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PEDIATRIA DO HOSPITAL DE SÃO JOÃO EM CONDIÇÕES “MISERÁVEIS”

O presidente do Hospital de São João, no Porto, admitiu hoje que as condições do atendimento pediátrico são “indignas” e “miseráveis”, lamentando que a verba para a construção da nova unidade ainda não tenha sido desbloqueada.

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O presidente do Hospital de São João, no Porto, admitiu hoje que as condições do atendimento pediátrico são “indignas” e “miseráveis”, lamentando que a verba para a construção da nova unidade ainda não tenha sido desbloqueada.

“Há um protocolo assinado, temos um projeto pronto para entrar em execução e não temos o dinheiro libertado que torne possível a execução desse projeto”, afirmou António Oliveira e Silva.

O responsável disse que as obras que não dependem dessa verba têm vindo a ser realizadas, nomeadamente o novo centro ambulatório para a pediatria que fica disponível a partir de 15 de Junho.

O presidente do Centro Hospitalar do São João falava aos jornalistas a propósito de queixas de pais de crianças com doenças oncológicas sobre a falta de condições de atendimento dos seus filhos em ambulatório e também na unidade do ‘Joãozinho’ para onde as crianças são encaminhadas quando têm de ser internadas, noticiadas pelo JN.

“Tenho recebido mais do que queixas. Há três coisas que temos de realçar: a primeira é a resiliência das crianças doentes e dos pais, a segunda é a resiliência dos profissionais de saúde e em terceiro a da administração, em ter de suportar toda esta situação, que nos deixa sempre numa situação desconfortável”, afirmou Oliveira e Silva.

O presidente do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) admitiu sentir-se “maltratado”, tendo em atenção que o hospital São João é um dos melhores do país em termos de cuidados prestados aos doentes e com as contas equilibradas.

“Sinto-me maltratado, porque represento não só o conselho de administração, mas represento os cidadãos doentes a quem tenho a responsabilidade de prestar o melhor tratamento possível e represento também os profissionais do CHSJ. A minha lealdade é tripla e espero que não conflituem”, sublinhou.

O responsável considerou que se notícias como a que hoje foi publicada no JN “não são suficientes para libertar as verbas necessárias a construção do centro pediátrico” não sabe “o que é possível fazer mais”.

“A tutela diz que as verbas estão disponíveis, estão à espera dos procedimentos administrativos ou burocráticos para a libertação para o CHSJ. Tive informação, há cerca de três meses, do ministro da Saúde, que havia as verbas disponíveis para a construção. No fim de fevereiro, tive o contacto da secretaria de Estado a dizer que a verba estava no CHSJ, mas continuo à espera” da libertação do dinheiro, acrescentou.

Na sua edição de hoje, o JN conta que os pais estão desmotivados com a falta de respostas às queixas apresentadas, que se relacionam nomeadamente com os tratamentos de quimioterapia que “são feitos num corredor do hospital”.

“As crianças acabam de fazer quimioterapia e têm de partilhar os elevadores com os carrinhos do lixo” e “os carrinhos da limpeza são colocados ao lado da comida”, contou um dos pais ouvidos pelo JN.

Segundo este jornal, quando depois dos tratamentos as análises indicam que as crianças precisam de ser internadas e ficar em isolamento, “a maior parte das vezes é preciso esperar quatro a cinco horas por uma ambulância, sem condições higiénicas que transporte as crianças do edifício central para o ‘Joãozinho’, num trajeto que demoraria alguns minutos”.

Os pais contam que a situação na zona de quimioterapia de ambulatório “é caótica”, mas quando é necessário “internar os meninos é mil vezes pior”.

“Não se admite que crianças em isolamento tenham quartos com buracos nas paredes, nos sofás, e janelas onde entra frio e não há cortinas para bloquear a luz”, criticam.

O secretário de Estado adjunto da Saúde disse recentemente que os 22 milhões de euros do Governo para as obras da Unidade pediátrica já tinham sido transferidos, aguardando apenas a autorização do Ministério das Finanças. As declarações de Fernando Araújo surgiram após a administração do Hospital de São João ter assumido que o bloqueio das Finanças colocava a unidade de Pediatria do São João em situação de rutura.

Hoje o presidente do CHSJ lembrou que “há 10 anos que o centro pediátrico do Hospital de São João está em instalações provisórias”, e que em junho de 2017, foi assinado um protocolo entre o Centro Hospitalar de São João, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), e a ARS/Norte no sentido de serem desbloqueadas as verbas necessárias para a construção do projeto global do centro hospitalar pediátrico.

“Continuamos a aguardar que sejam desbloqueadas essas verbas. As instalações do internamento são miseráveis, passo do indigno para o miserável. Temos muito más condições para as crianças e muito más condições para os pais das crianças, mas neste momento em instalações provisórias não podemos fazer melhor”, acrescentou.

LUSA

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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