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VALE DE CAMBRA: 40 ALDEIAS SEM MÉDICO DE FAMÍLIA HÁ UM MÊS

Duas freguesias de Vale de Cambra, abrangendo 40 aldeias, estão sem médico há um mês, revelou hoje a bancada CDS da Assembleia Municipal desse concelho do distrito de Aveiro, denunciando “uma situação recorrente” que quer corrigida pelo Governo.

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Duas freguesias de Vale de Cambra, abrangendo 40 aldeias, estão sem médico há um mês, revelou hoje a bancada CDS da Assembleia Municipal desse concelho do distrito de Aveiro, denunciando “uma situação recorrente” que quer corrigida pelo Governo.

Questionada pela Lusa quanto aos motivos que justificam a falta de médico em Arões e Junqueira, fonte oficial da Administração Regional de Saúde do Norte diz que ouviu o diretor-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde de Aveiro-Norte e informa: “A médica em causa decidiu, por vontade própria e inesperadamente, deixar de exercer funções na Unidade de Saúde em apreço”.

Para ultrapassar o constrangimento que isso coloca à população da respetiva área geográfica, a mesma fonte afirma que “está já em curso o processo de contratação de outros profissionais, no regime de prestação de serviços, até à abertura de concurso de Medicina Geral e Familiar, no início do próximo ano”.

Em causa estão os polos de Arões e Junqueira da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Macieira de Cambra, onde as falhas de serviço levaram o CDS-PP a propor à Assembleia Municipal uma moção crítica que acabou aprovada por unanimidade — como aconteceu antes também nos órgãos deliberativos das duas freguesias envolvidas.

O documento vai agora ser enviado a “Presidente da República, Primeiro-Ministro, Ministra da Saúde, Área Metropolitana do Porto, grupos parlamentares da Assembleia da República, Administração Regional de Saúde do Norte e Agrupamento de Centro de Saúde Aveiro-Norte”, reclamando a “normalização dos serviços” prestados pelos dois polos — dirigidos a uma população que é de 2.000 utentes durante a maior parte do ano e que duplica nos meses de verão e Natal com o regresso dos emigrantes.

“Foi com desagrado e muita preocupação que tomámos conhecimento de que os polos de Arões e Junqueira da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Macieira de Cambra se encontram limitados desde o início do mês de junho por falta de médico. Tratam-se de duas freguesias do interior do concelho, constituídas maioritariamente por população idosa em situação de isolamento e sem retaguarda familiar, com graves problemas de saúde e que requer muito acompanhamento”, diz a moção aprovada por CDS, PSD e PS.

Realçando que as 40 aldeias do território coberto pelos polos de Arões e Junqueira são muito dispersas geograficamente, distam dezenas de quilómetros da sede do concelho e dispõem de “uma escassa rede de transportes e difíceis acessibilidades”, o documento reclama que a falta de médico “compromete a saúde e o bem-estar dessas populações, com a agravante de que, nos últimos dois anos, devido ao contexto de pandemia, elas viram esse acompanhamento ainda mais limitado”.

CDS, PSD e PS de Vale de Cambra querem, por isso, reunir-se com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde não só para exigir a regularização do serviço prestado em Arões e Junqueira, mas também para “solicitar um serviço permanente, estável e duradouro” que permita à região “recuperar a confiança no Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.

O documento votado por iniciativa do CDS-PP (que está em maioria tanto na Assembleia, como na câmara e nas juntas) salienta ainda que a autarquia e as freguesias locais investiram “centenas de milhares de euros no combate à covid-19, substituindo-se assim ao Estado”, mas “não têm competências para resolver estes problemas” da rede de cuidados primários.

Nos últimos anos, esses órgãos locais têm, aliás, “reivindicado um melhor funcionamento do SNS no território”, pelo que a insistente falta de médicos no território faz “aumentar as preocupações” quanto à transferência para os municípios das competências estatais na área da saúde. Na perspetiva do CDS de Vale de Cambra e dos outros partidos que aprovaram a moção, “os órgãos autárquicos foram excluídos pelo Poder Central” de funções ativas na definição dos cuidados primários a prestar à comunidade e acabaram remetidos “a um papel de meros tarefeiros do Estado”.

Para os deputados municipais, a existência de duas freguesias e 40 aldeias sem médico de saúde, numa interrupção de serviço “recorrente, preocupante e inaceitável”, é, portanto, deixar a respetiva população “em situação de vulnerabilidade face a um direito básico de acesso aos cuidados de saúde primários” e mais um contributo para o despovoamento do interior.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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