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Os moradores de Lisboa queixam-se do aumento de lixo na cidade, que atribuem ao crescimento do turismo, à falta de meios das autarquias e à falta de civismo, e pedem que sejam aplicadas coimas aos infratores.
A freguesia da Misericórdia, que integra a Baixa lisboeta, é uma das que mais sofrem com o problema, não fossem o Bairro Alto e o Cais do Sodré, pontos de diversão noturna, parte do seu território.

A tradicional canção diz “cheira bem, cheira a Lisboa”, mas por estes dias o cenário aqui não é bem esse. Um passeio matinal pelas ruas do Bairro Alto é suficiente para sentir mau cheiro, ver copos nos rodapés das portas, caixas de pizza e outros objetos no meio do chão, assim como uma calçada portuguesa pintada de negro que é lavada somente com água.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Moradores da Misericórdia afirmou que o rápido crescimento do turismo e da diversão noturna não tem permitido “aos serviços de limpeza encararem esta realidade de 32 toneladas [de lixo] por dia de uma forma eficaz”.

O lixo no chão, sublinhou, “atrai ratos, baratas e pombos”, que são “uma fonte de problemas para a saúde pública”.

“Apesar dos esforços da Câmara e da Junta, a quantidade é tão grande e os hábitos de comerciantes e alojamentos locais são de tal maneira irracionais que é muito difícil manter esta zona limpa”, referiu Luís Paisana.

O morador defendeu ainda que deveria haver mais sensibilização, mas também responsabilização, através de “coimas fortes para as pessoas entenderem de forma clara que há regras”.

Um pouco mais abaixo, no Cais do Sodré, o cenário repete-se. A presidente da associação Aqui Mora Gente, Isabel Sá Bandeira, contou que a situação é “caótica”, com pragas de ratos e baratas, acusando também os alojamentos locais e o comércio de não cumprirem regras.

Os problemas não estão circunscritos ao centro de Lisboa – a cerca de 10 quilómetros, na freguesia de Benfica, encontram-se com frequência sacos do lixo espalhados pelo chão em redor dos ecopontos, bem como jardins e ruas a requererem trato.

“Um ecoponto é uma zona de lixo”, disse à Lusa a presidente da Associação de Moradores do Bairro de Santa Cruz de Benfica e Zonas Contíguas, Maria Gertrudes, acrescentando que por vezes é difícil chegar até ao vidrão.

Reformada há um ano, a moradora tem reportado quase diariamente casos de lixo acumulado à volta dos ecopontos à Câmara Municipal de Lisboa, através do portal “A minha Rua”, divulgando de seguida essas mesmas queixas na página de Facebook da associação, para que os outros moradores tomem conhecimento.

“Existem muitas situações em que isto demora 10 dias, 15 dias, três semanas [a ser resolvido]. Há zonas piores que outras”, destacou, sublinhando que por vezes é necessário fazer uma nova queixa.

A dimensão do problema de higiene urbana não é igual em todas as freguesias. No Parque das Nações, por exemplo, a situação é menos grave, mas tem vindo a piorar ao longo dos anos, segundo Carlos Ardisson, da associação de moradores A Cidade Imaginada — Parque das Nações (ACIPN).

“Era uma zona imaculada em termos de qualidade de espaço público, de limpeza, de higiene, que serviu de exemplo para grande parte do país para se elevar os padrões de qualidade, e infelizmente nos últimos anos tem vindo a descer muito acentuadamente a qualidade da limpeza, a lavagem de ruas, a deservagem, a desbaratização, a desratização”, lamentou.

Uma parte da freguesia é abrangida por um sistema de sucção dos lixos enterrado, uma particularidade desta zona. No entanto, em relação a “tudo o que são caixas ou embalagens maiores”, há pessoas que “não sabem o que lhes fazer e recorrem ao espaço mais próximo da sua casa, colocam lá e esperam que alguém leve”.

Por seu turno, o presidente da Associação de Moradores das Avenidas Novas, José Soares, destacou duas causas para o aumento do lixo nesta área: o aumento de turistas e os “quadros insuficientes” dos serviços autárquicos, que não acompanharam o crescimento do número de visitantes.

“Nós experienciamos todos os dias avistamentos de ratazanas, junto dos caixotes espalhados por toda a freguesia. É comum vermos baratas em abundância. Damos um passo na rua e a hipótese de nos cruzarmos com baratas é bastante elevada, e tudo isto causa uma sensação de desconforto, uma sensação de alguma insegurança nos moradores, que se queixam”, descreveu.

“O facto é que estes alertas são dados, temos a boa vontade da Câmara. Mas a boa vontade não chega. É preciso vir para a rua, é preciso que as pessoas identifiquem que está a ser feito alguma coisa e que vejam efetivamente resultados dessa urgência no controlo das pragas da cidade”, insistiu.

Para a associação, deveria haver recolha de lixo com maior frequência. Em Lisboa, a recolha é feita de forma seletiva, porta a porta, havendo dias específicos para cada tipo de resíduo.

“Não faz sentido que as pessoas fiquem com os resíduos indiferenciados nas suas casas sábado, domingo, segunda, à espera de serem recolhidos”, disse José Soares.

