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ESTUDANTES MANIFESTARAM-SE EM LISBOA

Cerca de uma centena de alunos do ensino superior protestou hoje em Lisboa contra as propinas e todos os restantes custos associados a um curso, pedindo um ensino superior que “não seja apenas um serviço prestado aos estudantes”.

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Cerca de uma centena de alunos do ensino superior protestou hoje em Lisboa contra as propinas e todos os restantes custos associados a um curso, pedindo um ensino superior que “não seja apenas um serviço prestado aos estudantes”.

Da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, cuja associação de estudantes convocou o protesto de hoje, até à Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), a poucas ruas de distância, em Lisboa, uma centena de estudantes desfilou ao início da tarde de hoje em protesto contra o “estrangulamento do financiamento” neste nível de ensino.

“Sem dúvida que temos que estar na rua para a nossa voz ser ouvida, porque não temos um ensino público de qualidade para termos o ensino superior que está previsto na Constituição da República Portuguesa”, disse à Lusa Bárbara Carvalho, da associação de estudantes da FCSH, que referiu que a manifestação de hoje também serve para assinalar o Dia do Estudante, que se celebra a 24 de Março.

A dirigente estudantil referiu o aumento dos custos associados a um curso superior como uma das dificuldades que os alunos enfrentam, associada a uma ação social escolar que não é “suficientemente forte” para dar resposta a todos.

“Continuamos com uma das propinas mais altas da Europa, com taxas e emolumentos completamente impraticáveis, transportes, habitação, todos os custos associados ao ensino superior são muito altos”, disse.

Bárbara Gouveia diz que na FCSH “chove lá dentro” e os alunos não têm um “acesso minimamente decente à Internet”, mas é o conjunto do ensino superior público português que a preocupa, referindo que o “estrangulamento do financiamento” está a criar turmas sobredimensionadas que não são funcionais.

“Não é a dinâmica que se quer para o ensino superior, que [se quer que] seja um estágio de emancipação e não apenas um serviço prestado aos estudantes”, disse.

Com um carro de apoio e megafones os estudantes fizeram com que a sua chegada à DGES fosse ouvida e rapidamente se enfileiraram frente à entrada do edifício, onde vigiados por alguns elementos da PSP, foram segurando faixas, cartazes improvisados em metades de caixas de cartão e entoando palavras de ordem.

“Fim das propinas: Por um ensino superior público democrático de qualidade”; “Resgatem-me a propina”; “A propina mata”; ou “Financiamento = Propinas + bolsas + residências” eram as frases que se liam nas faixas e cartazes enquanto aos megafones se gritava “Ação social não existe em Portugal” e “É preciso investir, faculdades a cair”.

Entre os estudantes que repetiam aos gritos os reptos da organização estava Guilherme Marques, aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que hoje se juntou ao protesto porque entende que há “um perigo crescente” de privatização do ensino superior.

“Penso que é um perigo crescente a privatização do ensino superior em Portugal. Nós temos neste momento o perigo de qualquer projeto de acessibilidade social para garantir que o ensino é acessível a quem tem menos rendimentos, cada vez é maior o perigo desse projeto desaparecer por completo e ser substituído por uma fé nos privados completamente desnorteada e sem sentido”, disse à Lusa.

As propinas e “preferencialmente a sua extinção” era outro dos motivos para justificar a sua presença ali.

Na quarta-feira também em Coimbra houve manifestação de alunos do ensino superior, com o financiamento como bandeira reivindicativa e a promessa de que o protesto pode ter sido “apenas o início” se o Governo não inverter o rumo das suas políticas.

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MATOSINHOS: UMA BREVE VIAGEM PELA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA CONSERVEIRA

Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.

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Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.

Primórdios e Expansão (Séc. XIX – XX)

A história da indústria de conservas em Matosinhos remonta ao século XIX, quando a proximidade do mar e a abundância de peixe fresco impulsionaram o surgimento das primeiras fábricas. Estas pequenas empresas, muitas vezes familiares, utilizavam técnicas artesanais para conservar o peixe, garantindo o seu consumo ao longo do ano.

