NACIONAL
EM PORTUGAL JÁ EXISTE UMA EMPRESA DE “BARRIGAS DE ALUGUER”
Empresa de barrigas de aluguer abre em Lisboa e promete filhos a quem possa pagar. Esta prática, que é proibida em Portugal, irá custar entre 40 mil aos 85 mil euros.
Uma empresa de barrigas de aluguer, prática proibida em Portugal, vai abrir um escritório em Lisboa, que promete realizar o sonho de ser pai ou mãe biológicos a quem possa pagar entre 40 mil aos 85 mil euros.
A empresa Tammuz, criada há dez anos em Israel, quer agora instalar-se em Lisboa, juntando-se a outras que já operam no mercado português mas apenas ‘online’. Em declarações à Lusa, o administrador da empresa israelita, Roy Nir, garante que tudo será legal.
Em Portugal, as barrigas de aluguer são proibidas. Até há poucos dias era permitido apenas às mulheres que não podiam ter filhos, por ausência de útero, recorrer a uma gestante de substituição, mas nunca poderia haver dinheiro envolvido. A 24 de abril, a lei de gestação de substituição foi considerada inconstitucional.
Na Tammuz, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer são remuneradas e qualquer pessoa, independentemente do seu estado de saúde, pode recorrer aos seus serviços. A ideologia da empresa é simples: “Todos têm direito a ter uma família”, desde casais heterossexuais ou homossexuais, mulheres ou homens sozinhos, conta o administrador.
“Ajudámos a criar mais de 750 famílias [numa década]”, referiu. “Vamos receber, com muito prazer, toda e qualquer pessoa que queira fazer o processo fora de Portugal. Não vamos fazer nada em Portugal, porque a legislação portuguesa nem sequer possibilita a opção das agências”, conta Roy Nir.
O administrador explica que o espaço físico que vai abrir em Lisboa servirá apenas para que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes no momento de iniciar um processo que “tem muito dinheiro e muita emoção envolvidos”. É na Ucrânia e nos Estados Unidos da América (EUA) que nasce a grande maioria destes bebés.
Segundo Roy Nir, para serem barrigas de aluguer, as ucranianas recebem entre 20 mil a 22 mil euros e as norte-americanas cerca de 50 mil dólares (cerca de 42 mil euros).
A escolha do país para avançar com o processo está relacionada com a legislação local: na Ucrânia só é permitido a casais heterossexuais casados e “a mulher tem de ter uma condição médica que não seja possível engravidar”, explica.
Já nos EUA o cenário é diferente: “Não há discriminação”. É ali que os casais gays realizam o sonho da paternidade. Para estes casais, o processo pode custar o dobro do que custa a uma família heterossexual. É que ter um filho naquele país fica muito mais caro: as mulheres norte-americanas recebem muito mais para serem gestantes e os custos com serviços de saúde são muito mais elevados.
Roy Nir lembra que este é um processo muito complexo, já que é preciso uma dadora de ovócitos, uma outra mulher disponível para a gravidez, serviços clínicos, médicos e serviços jurídicos. Mas o administrador garante que a empresa trata de tudo, desde o primeiro contacto dos clientes até ao dia em que regressam a casa com o filho.
Nos EUA, o processo começa com a seleção da mulher que será a barriga de aluguer. “Tem de haver um ‘match'”. Ou seja, quem sonha em ter um filho tem de encontrar uma mulher em quem confie e vice-versa. A distância faz com que se conheçam via Skype. Falam dos seus hábitos, da família, antecedentes. Quando há empatia, o processo avança. De contrário, procura-se uma nova barriga de aluguer.
Há, contudo, muito mais gente a querer ter um filho do que mulheres dispostas a serem barrigas de aluguer. Resultado: “Existe sempre um tempo de espera”, reconhece Roy Nir, garantindo que não costuma ultrapassar os três meses.
Roy Nir, que também é pai de duas crianças que nasceram há sete anos de duas barrigas de aluguer indianas, recorda que este processo é uma “verdadeira montanha russa de emoções”, que começa com o receio de não encontrar ninguém de confiança, depois são nove meses de ansiedade sem nunca saber se a gravidez corre bem e, finalmente, o medo de as mulheres se recusarem a entregar o recém-nascido que carregaram durante a gestação.
Curiosamente, as mulheres que aceitam ser barrigas de aluguer também têm medo que os futuros pais rejeitem o bebé no momento do nascimento.
Sentimento por que passa a maioria dos envolvidos, segundo Roy Nir, mas sem razão de ser: “Nunca aconteceu. Não há casos”, garante, baseando-se num trabalho realizado por uma investigadora que estudou milhares de processos em Israel, onde as barrigas de aluguer são permitidas por lei há duas décadas.
Na maioria dos casos, os futuros pais mantêm as rotinas de sempre. A gravidez vai sendo acompanhada à distância, muitas vezes a milhares de quilómetros.
Durante os nove meses de gestação, os futuros pais vão sendo informados de tudo o que se passa. Alguns preferem ter uma ligação próxima com a gestante, enquanto outros optam por se manter afastados, fazendo apenas a viagem final para ir buscar a criança. Roy Nir explica que são formas de gerir um processo complicado.
“Ter uma gravidez a dez mil quilómetros de distância não é muito fácil”, sublinha o responsável da empresa, recordando que a ansiedade vivida até ao dia do nascimento dos seus filhos, Saar e Rotem, foi substituída pela realização de um sonho que tornou “a vida preenchida”.
CM
NACIONAL
MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS
A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.
“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.
No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).
Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.
Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.
Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).
Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.
Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.
O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.
O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).
A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.
Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.
Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.
A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.
Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.
No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.
A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
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