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NACIONAL

FENPROF ACUSA GOVERNO DE BLOQUEAR RENOVAÇÕES A TÉCNICOS PERTO DA VINCULAÇÃO

A Fenprof acusou hoje o Ministério da Educação de violar a lei ao bloquear a renovação de contratos de técnicos especializados nas escolas para impedir que fiquem numa situação de vinculação automática no próximo ano.

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A Fenprof acusou hoje o Ministério da Educação de violar a lei ao bloquear a renovação de contratos de técnicos especializados nas escolas para impedir que fiquem numa situação de vinculação automática no próximo ano.

Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirma que que os sindicatos estão a receber “inúmeras queixas” de direções de escolas “sobre a impossibilidade de procederem à renovação de contratos de técnicos especializados que reúnem as condições para tal na aplicação eletrónica” e sobre “a falta de resposta formal e escrita aos inúmeros pedidos de esclarecimento que têm endereçado à DGAE [Direção-Geral da Administração Escolar]”.

Segundo a Fenprof, a resposta tem apenas sido dada por telefone e “está a causar uma enorme indignação junto das direções das escolas e dos técnicos especializados”.

“Está a ser informado pela DGAE que apenas os técnicos especializados aderentes ao Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) estariam em condições de renovar os contratos! A mesma resposta está a ser dada aos técnicos especializados que se têm dirigido à DGAE, acrescentando que são ‘indicações internas’… Ora, a candidatura ao PREVPAP era só para técnicos não docentes, e como tal, os formadores com atividades docentes estavam impedidos de concorrer a esse programa”, lê-se no comunicado da federação.

Anabela Sotaia, dirigente da Fenprof, explicou à Lusa que em causa estão sobretudo casos de formadores no ensino profissional e ensino artístico especializado que, na prática, são professores, mas que legalmente são considerados técnicos especializados por não haver um grupo de recrutamento para a sua área de ensino.

É, por exemplo, o caso dos professores de teatro, apontou.

“Aquilo que estão a informar as escolas não tem qualquer suporte legal. Nada disto é escrito. Como não tem suporte legal, não pode ser escrito. O que é dito por telefone é que só podem ser renovados contratos de quem se candidatou ao PREVPAP. Ora, nestes casos nem se podiam ter candidatado ao programa, não estavam abrangidos. Quando se questiona os técnicos, eles dizem que são orientações internas”, disse Anabela Sotaia.

A dirigente sindical não tem dúvidas, até pela análise dos casos concretos que chegaram aos sindicatos, que a recusa pretende evitar a vinculação de profissionais que ao verem o seu contrato renovado por mais um ano ficam automaticamente em situação de vinculação aos quadros no ano seguinte.

Anabela Sotaia diz que a situação está a deixar os diretores escolares “muito aflitos”.

A Fenprof defende que a situação é “claramente violadora da legislação em vigor” e contraria as orientações recentes da DGAE sobre a matéria.

“A consequência imediata deste ato ilegal é a não vinculação de todos os técnicos especializados colocados desde há dois anos em horários completos e anuais, que entrariam assim no 3.º contrato sucessivo em horário completo e anual. Ou seja, o Ministério da Educação tentou arranjar, à margem da lei, e num desrespeito total pelas escolas e por estes profissionais, uma ‘espécie’ de norma-travão que impede estes técnicos de vincularem no próximo ano”, acusa a Fenprof, que adianta que já pediu explicações à secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

Segundo a nota informativa da DGAE relativa à contratação destes profissionais, que tem por base as orientações de um despacho da secretária de Estado Adjunta e da Educação de 16 de julho, “deve privilegiar-se a renovação dos contratos vigentes no ano letivo 2018-2019, sempre que permaneçam para o ano letivo 2019-2020 as exigências materiais da sua renovação e haja concordância expressa de ambas as partes”.

A nota refere ainda que há uma aplicação específica para o efeito na plataforma eletrónica usada pelas escolas para contratar professores e técnicos, acrescentando ainda o documento da DGAE que “para o ano letivo 2019-2020, excecionalmente, poderão ser efetuadas renovações para horários de 18 e 35 horas”.

Ainda que sejam sobretudo formadores os afetados pela recusa de renovação de contratos, o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, disse à Lusa já ter recebido denúncias de “dois ou três casos”, os quais ainda não foi possível analisar detalhadamente, pelo que a Ordem não está em condições de afirmar que as situações se encaixam na situação denunciada pela Fenprof.

“Não sabemos se correspondem a situações que merecerão alguma correção”, disse Francisco Miranda Rodrigues, que adiantou que, ainda assim, a Ordem dos Psicólogos pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação.

A Lusa contactou o Ministério da Educação, mas ainda não obteve resposta.

IMA // JMR

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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