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INTERNACIONAL

FURACÃO MICHAEL CHEGA AOS EUA QUASE NO MÁXIMO DA ESCALA

O Centro de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em Inglês), anunciou que o furacão Michael chegou a terra, no Estado da Florida, com a categoria 4, mas perto de entrar na seguinte e mais elevada categoria da escala.

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O Centro de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em Inglês), anunciou que o furacão Michael chegou a terra, no Estado da Florida, com a categoria 4, mas perto de entrar na seguinte e mais elevada categoria da escala.

A chegada ocorreu perto da Praia do México, acompanhada de chuvas abundantes e ventos fortes, com uma velocidade de 250 quilómetros por hora (km/h).

Os meteorologistas consideram que o furacão chega a terra quando o centro do seu olho a atinge. A força dos ventos do furacão faz-se sentir num raio de 75 quilómetros a partir do seu centro.

Estes ventos estão a desmantelar algumas construções na Praia da Cidade do Panamá e a projetar vários materiais.

O governador do Estado da Florida, Rick Scott, disse que o impacto do Michael vai ser “horrível”, por ser o pior furacão a atingir a zona do Estado chamada Panhandle em 100 anos, confessando-se “assustado de morte”.

O seu homólogo do Estado da Geórgia, Nathan Deal, salientou que este furacão “é diferente de qualquer outro que se tenha na memória”.

Especificou que este vai provocar uma forte destruição no sul e centro do Estado, apelando às pessoas para que se protejam a si, aos seus e a quem precisar.

O administrador da agência federal de resposta a catástrofes (FEMA, na sigla em Inglês), Brock Long, disse que o Michael é “um furacão do pior género”.

“Os cidadãos da Geórgia precisam de dar atenção”, disse Long. Acrescentou que este deve ser provavelmente o pior que se viu na Geórgia em décadas.

Este furacão de categoria 4 já provocou avisos a 375 mil pessoas para que saiam das suas casas e encontrarem refúgio.

O porta-voz do NHC, Dennis Feltgen, avançou que o Michael vai ser o primeiro furacão de categoria 4 a atingir a região do Panhandle [língua de terra] , realçando: “Estamos em território desconhecido com o furacão Michael e os seus ventos de 209 km/h.

Dennis Feltgen, meteorologista do NHC, detalhou que “o registo histórico, que começou em 1851, não tem qualquer furacão de categoria 4 a atingir o ‘panhandle’ da Florida”.

O especialista em furacões da Universidade estadual do Colorado Phil Klotzbach escreveu numa mensagem de correio eletrónica dirigida à AP: “Eu realmente temo pelo que vamos encontrar amanhã por esta altura”.

Os cientistas asseguram que o aquecimento global é responsável pelo aumento de intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como tempestades, secas, inundações e incêndios.

A escala de classificação dos furacões do NHC vai de 1 a 5. A categoria 1 respeita a ventos muitos perigosos, entre 119 e 153 quilómetros horários, que produzem alguns estragos, e a 2 a ventos extremamente perigosos, entre 154 e 177 quilómetros horários, que podem causar destruição generalizada. As consequências apontadas para a categoria 3 são as de uma eventual destruição devastadora.

Neste momento, o Michael está no limite superior do intervalo que define a categoria 4, isto é, em vias de passar à categoria 5, que corresponde a ventos com uma velocidade mínima de 252 km/h.

Os tipos de efeitos materiais dos furacões, relativos aos de categoria 4 e 5, na definição do NHC, correspondem a “destruição catastrófica”.

LUSA

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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