Ligue-se a nós

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

GOOGLE ANUNCIA NOVOS RECURSOS NO COMBATE À DESINFORMAÇÃO

A Google anuncia hoje quatro funcionalidades de pesquisa que ajudam o utilizador a avaliar “rapidamente as informações” que estão ‘online’ e obter contexto chave, quando se assinala o Dia Internacional da Verificação de Factos.

Online há

em

A Google anuncia hoje quatro funcionalidades de pesquisa que ajudam o utilizador a avaliar “rapidamente as informações” que estão ‘online’ e obter contexto chave, quando se assinala o Dia Internacional da Verificação de Factos.

“Para dar o acesso a estas ferramentas a mais pessoas, expandimos duas funcionalidades — Acerca desta imagem e Acerca desta página — para mais 40 idiomas em todo o mundo, incluindo o português”, refere a tecnológica, em comunicado.

O Dia Internacional da Verificação de Factos, que se assinala hoje, 02 de abril, é uma iniciativa global que reconhece o papel crucial de informações precisas num mundo interconectado.

Uma das funcionalidades anunciadas pela Google permite saber mais sobre um ‘website’ em “mais acerca desta página”.

Ou seja, “é possível reconhecer muitos ‘websites’ nos seus resultados de pesquisa, mas pode haver outros que não conhece — e sobre os quais gostaria de saber mais” e esta funcionalidade “permite obter contexto sobre um determinado ‘website’ antes de clicar nele”, explica a Google.

Para tal, “basta clicar nos três pontos ao lado do nome do ‘website’ nos resultados da pesquisa e tocar no separador ‘mais acerca desta página’”, sendo disponibilizadas informações sobre a página ‘online’, “tal como a forma como a Wikipedia o descreve (quando disponível) e o que outros na ‘web’ disseram sobre o mesmo”, adianta.

Desta forma, “o utilizador poderá tomar uma decisão mais informada sobre uma possível visita”. Esta funcionalidade está disponível mais de 40 idiomas adicionais a nível global, incluindo o português.

Outra funcionalidade permite encontrar verificações de factos nos resultados. De acordo com a tecnológica, se está curioso sobre um boato que ouviu numa conversa, “organizações independentes de verificação de factos podem já ter investigado esse tópico”.

Ou seja, “facilitamos a localização das verificações de factos publicadas por fontes independentes e confiáveis na ‘web’”, pelo que “se um artigo de verificação de factos for relevante para a pesquisa, pode ser que uma pré-visualização lhe apareça nos resultados da pesquisa”.

Além disso, “estes resultados também vão exibir trechos (‘snippets’) de forma a ajudar o utilizador a ter contexto sobre uma alegação específica que tenha sido feita”.

O Fact Check Explorer é outra funcionalidade que “ajuda os jornalistas e verificadores de factos a aprofundar um determinado tópico”, sendo que, ao pesquisarem um tópico, podem encontrar facilmente verificações de factos que já foram investigadas por organizações independentes de todo o mundo, adianta a tecnológica.

A partir de agora, “é possível utilizar o Fact Check Explorer para descobrir mais sobre uma imagem”.

Anteriormente “apenas disponível na versão beta, esta funcionalidade permite carregar ou copiar o ‘link’ de uma imagem no Fact Check Explorer para ver se essa mesma imagem já foi usada nalguma verificação de factos”.

Os jornalistas e os verificadores de factos “também podem usá-lo através da API Fact Check Tools, que lhes dá a capacidade de mostrar verificações de factos relevantes para uma imagem nos seus próprios produtos e ‘websites’”.

Uma quarta funcionalidade diz respeito a ‘Acerca desta Imagem’, que “oferece uma forma rápida de saber mais informação e obter contexto das imagens que vê ‘online’”.

Tal permite obter o histórico de uma imagem, como outros ‘websites’ usam e descrevem a imagem e os seus metadados.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

Online há

em

Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.

O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.

“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.

Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.

Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.

“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.

“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.

Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.

Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.

Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.

“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.

O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.

Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).

Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.

LER MAIS

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

Online há

em

Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.

De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.

Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).

Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).

Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.

Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.

Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.

LER MAIS

MAIS LIDAS