A Lusa contactou a Câmara de Lisboa por várias vezes nas últimas semanas, mas não conseguiu obter qualquer esclarecimento.

LUSA

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LISBOA: AUTARQUIA “PREOCUPADA” COM O AUMENTO DE SEM-ABRIGO EM ARROIOS

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

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A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

Em reunião pública do executivo municipal, o voto foi apresentado pela vereadora do Bloco de Esquerda (BE), Beatriz Gomes Dias, e foi aprovado por unanimidade.

Entre as pessoas em situação de sem-abrigo a pernoitar no largo da Igreja dos Anjos, a vereadora do BE destacou a existência de 30 migrantes timorenses, lembrando a proposta que apresentou e que foi aprovada para a criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência de cidadãos timorenses, através de uma resposta nas áreas de habitação, trabalho, saúde e educação.

Apresentada há mais de um ano, essa proposta foi aprovada em fevereiro, com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor, nomeadamente três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

Nessa altura, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), justificou o voto contra a proposta do BE com o apoio dado pelo município aos cidadãos timorenses através do centro de acolhimento de emergência na freguesia lisboeta de Campolide, criado em março de 2022 para acolher refugiados ucranianos e que encerrou em 30 setembro de 2023.

Sofia Athayde disse que foram apoiadas “172 pessoas” no centro de acolhimento de emergência de Campolide, foi feito um ponto de situação passado três meses e foi registado “97% de sucesso de automatizados”, referindo que as equipas estão a acompanhar 15 cidadãos timorenses que estão a pernoitar na Praça da Figueira e nove na Praça do Martim Moniz, no sentido de os integrar.

No voto de preocupação apresentado esta quarta-feira, o BE reforçou que “continua válida” a proposta de criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência “ITA HOTU HAMUTUK – todos juntos”, para apoio e acompanhamento das pessoas timorenses que chegaram nos últimos meses à cidade de Lisboa, através da disponibilização de condições de habitação, trabalho, saúde e educação.

Além disso, o voto alerta para obstáculos que os cidadãos estrangeiros enfrentam para a regularização em Portugal, inclusive devido à decisão da Junta de Freguesia de Arroios de exigir um título de autorização de residência válido (arrendamento ou compra de casa) para emitir atestados de residência.

No âmbito da votação, o vereador do PCP João Ferreira disse que à câmara se pede mais do que manifestar preocupação e defendeu que esta situação “carece de uma intervenção social”, pelo que o município deve intervir “o mais rapidamente possível”.

Acompanhando a preocupação, o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), deixou um voto de louvor ao trabalho que está a ser feito todos os dias na resposta às pessoas em situação de sem-abrigo, sublinhando que “a preocupação é de todos”.

A vereadora do BE reforçou que a câmara tem de concretizar a proposta de criação de um programa municipal para dar resposta às “pessoas timorenses que se encontravam em situação de sem-abrigo em outubro de 2022 e que continuam a encontrar-se em situação de sem-abrigo agora em março de 2024”.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

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REGIÃO OESTE INTEGRADA NA REDE MUNDIAL DE GEOPARQUES DA UNESCO

A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

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A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

O Geoparque Oeste passa a ser o sexto em Portugal e um dos 213 em todo o mundo.

Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) destaca a costa marítima da região Oeste, com 15 quilómetros de praias, arribas compostas por camadas geológicas com 230 milhões de anos e as tradições ligadas à pesca.

A UNESCO faz ainda referência ao património paleontológico, com mais de 180 jazidas, nas quais foram descobertas 12 espécies e dois dos 12 ninhos fossilizados com embriões de dinossauro existentes em todo o mundo.

“É a primeira pedra de um legado para as futuras gerações, pois passarão a olhar para o seu património natural e local como algo de excecional e único,” afirma João Serra, representante do município da Lourinhã na direção da associação, citado numa nota de imprensa da Associação Geoparque Oeste.

Também citado na nota, o coordenador executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, sublinha que a candidatura faz parte da estratégia de desenvolvimento regional alicerçada na geologia, na biodiversidade, na história, na preservação e promoção das tradições e dos costumes que constituem a identidade da região.

A UNESCO designou esta quarta-feira 18 novos geoparques localizados no Brasil, China, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Polónia, Portugal e Espanha, entre os quais o Geoparque Oeste.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO — Associação Geoparque Oeste, constituída em 2018 pelos municípios do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Em 2020, a equipa técnica iniciou a investigação de sítios, atividades e programas turísticos que fundamentaram a candidatura apresentada formalmente em 2022 à Rede Mundial de Geoparques.

Além do Geoparque, o Oeste possui outras chancelas da UNESCO: as Berlengas — Reserva da Biosfera, Caldas da Rainha — Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares, o Mosteiro de Alcobaça – Património Mundial da UNESCO e Óbidos Cidade Criativa da Literatura.

A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral (distrito de Leiria), Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Alenquer e Arruda dos Vinhos (distrito de Lisboa).

A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 213 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.

Em Portugal, o Oeste junta-se a mais cinco geoparques: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Serra da Estrela.

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