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FÁTIMA: PEREGRINAÇÃO MARCADA PELA GUERRA E PELA URGÊNCIA DA PAZ

O bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, considerou hoje, no Santuário de Fátima, que a paz é um dos problemas “mais urgentes da cultura dos nossos tempos”.

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O bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, considerou hoje, no Santuário de Fátima, que a paz é um dos problemas “mais urgentes da cultura dos nossos tempos”.

“Na verdade, como se nada tivesse mudado, de há um século até hoje, a humanidade continua a viver numa ameaça permanente de guerra, de conflito, de violência e de destruição”, disse o prelado perante os peregrinos presentes no recinto do Santuário da Cova da Iria.

Segundo o bispo de Viana do Castelo, os cristãos têm uma “responsabilidade particular” dos cristãos a serem “arautos e construtores da paz”, numa sociedade em que “o requinte das possibilidades de destruição a que nos levou a tecnologia bélica coloca a humanidade perante a possibilidade da sua autodestruição”.

“Todos somos chamados a edificar a paz. Se a paz exige a participação de todos os homens, os cristãos têm uma responsabilidade particular”, afirmou João Lavrador, citado pela página do Santuário de Fátima na internet.

E o bispo alertou, no entanto, que se “preocupa a paz a nível mundial”, não é menos importante a ação na vida quotidiana.

“Se nos preocupa a paz a nível mundial, não é menos importante reconhecermos e atuarmos nos contextos de vida onde se move a nossa existência, na família, nos vizinhos, nas associações, nas empresas, nas escolas e universidades, na participação política e cívica”, sublinhou.

Na homilia da missa de encerramento da peregrinação de 12 e 13 de julho, João Lavrador implorou ainda a “Nossa Senhora do Rosário de Fátima que abençoe todos os povos fustigados pela guerra, nomeadamente o povo irmão da Ucrânia”, e desperte os cristãos para serem “missionários da Esperança e da alegria”.

Também os bombeiros que combatem os incêndios que afetam o país, nomeadamente bem perto do Santuário, foram lembrados na Oração dos Fiéis, à imagem do que já acontecera na noite de terça-feira, na homilia proferida na celebração da palavra pelo bispo de Viana do Castelo.

Nesta peregrinação, que decorreu sob temperaturas elevadas, participaram, pelo menos, 27 grupos organizados de fiéis, oriundos de países como o Vietname, Espanha, Polónia, Irlanda, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, Itália, Alemanha, Costa do Marfim, Brasil, Croácia ou Hungria, além de Portugal.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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