NACIONAL
FALTAM OBSTETRAS EM TODO O PAÍS: BRAGANÇA TEM APENAS QUATRO
A Ordem dos Médicos defendeu na segunda-feira que faltam 96 obstetras no Norte e Centro do país, sublinhando que mais de metade dos obstetras do SNS têm mais de 55 anos, logo, estão dispensados de fazer urgências.
“No Hospital de Braga são necessários mais três obstetras com urgência, na Unidade Saúde Local de Matosinhos mais cinco, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho mais sete, na Unidade Local de Saúde do Nordeste mais oito. Lembro que Bragança tem apenas quatro especialistas e todos com mais de 55 anos, ou seja, se deixarem de fazer o serviço de urgência externa, a maternidade fecha a urgência”, detalhou Miguel Guimarães aos jornalistas.
Por lei, os clínicos podem deixar de fazer urgências noturnas a partir dos 50 anos e todas as outras a partir dos 55 anos.
O dirigente adiantou que as graves carências de obstetras são sentidas também nos Centros Hospitalares de Entre Douro e Vouga (quatro), de Trás-os-Montes e Alto Douro (seis), Médio Ave (dois), São João, no Porto (seis), Póvoa de Varzim/Vila do onde (sete a 10), Tâmega e Sousa (oito a 10), Gaia/Espinho (três), Tondela Viseu (cinco), Coimbra (15), Cova da Beira (cinco), Baixo Vouga (sete), e ainda no Hospital de Guimarães, que necessita de mais cinco obstetras.
“São números que mostram a dificuldade que estes diretores de serviço e que os médicos que trabalham nestas maternidades têm para assegurar os cuidados que as nossas grávidas precisam (…) Estes médicos têm feito um enorme esforço, têm feito muito mais horas extraordinárias do que aquelas que deviam fazer para manterem a capacidade de resposta. Mas é evidente que estes médicos estão cada vez com mais ‘stress’, precisam de ter mais apoio do Ministério da Saúde”, disse, sublinhando que estes números são ainda provisórios.
No caso do Norte, frisou, estes profissionais foram “completamente desconsiderados” na atribuição de vagas: das 45 vagas dos dois concursos para obstetrícia e ginecologia, apenas cinco vagas fora atribuídas para o Norte do país, que serve cerca de 3,7 milhões de pessoas.
À saída de uma reunião com 15 diretores de serviço de Ginecologia/Obstetrícia e Neonatologia do Norte e Centro do país onde foram discutidas e denunciadas “as graves carências de especialistas” nestas áreas, Miguel Guimarães explicou ainda que à falta de especialistas acresce o problema do envelhecimento da classe médica, que, a curto prazo, pode agravar a situação.
“Mas nós temos uma percentagem, mas muito, muito elevada de médicos com mais de 55 anos. No caso da obstetrícia e ginecologia são mais de 50% com mais de 55 anos e dois terços com mais de 50 anos, o que significa que, a curto prazo, o número de médicos de obstetrícia e ginecologia que se vai reformar vai ser muito elevado. E, portanto, (…) temos que rapidamente começar a atuar”, defendeu.
Questionado pelos jornalistas, Miguel Guimarães afirmou, contudo, que tanto quanto é do conhecimento da Ordem do Médicos, a hipótese de um funcionamento rotativo das maternidades no Norte e Centro do país, à semelhança do que foi discutido em Lisboa, “não foi colocada em cima da mesa”.
O dirigente revelou também que, “se calhar ainda esta semana”, vão ser apresentadas à ministra da Saúde, Marta Temido, mais algumas propostas no sentido de resolver o problema da falta de especialistas, propostas que vão agora ser compiladas e trabalhadas e que saíram da reunião desta segunda-feira.
LUSA
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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