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FURACÃO LESLIE: PREJUÍZOS DE 1,5 MILHÕES EM CONDEIXA-A-NOVA

A tempestade Leslie, que atingiu, sobretudo, a região Centro, provocou estragos superiores a 1,5 milhões de euros nos equipamentos municipais de Condeixa-a-Nova, disse esta segunda-feira à agência Lusa o presidente do município.

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A tempestade Leslie, que atingiu, sobretudo, a região Centro, provocou estragos superiores a 1,5 milhões de euros nos equipamentos municipais de Condeixa-a-Nova, disse esta segunda-feira à agência Lusa o presidente do município.

“O estrago maior verificou-se nas piscinas municipais, que estão inutilizadas. Só para recuperar este equipamento o município vai ter de investir entre 600 e 700 mil euros”, referiu Nuno Moita, que, no domingo, acionou o Plano de Emergência Municipal.

Desolado com o cenário de destruição encontrado, “que até metia dó”, o autarca salientou que, “mesmo que a câmara faça um ajuste direto, a obra de recuperação das piscinas municipais vai demorar cerca de quatro meses”.

Segundo Nuno Moita, registaram-se estragos também nas escolas do concelho, embora as aulas tenham decorrido com normalidade durante o dia de hoje, no estádio municipal, no edifício dos Paços do Concelho e nas estradas municipais e florestais.

“Só no estádio temos também prejuízos na ordem dos 200 mil euros”, sublinhou.

A Praça da República, no centro da vila, sofreu também estragos devido à queda de duas árvores centenárias de grande porte.

“Numa análise por baixo, calculo que o município tenha sofrido estragos de cerca de 1,5 milhões só nos equipamentos municipais”, frisou Nuno Moita.

O presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova disse ainda que várias empresas da zona industrial sofreram avultados estragos, nomeadamente a cerâmica Dominó, que está sem laborar devido à queda do teto da principal unidade de produção.

Os estragos causados, acrescentou, deverão obrigar a empresa a parar a laboração por cerca de um mês.

“Na farmacêutica Farmalab arreou a cobertura da parte administrativa, mas não afetou o seu funcionamento, e a cerâmica Colorisa está também sem laborar devido aos estragos causados pela tempestade”, adiantou o autarca.

A estes estragos junta-se também a devastação verificada no setor agrícola, sobretudo em estufas “completamente destruídas”.

Metade do concelho de Condeixa-a-Nova esteve mais de 24 horas sem energia elétrica e água ao domicílio, embora o abastecimento público tenha sido restabelecido ainda no domingo com recurso a geradores.

“Ainda existem zonas sem eletricidade e nalgumas localidades só chegou hoje por volta das 15:00”, referiu Nuno Moita.

A tempestade derrubou ainda mais de 200 árvores, que chegaram a interromper 30 estradas municipais, tendo valido “o trabalho excecional” dos bombeiros.

No concelho, houve também cinco pessoas desalojadas, cujas casas ficaram sem condições de habitabilidade.

A avaliação dos estragos ainda está a ser contabilizada para ser enviado um relatório dos prejuízos para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que criou uma equipa para acompanhar a situação.

Na fotografia, a trajectória do Furacão Leslie.

LUSA

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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