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NACIONAL

FARMÁCIA REALIZARAM QUASE 600 MIL TESTES PARA A PASSAGEM DE ANO

As farmácias realizaram, nos dias anteriores à passagem de ano, quase 600 mil testes gratuitos à covid-19, atingindo o máximo diário em 30 de dezembro, com 213 mil despistes da infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

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As farmácias realizaram, nos dias anteriores à passagem de ano, quase 600 mil testes gratuitos à covid-19, atingindo o máximo diário em 30 de dezembro, com 213 mil despistes da infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.

“Quarta, quinta e sexta-feira foram os dias com maior número de testes realizados. Mesmo em relação ao anterior máximo que tínhamos atingido em 23 de dezembro, houve um aumento bastante significativo”, disse hoje à Lusa a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Segundo Ema Paulino, na quarta-feira, 29 de dezembro, foram realizados 174 mil testes rápidos de antigénio (TRAg) de uso profissional gratuitos nas farmácias que aderiam ao regime de comparticipação, número que compara com os 160 mil feitos em 23 de dezembro.

O máximo diário foi atingido na quinta-feira, 30 de dezembro, com 213 mil testes, enquanto no último dia do ano realizaram-se um total de 197 mil testes de diagnóstico da covid-19.

A presidente da ANF admitiu que, passado o período de Natal e de Ano Novo, “esperava uma maior tranquilidade” na procura de testes gratuitos por parte da população, mas avançou que ainda se verifica “uma pressão grande” para os agendamentos.

“Não é uma pressão tão grande como tivemos nos dias 23 e 24 e 30 e 31, mas continua a ser uma pressão grande nas farmácias em termos de agendamento. Estimamos que vai continuar a manter-se algum ritmo de testagem”, disse Ema Paulino.

Relativamente aos autotestes, Ema Paulino adiantou que a procura se mantém elevada, mas agora a ANF “não tem tido tantos reportes de farmácias que têm dificuldade em abastecer”.

“Houve sempre vendas, que conseguimos monitorizar, e não houve nunca uma rutura de stock, mas imagino que algumas farmácias esgotaram os autotestes disponíveis face à elevada procura”, referiu.

Segundo a presidente da ANF, neste momento cerca de 1.400 farmácias estão a fazer testes gratuitos, no âmbito do regime excecional e temporário que foi prorrogado até final deste mês, que prevê uma comparticipação de 15 euros por teste, mas também ao abrigo de protocolos com vários municípios.

Em 21 de dezembro, e tendo em conta a quadra festiva, o Governo decidiu aumentar de quatro para seis o número de testes que cada pessoa podia fazer mensalmente, mas a comparticipação voltou, a partir de 01 de janeiro, a ser limitada a quatro testes por utente.

Estas 1.400 farmácias representam quase metade do total de cerca de 2.900 existentes no país, a que se juntam mais de 680 laboratórios clínicos onde também é possível realizar testes gratuitos.

De acordo com Ema Paulino, o número de farmácias deve aumentar nos próximos dias, tendo em conta que algumas ainda estão a ultimar os registos necessários para aderir ao regime de comparticipação, mas também porque agora existe maior disponibilidade de recursos humanos para os testes.

Segundo a `task force´ para a estratégia de testagem, desde o início da pandemia, já foram efetuados em Portugal mais de 26,5 milhões testes de diagnóstico à covid-19, número que não inclui autotestes.

De acordo com o `site´ estatístico Our World in Data, em 31 de dezembro Portugal ocupava a terceira posição, entre 22 países europeus, com maior número de testes diários por mil pessoas, com 39,61, atrás do Chipre (128) e da Grécia (52,5).

A covid-19 provocou 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.000 pessoas e foram contabilizados 1.434.570 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde de hoje.

NACIONAL

MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS

A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.

“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.

No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).

Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.

Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.

Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).

Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.

Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.

O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.

O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).

A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.

Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.

Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.

A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.

Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.

No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.

A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.

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HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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