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NACIONAL

ESCLEROSE MÚLTIPLA: ASSOCIAÇÕES QUEREM MAIOR ACESSO A FÁRMACOS INOVADORES

Associações representativas dos cidadãos com esclerose múltipla divulgam hoje uma carta aberta em que defendem um maior acesso a medicamentos inovadores e que cada doente tenha um plano integrado de gestão da doença.

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Associações representativas dos cidadãos com esclerose múltipla divulgam hoje uma carta aberta em que defendem um maior acesso a medicamentos inovadores e que cada doente tenha um plano integrado de gestão da doença.

Na carta de princípios orientadores que hoje apresentam, a que a agência Lusa teve acesso, as associações pretendem assegurar que os portugueses que vivem com esta doença neurológica crónica, inflamatória e degenerativa “tenham assegurados os seus direitos enquanto cidadãos”.

“É muito importante que os doentes com esclerose múltipla tenham acesso aos medicamentos inovadores, que estabilizam a doença e permitem uma maior qualidade de vida, não só para quem tem o diagnóstico, mas para todos aqueles que os acompanham”, afirmou o presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM).

Alexandre Guedes Silva recorda que esta semana, num congresso internacional, foram apresentados resultados muito importantes com diversos medicamentos que “ainda não estão disponíveis para os doentes portugueses”.

“Há estudos que mostram, por exemplo, que é possível manter autonomia e adiar a utilização de cadeira de rodas se os tratamentos adequados forem utilizados desde o início da doença. Isto tem um impacto muito significativo na vida das pessoas e das suas famílias. Temos de assegurar que os doentes portugueses têm acesso a estes tratamentos”, acrescenta Alexandre Guedes da Silva.

Na carta aberta, que é apresentada em Lisboa, na sede da SPEM, as associações defendem uma maior consciencialização sobre a esclerose múltipla, “incluindo a natureza invisível dos sintomas da doença”, e a definição de “normas nacionais para o diagnóstico precoce, tratamento e elegibilidade para uma melhor proteção social” destes doentes.

“No caso de suspeita de esclerose múltipla, as pessoas devem ser imediatamente encaminhadas para um médico especialista na doença que garanta o acesso aos melhores tratamentos em tempo útil e de forma equitativa”, consideram.

Defendem também que todos as pessoas com esclerose múltipla “devem ter acesso a um plano integrado de gestão da doença”, que inclua formação, acesso adequado a serviços de reabilitação e/ou psicológicos e aos melhores tratamentos “de forma atempada e adequada a cada caso”, bem como a uma monitorização contínua deste plano.

Pretendem ainda ver reconhecido o papel “do cuidador e dos seus benefícios indiretos para a sociedade” e concretizado o registo nacional da doença, “que capture todos os seus aspetos (…), caracterizando a progressão e medindo a qualidade de vida do doente e seu agregado familiar”.

Entre os princípios orientadores está igualmente a necessidade de garantir condições flexíveis de educação e emprego para as pessoas afetadas pela doença, sejam doentes, cuidadores ou familiares, incluindo medidas para mitigar o sistema.

“Estas medidas abrem caminho para que o cidadão com esclerose múltipla veja reconhecidos pela sociedade e implementados pelo Governo os passos necessários à sua integração plena na comunidade, sem discriminação nem estigma”, consideram.

A esclerose múltipla é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa, que afeta o sistema nervoso central, particularmente a mielina, uma bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios, permitindo a rápida transmissão de impulsos.

Segundo a SPEM, a diversidade de sintomas e a ausência de indicadores específicos dificultam o diagnóstico.

A doença surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade e afeta com maior incidência as mulheres.

Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2,5 milhões de pessoas com esclerose múltipla e em Portugal mais de 8.000.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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