No início do século XX, a indústria de conservas em Matosinhos experimentou um crescimento significativo. A modernização das fábricas, com a introdução de maquinaria e novas tecnologias, permitiu aumentar a produção e diversificar os produtos. As conservas de sardinha, atum e cavala tornaram-se um símbolo de Portugal, sendo exportadas para diversos países e apreciadas pela sua qualidade e sabor.

Apogeu e Reconhecimento (Séc. XX)

As décadas de 50 e 60 foram de ouro para a indústria de conservas em Matosinhos. As fábricas operavam a todo o vapor, empregando milhares de pessoas e contribuindo para o desenvolvimento da região. As conservas de peixe de Matosinhos eram reconhecidas internacionalmente, conquistando prémios e distinções em feiras e exposições.

O sucesso da indústria de conservas em Matosinhos deveu-se a vários fatores, como a qualidade do peixe, a experiência dos trabalhadores, o investimento em tecnologia e a forte ligação à tradição. As conservas de peixe tornaram-se um produto de excelência, representando o melhor de Portugal e da sua gastronomia.

Desafios e Adaptação (Séc. XXI)

No entanto, o século XXI trouxe novos desafios para a indústria de conservas em Matosinhos. A globalização, a concorrência de outros países e as mudanças nos hábitos de consumo exigiram uma adaptação constante. As fábricas modernizaram-se, investindo em novas tecnologias e processos de produção, e apostaram na diversificação de produtos, como as conservas gourmet e os produtos biológicos.

O Legado e o Futuro

Apesar dos desafios, a indústria de conservas em Matosinhos mantém-se viva, continuando a produzir conservas de peixe de alta qualidade. As fábricas, muitas delas centenárias, são um testemunho da história e da cultura da região, preservando técnicas artesanais e transmitindo conhecimentos de geração em geração.

A indústria de conservas em Matosinhos representa um legado valioso, que deve ser preservado e valorizado. As conservas de peixe são um produto único, com um sabor autêntico e uma história rica, que merece ser apreciado e divulgado. O futuro da indústria de conservas em Matosinhos passa pela inovação, pela sustentabilidade e pela valorização do património cultural, garantindo que este setor continue a ser um pilar da economia e da identidade portuguesas.

Uma viagem no tempo pela história da indústria conserveira de Matosinhos é uma imersão num universo de tradição, sabor e cultura. As conservas de peixe são um tesouro gastronómico que merece ser descoberto e apreciado, representando o melhor de Portugal e da sua gente.


Artigo gerado por AI

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PORTO: TINO DE RANS CONFIRMA NOVA CANDIDATURA À AUTARQUIA

O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

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O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

“O Porto precisa de movimento, precisa de frescura e é isto que esta candidatura vai trazer”, afirmou Tino de Rans na Estação de São Bento, no Porto, a segurar uma mala de viagem onde se lia o lema da campanha “Porto a Bom Porto”.

O candidato à autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira que não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, disse pretender ainda dar voz às pessoas, fixar os jovens e respeitar os idosos.

Na sua opinião, o Porto tem coisas “muito importantes”, mas falta-lhe algo simples que é fixar as pessoas na cidade.

“Fico triste quando um concelho com este potencial tem vindo a perder muita gente”, referiu.

Segundo Tino de Rans, é importante criar condições, nomeadamente habitação a preços acessíveis, para fixar os jovens no Porto.

Além disso, acrescentou, é necessário ouvir as pessoas para saber o que estas veem, querem e pensam para a cidade.

“O Porto tem potencial e futuro”, atirou o candidato, de 53 anos.

Tino de Rans, que diz conhecer o Porto muito bem fruto da sua profissão, assumiu que também quer voltar a ver as pessoas felizes com a cidade.

Entretanto, a Direção Política Nacional do Reagir, Incluir e Reciclar (RIR), partido fundado por Tino de Rans, manifestou “enorme surpresa” pela candidatura deste às eleições autárquicas.

O RIR revelou que Tino de Rans nunca apresentou à direção do partido qualquer projeto de candidatura à Câmara do Porto, nem expressou interesse nisso.

Considerando-se “totalmente desrespeitado” pelo fundador do partido, o RIR vincou que “não tem donos, nem pode ficar manietado à vontade e à vaidade do seu fundador”.

Motivo pelo qual irá reunir, a seu tempo, para decidir se apoiará ou não a candidatura de Tino de Rans às eleições autárquicas de 2025.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.

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