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GLACIARES COLOMBIANOS EM RISCO

Entre 2010 e 2017, a área glaciar da Colômbia reduziu-se em 18 por cento, o que corresponde a uma área de 8,4 quilómetros quadrados. Um estudo publicado na passada quarta-feira mostrou que o Vulcão Nevado de Santa Isabel foi o que enfrentou um maior degelo, entre 2016 e 2017.

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Entre 2010 e 2017, a área glaciar da Colômbia reduziu-se em 18 por cento, o que corresponde a uma área de 8,4 quilómetros quadrados. Um estudo publicado na passada quarta-feira mostrou que o Vulcão Nevado de Santa Isabel foi o que enfrentou um maior degelo, entre 2016 e 2017.

Os glaciares colombianos são compostos por duas serras – El Cocuy ó Güicán e Santa Marta – e quatro vulcões nevados – Ruiz, Santa Isabel, Tolima e Huila. O ano passado, o El País já noticiava que só restavam 37 quilómetros quadrados de superfície glaciar na Colômbia.

Isto porque, entre 2010 e 2017, a área glaciar se reduziu em 18 por cento da sua extensão, o equivalente a 8,4 quilómetros quadrados.

Olhando para um intervalo mais recente, constata-se que entre 2016 e 2017 se perdeu uma extensão de 2,3 quilómetros de área glaciar.

Um relatório do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) mostrou que os valores mais altos de degelo foram verificados no Vulcão Nevado de Santa Isabel.

Nos últimos dois anos, o glaciar de Santa Isabel perdeu 37,4 por cento da sua área, um valor “nunca registado em tão pouco tempo”, como se pode ler no relatório.

Mais concretamente, o Vulcão Nevado de Santa Isabel apresentava uma área de 1,01 quilómetros quadrados em janeiro de 2016. Em fevereiro de 2018, a área diminuiu para 0,63 quilómetros quadrados.

O fenómeno El Niño de 2015 – 2016 teve um impacto nestes valores, quer por reduzir a nebulosidade – aumentando a radiação solar e, assim, provocando um maior degelo –, quer por expor cinzas vulcânicas, que antes se encontravam no interior do gelo, na superfície do vulcão.

Com a superfície coberta de cinza, a zona de albedo altera-se. O albedo diz respeito à percentagem de radiação refletida pelo glaciar de volta para a atmosfera.

O relatório apresenta ainda mais duas razões para o degelo deste glaciar: o facto de se encontrar a menos de cinco mil metros e a redução de precipitação da última década, a qual afetou a produção de neve.

Os glaciares são monitorizados por imagens de satélite de alta resolução. O relatório aponta que “o processo de redução glaciar difere de acordo com a zona geográfica e considera-se que os glaciares tropicais andinos [como são o caso dos glaciares colombianos] são especialmente sensíveis” ao degelo.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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