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FRANÇA: ATENTADO CAUSA 4 MORTOS E VÁRIOS FERIDOS GRAVES

Tudo indica que possa ter sido um atentado terrorista. Para já contam-se 4 mortos e vários outros feridos graves.

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Um tiroteio ocorreu na cidade francesa de Estrasburgo, pelas 20 horas de Terça-feira, perto da zona onde ocorre o Mercado de Natal, com as autoridades a confirmarem a existência de qutro mortos e vários feridos ligeiros e graves; apelando à população que fique em casa.

Segue-se agora uma verdadeira “caça ao homem” do suspeito que já era conhecido das autoridades francesas.

“Tiroteio no centro de Estrasburgo. Obrigado a todos por ficarem em casa enquanto esperam uma clarificação da situação”, escreveu o vice-presidente da autarquia, Alain Fontanel, na rede social Twitter, quando ainda não se conhecia a verdadeira dimensão da tragédia.

O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, também apelou à população que fique em casa, referindo que existe um “preocupante acontecimento de segurança” em Estrasburgo. Logo de seguida reuniram-se todos os mais altos responsáveis de segurança com o Presidente Emmanuel Macron, numa reunião ao mais alto nível para debater o atentado (alegadamente terrorista).

CRONOLOGIA:

20:58 – Pelo menos um morto e dez feridos é o mais recente balanço do tiroteio que ocorreu hoje na cidade francesa de Estrasburgo, perto da zona onde ocorre o Mercado de Natal, anunciou a prefeitura. A “autarquia” de Estrasturgo confirmou na rede social Twitter a existência de pelo menos um morto e dez feridos, referindo que o atirador se colocou em fuga. O autarca de Estrasburgo, Roland Ries, afirmou que se ouviram vários tiros e que o autor dos mesmos se colocou em fuga depois de efetuar os disparos com uma arma automática.

22:51 – A polícia francesa atualizou o número de vítimas mortais resultantes do ataque de hoje à noite em Estrasburgo, fixando-o em quatro. Ainda segundo a polícia francesa, o autor do ataque, que continua em fuga, foi ferido numa troca de tiros antes de abandonar o local. O Ministério Público francês anunciou, entretanto, a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.

02:18 – O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, afirmou hoje que o tiroteio no oeste de Estrasburgo, na terça-feira, causou pelo menos três mortos e 12 feridos, obrigando o país a elevar o nível de alerta antiterrorista. O último balanço feito pelas autoridades policiais apontava para quatro mortos e dezenas de feridos. Em conferência de imprensa, o ministro detalhou que o país passou para um nível de “urgência por atentado”, com a implementação de um “controlo restrito” nas fronteiras e em todos os mercados de Natal, para que seja evitado um novo ataque nas mesmas circunstâncias.

02:21 – O Presidente Francês, Emmanuel Macron, manifestou hoje toda a solidariedade da nação para com as vítimas do tiroteio que ocorreu na terça-feira em Estrasburgo, na França, e que causou pelo menos três mortos e 12 feridos. “Solidariedade de toda a nação para Estrasburgo, nossas vítimas e suas famílias”, escreveu Macron numa mensagem divulgada na rede social Twitter. Pelo menos três mortos e 12 feridos é o mais recente balanço do tiroteio que ocorreu na terça-feira na cidade francesa de Estrasburgo, na zona onde ocorre o mercado de Natal.

03:14 – Os eurodeputados, confinados desde o início da noite de terça-feira no Parlamento Europeu em Estrasburgo após um tiroteio que matou pelo menos três pessoas, começaram a sair do edifício após as 02:00 de hoje (01:00 em Lisboa). A saída dos eurodeputados aconteceu logo após o presidente do Parlamento Europeu (PE), Antonio Tajani, ter anuncido o lançamento de um plano de evacuação em cooperação com a polícia francesa. Uma hora depois, funcionários e eurodeputados foram escoltados pela polícia em autocarros e carrinhas para o centro da cidade, segundo a agência de notícias France-Presse.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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